Arquivo para fevereiro, 2016
Agora já estamos no 4D
Com a descoberta empírica das ondas magnéticas, o fenômeno previsto por Einstein a um século atrás agora é factível e pela primeira vez dectável: as ondas magnéticas de atração gravitacional trazem novas luzes sobre o tempo, e torna o espaço 3D e o tempo uma só coisa.
Nesta quinta-feira, u dia histórico para a ciência, um grupo de vários cientistas anunciou que detectaram pela primeira vez as chamadas ondas gravitacionais, isto modifica a forma de investigar o universo, a astronomia e outras áreas ligadas a física e eletromagnetismo.
A experiência, a descoberta deve-se a Einstein, que sacramenta a presença em todo universo de ondas gravitacionais, em todos corpos inclusive os nossos, deve-se ao laboratório LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory, que é um laboratório que trabalha com Interferometria (Ondas Gravitacionais), em Washington e na Lousiana, e observaram distorções no espaço com a interação de dois buracos negros a 1,3 bilhão de anos-luz da Terra, onde foi possível ver as ondas gravitacionais em ação.
A metodologia de observação muda, pois agora ao observar um objeto ou corpo especial os físicos poderão olhar os objetos com as ondas eletromagnéticas e escutá-los com as gravitacionais.
A pesquisadora espanhola Alicia Sintes, do Instituto de Estudos Espaciais da Catalunha, disse ao BBC Mundo: “Agora, o que se tem são sentidos diferentes e complementares, para estudar as mesmas fontes. E com isso, podemos extrair muito mais informações”.
Metanóia: ensinar a viver
Talvez a mudança de mentalidade mais importante para o mundo contemporâneo seja uma mudança radical no ensino, é o que propõe, aos 95 anos, Edgar Morin.
Na palestra que deu no Brasil em “Fronteiras do Pensamento” ele afirmou: “ Acho que é preciso ensinar não só a utilizar a internet, mas a conhecer o mundo da internet. É preciso ensinar a saber como é selecionada a informação na mídia, pois a informação sempre passa por uma seleção – como e por quê? É preciso ensinar, há todo um ensinamento, para nossa civilização, que não está pronto. Tem isso e ainda o ensino dos problemas fundamentais e globais. Essa é a reforma fundamental que precisa ser feita”.
Ainda estamos patinando na compreensão desta nova e radical forma de comunicação que já dominou todo o planeta e prepara uma civilização que encaminhe uma cidadania planetária.
Mais do que ensinamentos acumulativos, divisão rígida em disciplina, a Finlândia é o primeiro país a abandonar isto, é preciso entender que devemos encaminhar um ensinamento da vida, da convivência, do olhar para o outro.
Afirmou Morin no auge da plenitude intelectual e maturidade humana: “O objetivo do ensino deve ser ensinar a viver. Viver não é só se adaptar ao mundo moderno. Viver quer dizer como, efetivamente, não somente tratar as grandes questões de que falamos, mas como viver na nossa civilização, como viver na sociedade de consumo.”
Metanóia: mudança de mentalidade
A palavra foi transformada na cultura ocidental de ir além (meta) da mentalidade (nóia) para arrependimento ou “transcendência” idealista: atingir o cume de algo imaginário apenas.
Na tradição cristã gnóstica mais recente, a palavra metanóia adquiriu um significado especial de uma intuição compartilhada de conhecimentos, uma metanóia coletiva e propositiva.
Existe em nós, em todas pessoas uma imensa necessidade de conhecimento e esta necessidade quando colocada de modo compartilhado, pode fazer emergir esta metanóia coletiva, e isto pode nos capacitar a aprender para o “futuro” numa sociedade em crise, mas também em transformação.
Edgar Morin, que já escreveu: 1993-Terra Pátria (em colaboração com Anne Brigitte Kern), 1997- Uma Política de Civilização; 1998- A Cabeça Bem Feita: repensar a reforma e reformar o pensamento; 1998- Ética, Solidariedade e Complexidade; 1999- A Inteligência da Complexida-de,2000- Sete saberes necessários à educação do Futuro, 2003- Educar para a era planetária,2011_La Voie: Pour l´avenir de l´humanité (sem tradução para o português) , e muitos outros, afirma que todo o nosso conhecimento contemporâneo precisa ser revisto .
N´Os Sete Saberes para Educação do Futuro, introduz algumas metanóias atuais:
Erro e a Ilusão, a educação ser capaz de conduzir o conhecimento humano além da ilusão e dos erros de informação.
Saber Pertinente, é o conhecimento que permita juntar saberes, permitindo fundar relações como diz Morin (2000) “entre o global, o multidimensional e o complexo”.
Ensinar a Condição Humana, Morin assegura que a educação do futuro deverá ser o ensino primeiro e universal, situado na condição humana. Conhecer o humano é, antes de tudo, situá-lo no planeta e no universo.
Ensinar a Identidade Terrena, ensinar a identidade terrena é aprender a estar na terra, significa aprender a viver, a comunicar, a dividir. ensinar a Era Planetária.
Enfrentar as Incertezas, é imprescindível ensinar estratégias através das quais as pessoas poderão enfrentar o inesperado e os imprevistos. Morin (2000) ‘’é preciso aprender a navegar em um oceano de incertezas em meio a arquipélago de certeza’’.
Ensinar a Compreensão, comunicação humana na identidade e visão planetária.
Ética do Gênero Humano, isto é a antropo-ética quer dizer a ética do indivíduo, da sociedade e da espécie.
Uma metanóia que permita o homem se ver como cidadão e corresponsável pela humanidade e pelo planeta que habitamos.
Renascer das cinzas, mudar a mentalidade
O período da quaresma (quarenta dias descontando os documentos) ou 46 (contando os domingos, depende da data que cai a Páscoa é uma data renovada na igreja primitiva cristã que relembrava e dava continuidade a Páscoa judaica (Pessach), que é passagem ou libertação.
Não caem na mesma data, algumas vezes coincidem porque o ano judaico tem um controle de datas diferente, não assumindo o calendário cristão.
Então primeiro se marca a Páscoa, depois o seu início que é a quarta-feira de cinzas, e então o carnaval que deveria terminar neste dia (na Bahia continua alguns dias mais).
É para os cristãos, em especial, os católicos e anglicanos (as datas não coincidem com os ortodoxos) um período de conversão, mas para o mundo laico poderíamos propor uma mudança de mentalidade, e assim ajudaria também os cristãos a entenderem que eles não estão num mundo a parte, líquido é verdade porque a modernidade está se derretendo, e o importante é lembrar isto que tudo é perecível, talvez algum dia o próprio universo, que já nasceu um dia, no Big-Bang.
Lembrar que tudo é perecível nos remete ao essencial, na vida pessoal, social e também na política, muitos políticos se imaginam eterno e por isto não pensam no futuro, grandes países e civilizações foram grandes porque pensaram no futuro e não apenas nesta geração.
A proposta de olhar “nossa morada” em campanha ecumênica (diversas igrejas participam) é também a “casa comum” de todos co-habitantes do planeta, que temos pelo menos uma coisa em comum: todos habitamos o mesmo planeta neste tempo presente.
Carnaval, Zica e Xó Crise
São as três coisas que ocupam a cabeça dos brasileiros, alguns apenas a primeira, mas os conscientes também a segunda e a terceira.
Há perguntas sem respostas, e o fato que o Brasil é o epicentro do que já foi recentemente considerada uma Emergência Internacional a uma semana, deveria não dar descanso a nós.
Algumas perguntas estão sem respostas: de fato é o vírus que causa a microcefalia ? há uma teoria que o vírus passou por uma mutação e ficou mais infeccioso, porque esconde isto Uma teoria é que o vírus passou por uma mutação e ficou mais infeccioso.? Se o vírus começou na África, como a população lá ficou imune e não há surto lá agora?
O fato é preocupante, os números são contraditórios e há poucas explicações claras, exceto a costumeira vamos tirar água das latinhas, todos devemos fazer o combate, mas e o governo ?
É bom ter esperança, mas não cegueira, o crescimento dos blocos de carnavais (na verdade eles são a origem) mostram que a alegria vem junto com ponderação, menos gastos, não em muitas prefeituras como a do Rio de Janeiro (o orçamento deste ano para escolas dobrou), e o brasileiro está atento, felizmente e preocupado, divertir-se sim, mas pensar no dia seguinte.
Redes Sociais: o outro, as fronteiras e o futuro
Em programa na rádio USP, 93.7 MHz (com link na Web) neste sábado (06/02) ás 14 h. no programa Diversidade em Ciência, apresentado pelo Dr. Ricardo Alexino Ferreira, com o tema: “REDES SOCIAIS, COMUNIDADES, REFUGIADOS E DESAPARECIMENTO DE FRONTEIRAS” temas que trabalho em minhas aulas e mostro as conexões com minha espiritualidae.
O primeiro bloco falamos de invisibilidade, da multidão sem rosto e sem direitos, apresentamos a música “Oltre l’invisibile” do conjunto Gen Rosso italiano.
Depois falamos das redes sociais, da inclusão do outro, de laços francos e seis graus de separação que são fenômenos de Redes Sociais, a música apresentada é Il Pellicano do Gen Verdi, versão feminina do Gen Rosso.
Falamos também da queda de barreiras, dos problemas dos emigrantes, da Síria e da questão islâmica, é apresentada a música islâmica Surat Vaca, com tradução para o português.
Aspectos das questões sociais das Américas, é apresentada com a música “America, America” para ilustrar este tema.
Finalizamos apresentando as questões sociais, como as redes estão inseridas neste contexto e a música do Gen Rosso Streetlight.
Face to Face é bom
Durante mais de um século alguém para publicar conteúdos devia ser um editor, autor de livro, pertencente a algum grupo editorial, ou ter um mérito que lhe permitisse isto.
As mídias de redes sociais, blogs e microblogs passaram a empoderar uma multidão de desconhecidos que podem dispor conteúdos em diversos modos deste uma frase ou imagem, até canções e vídeos editados.
O Facebook é uma destas mídias que nasceu na Universidade de Harvard, exatamente em 4 de fevereiro de 2004, fazendo 11 anos hoje, portanto iniciando uma adolescência algo precoce.
Quatro colegas de um quarto de universidade: Mark Zuckerberg, Eduardo Saverin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes (Carlson, 2010), fundaram um site fundadores aos estudantes da Universidade de Harvard, depois expandida para outras faculdades na área de Boston, da Ivy League e da Universidade de Stanford.
Os dados de maio de 2011 do ConsumersReports.org, afirmavam existir 7,5 milhões de crianças menores de 13 anos com contas no Facebook, violando as regras de idade do site, também a questão do ódio e de difamação nas redes são graves.
Dois casos recentes do humorista Hubert, que apesar de ser uma charge irônica (foi retirada do facebook) considero-a um direito de protesto, e a outra da menina MC Melody de 8 anos que recebeu vários comentários de caráter pedófilo, que deveriam ser crimes com punição.
É preciso saber que tudo isto existia antes da Web, as mídias de redes precisam amadurecer nesta adolescência estabelecendo critérios sobre o que pode e não pode estar “no ar”.
CARLSON, Nicholas. At Last – The Full Story Of How Facebook Was Founded Business Insider, 2010.
A internet tá lenta, use um bot
AlekseyP é um um cliente de uma determinada operadora de internet,
que criou um bot (um software automático) que reclama toda vez que sua conexão fica abaixo dos 50 mbps, segundo um post feito por ele no Reddit.
Ele postou todo o código, para isto você cria um perfil na Comcast User e toda vez que a internet fica muito lenta ele envia uma série de reclamações que pergunta sobre a queda enorme da velocidade, ele afirma que aceita quedas eventuais e limitações, mas receber um sinal de um terço que ele paga não aceita.
É importante saber que todas as vees que houverem reclamações no bot, a própria conta da Comcast terá entrado em contto com o perfil, e pedirá mais informações sobre o caso, mas AlekseyP não o faz porque quer se destacar como o consumidor que só para receber a conexão desejada.
Se a moda pega no Brasil, as operadoras vão ficar paralisadas, mas somos pacientes …
Líquido por que está mudando
Muito se fala o mundo líquido, modernidade liquida, mas pouco se interpreta sobre para onde vai a liquidez, o que seria o sólido, porque de fato há coisas derretendo: os valores, a honestidade, a magnanimidade e principalmente a capacidade (no pensamento) de enxergar o que vem pela frente.
Oras, o estado líquido corresponde a matéria em estado intermediário entre os estados sólido e gasoso, isto ocorre porque as forças intramoleculares estão mais fracas que as dos sólidos, e ainda não suficientemente fortes para tornarem-se gases.
Portanto estamos num estágio intermediário, entre o que: a modernidade … e alguma coisa que ainda desconhecemos, mas as forças estruturais da modernidade: os ideais liberais, a onipresença do estado (ele é o big-brother e não a internet) e claro, como gosta Bauman, também os relacionamentos estão em crise, mas o problema é estrutural, pois as forças intramoleculares da modernidade não funcionam: uma visão reducionista de mundo, pautada pela ciência positiva, uma incompreensão da multi- culturalidade mundial, vejam as reações aos refugiados árabes, ao mundo africano, etc.
Quais são as forças novas, uma vez que é ainda impossível entender claramente a idade que estamos entrando, dentro das forças produtivas o mundo digital, que influência também a transparência das estruturas mal fundadas: estado, esquemas sociais hierarquizados e o problema do desiquilíbrio ecológico.
Uma nova cidadania mundial deve nascer, o mundo já é uma “aldeia global”, falta uma governabilidade aceitável para tudo isto, quem controlará o capital especulativo, os paraísos fiscais e as guerras (também as nossas) irresponsáveis?
Mas um novo mundo há de nascer, há forças sociais em campo para isto.
A Inteligência pode ser “artificial” ?
Inteligência artificial (AI) é um nome consagrado para pesquisadores que querem construir algoritmos e máquinas que tomam decisões, o assunto é antigo, e esteve no famoso Círculo de Viena com Kurt Gödel, nos anos 20, depois andou pelo MIT com nomes como Vannevar Bush, Norbert Wiener, seu aluno Claude Shannon, que pode ser considerado pai da “digitalização” (transformar sinais analógicos em digitais) e Alan Turing que andou por lá, meio secretamente, mas com evidencias e fatos de sua estaria por lá e pelos Laboratórios Bell.
Agora um autor e cientista de Computação Jerry Kaplan, afirma que é preciso repensar este termo, já em tempo, observando uma dissociação do discurso público com uma ênfase distorcida sobre o que é Inteligência no contexto de máquinas e software que substituiriam pessoas e funcionários.
Em artigo publicado na GCN, o autor afirmou que “Há muito pouca evidência de que as máquinas estão no caminho para se tornar o pensamento, os seres sencientes1“, argumentando que existem tarefas nos quais os seres humanos usam a inteligência e as máquinas poderiam executar sem pensar de maneira propriamente humana, em situações de interpretação e cita como exemplo, a análise e tradução de textos, que ainda é bem falha.
O autor prevê que a destruição do emprego acelerada pela AI propiciaria avanços que estão sendo acompanhados pela transformação do emprego e que estas geram novos empregos.
Além disto, os tecnólogos que adotam tais mudanças, devem trabalhar com um boom d dados orientados por sensores e aprendizados por máquina (machine learning) e isto poderia tornar as operações governamentais e de suas agencias dramaticamente mais eficazes, e embora reconheça que a automação leva à perda do emprego, diz que não é o trabalho d inovadores cuidar este deslocamento que será necessário quando “alguém que deve verificar e facilitar são as políticas de governo”, chamadas aqui de políticas públicas.
Comparado com outras situações histórica, o autor afirmou: “A inteligência artificial tem enormes similaridades salvo a ordem de grandeza, com “a roda ou a máquina a vapor”, afirmou, “mas não é magia. E nós estamos bem em nosso caminho é para não fazer uma confusão de coisas”, conforme a reportagem do GCN.
1capacidade de sofrer ou sentir prazer ou felicidade.