Arquivo para agosto, 2016
Despertar o pensamento
O lado mais incomodo da educação nos dias de hoje, é sua fragmentação, muitas pessoas querem apenas agregar conhecimentos, mas não refletir sobre eles, saber quem e para que eles são aplicados.
Edgar Morin é um dos mais sérios pensadores sobre o novo milênio, escreveu muito sobre isto, e seu pensamento é consistente e visionário, afirmou em entrevista recentemente: “A educação deve ser um despertar para a filosofia, para a literatura, para a música, para as artes. É isso que preenche a vida. Esse é o seu verdadeiro papel.”
Morin mostra a necessidade de estimular o questionamento das crianças, sobre reforma no ensino e sobre a importância da reflexão filosófica não tanto para que respostas sejam encontradas, mas para fomentar a investigação e a pluralidade de possíveis caminhos, abrir-se para a criatividade, não apenas domesticar crianças e jovens.
Na mesma entrevista para ao Fronteiras do Pensamento, ele explica como realizar as mudanças, que ainda são tímidas nas escolas e institutos de pesquisa:
“Um dos principais objetivos da educação é ensinar valores. E esses são incorporados pela criança desde muito cedo. É preciso mostrar a ela como compreender a si mesma para que possa compreender os outros e a humanidade em geral. Os jovens têm de conhecer as particularidades do ser humano e o papel dele na era planetária que vivemos. Por isso a educação ainda não está fazendo sua parte. O sistema educacional não incorpora essas discussões e, pior, fragmenta a realidade, simplifica o complexo, separa o que é inseparável, ignora a multiplicidade e a diversidade.”
Mas quais são estes valores, estamos vivendo uma realidade estagnada, é quase proibido discutir valores, desde o universo científico ao religioso, as pessoas querem um ensino e uma educação pragmática, mas é justamente ela que está em crise.
Não basta o uso de tecnologia, considero-a importante e pode ser um impulsionador de uma nova mentalidade, mas é preciso mudar a própria mentalidade para uso adequado da tecnologia.
Entre o ópio do povo e dos intelectuais
Marx escreveu sua célebre frase: “a religião é o ópio do povo”, mas é preciso
lembrar que a religião que ele criticava principalmente em suas teses contra o “teólogo” ateu Ludwig Feuerbach e de modo mais filosófico e contundente em A Ideologia Alemã, em que aqui há uma crítica séria ao hegelianismo (que ele chama de velho), mas sem fugir de Hegel (que ele chama de novos hegelianos), ateus por que são meramente “idealistas”.
Agora é Raymond Aron que retoma a questão, estava lendo Ideologia e Utopia de Paul Ricoeur, que são suas aulas na Universidade de Chicago, em 1975, fundamentado no primeiro grande ensaio sobre Ideologia desde Mannheim, Saint-Simon e Fourier, em que vê a utopia, não reduzida a patologias desconectadas da realidade, mas a partir do distanciamento crítico e fecundo, vê a utopia como poesia social.
Mas ao pegar o livro de Raymond Aron tremi nas bases, na sua opinião: “o comunismo é a primeira religião de intelectuais a ser bem-sucedida”, não sei se é exatamente assim, pois na minha opinião existem outras crenças, como o positivismo, que se tornaram realmente religiões, inclusive com locais de cultos, e diversas outras crenças surgidas de convicções arraigadas, que possuem algum dogma central inabalável.
Mas voltemos ao “ópio do povo”, porque penso que este é o problema mais sério a ser resolvido no âmbito religioso, porque tudo aquilo que está sob o rótulo de “amor” deveria ser mais explícito do que o próximo, para dizer o que a filosofia contemporânea chama de Outro.
Ora, o defeito de todo o que se chamou de materialismo anterior a Marx, incluindo Feuerbach, era conceber o objeto, a realidade, o ato sensorial, sob a forma do objeto ou da percepção, mas não como atividade sensorial humana, como prática, não de modo subjetivo.
Mas isto é idealismo Hegeliano e não cristianismo, considerar a essência do Cristianismo como atividade teórica, é também idealismo, porque não implica em atos concretos, e a sabedoria bíblica é muito clara: “Se alguém declarar: “Eu amo a Deus!”, porém odiar a seu irmão [precisaria ser atualizado para o Outro] , é mentiroso, porquanto quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus que não vê” (1Jo, 4:20).
A necessária atualização para a categoria Outro, é porque a mundialização, e a visibilidade da aldeia global, nos permite entrar em contato com múltiplas culturas, e proximidade (daí a palavra irmão) está mais universalidade, assistimos à distância (e isto é o virtual) o que pode de estar forma estar próximo, sem a familiaridade pessoal, então não é o irmão, mas o Outro.
Nicholas Carr volta a carga
Crítico do uso indiscriminado da Tecnologia, Nicholas Carr voltou a abrir seu
discurso afirmando sobre veículos autônomos: “Eu penso que muitas das visões sobre a automação total assumem que todo veículo será automatizado e toda a infraestrutura de direção não somente será mapeada em minutos, mas também será equipada com o tipo de sensores e transmissores e toda a infraestrutura de rede que nós precisaremos”, disse em entrevista na ComputerWorld.
Novas críticas porque ela já havia chamado os jovens atuais que gostam de tecnologia de “Dumbest generation” e também em seu livro de 2003 publicado na Harvard Business Review o “IT Doesn’t Matter”, Carr levantou a ira de grandes nomes da tecnologia pois questionava a noção de que a infraestrutura de TI não oferece vantagens estratégicas a empresas.
Seu novo livro “Utopia is Creepy: And Other Provocations”, que sairá pela editora americana Norton & Co. no dia 6 de setembro. Trata-se de um compêndio de artigos, como “Estaria o Google nos tornando estúpidos?” e “Vida, liberdade e a busca pela privacidade”, agora não só os jovens mas todos seríamos estúpidos, imagina o que ele vai dizer do Pokemon Go então!
Na entrevista ele afirma que quando seu blog completou dez anos em 2015, ele começou a olhar para trás através dos posts e eu percebi que muitos dos artigos ainda ressoavam hoje, interessante que ele publica no blog e em livro só agora.
Afirma que ele via o que acontecia no mundo da tecnologia, particularmente na ascensão do que costumávamos a chamar de Web 2.0 e agora é conhecido como social media e networking social, mas será que mostra o quanto é crítico naqueles artigos.
Ele chama também de “ideologia do Vale do Silício” o senso de que a internet e o social media estavam derrubando as barreiras para a expressão pessoal, libertando pessoas e como se nós confiássemos no Vale do Silício e em seus programadores para liderar uma espécie de utopia. É uma coleção de artigos, mas com um tema que percorre toda ela.
Vamos aguardar o livro, mas decididamente a visão de Nicholar Carr é pessimista.
A estética de hegel
Estava interessando em estudar a questão da religião em Hegel, motivado pelo livro de Paul Ricoeur “A ideologia e a utopia” (Ed. Autêntica, 2005), e também pela questão da Misericórdia e Fraternidade que veio a ser publicado em um livro sobre “Fraternidade e Misericórdia” feito por um grupo de intelectuais que desejosos de colocar uma luz acadêmica sobre a Bula papal “Misericordiae Vultus”, lançada a propósito do ano jubilar da Misericórdia.
Me depara com uma citação num velho volume de Hegel da coleção pensadores, sobre a estética: “Para nós, a arte já não é a forma mais elevada que a verdade escolhe para afirmar a sua existência” (pag. 126), e mais “Na hierarquia dos meios que servem para exprimir o absoluto, a religião e a cultura provindas da razão ocupam o grau mais elevado, superior ao da arte” (pag. 43) e depois numa sentença quase de morte: “As condições do tempo presente não são favoráveis à arte” (pag. 44).
Mas então não seria o caso de perguntar: que tipo de arte sobreviveu, ou melhor, que estética podemos dizer que é a estética dos dias de hoje ? consigo ver duas respostas apenas esboçadas, uma parafraseado o próprio Hegel é partir do “verdadeiramente real”, embora este separasse a realidade sensível e a realidade da arte, e a segunda existencial: pois não se pode decretar a morte da arte uma vez que mesmo no silêncio de nossa existência, ela permanece viva no interior de poetas, artistas e cantores, ainda que mambembes, estão aí.
O que é limitação para Hegel, uma vez que “consiste numa representação com um significado que não se conjuga com a expressão, com a representação mantém-se sempre uma diferença entre ideia e forma” (pag. 101), mas que no fundo é o problema idealista da arte.
A ideia que é possível abstrair da realidade o sublime, como se este fosse inexistente na representação sensível, é contrastado pela sua “existência” uma vez que a arte expressa o Ser ainda que de forma inexistente e paradoxal, pois se existe como expressão, é sensível, eis sua condição de existência.
Somos obrigados a concordar com Hegel: “Para tornar a matéria adequada, vai-se até o monstruoso, desfigura-se a forma, produz-se o grotesco” (idem), mas todos estes traços colocados por Hegel não são senão sua negação do sublime, a tentativa de destruição da arte e do belo, que confirmam a existência “no íntimo de tudo o que, em arte, se pode com direito chamar de harmonioso, sobrevive o absurdo e contraditório” (Adorno, T., Teoria Estética, p. 130).
HEGEL, G.W. Estética. Coleção os Pensadores, 1999. (domínio público download)
A estética e a filosofia
Perdeu-se um pouco da estética e da filosofia no interior daquilo que se denomina “arte” na modernidade, mas que na filosofia grega tinha um significado mais amplo o termo grego aisthetiké, ao pé da letra pode ser “aquele que nota, que percebe” portanto está no olhar de quem vê, mais do que no olhar do artista, significando então a percepção do belo, da harmonia.
Para o filósofo alemão A.G. Baumgarten, para descrever aquilo que na sua altura se chamava de “crítica do gosto”, de certa forma então pode significar a nossa percepção da cultura.
Ao longo dos tempos, a filosofia sempre se interrogou a respeito da essência do belo, um tema central de estudo de estética, para Platão significava o bom, e na origem de toda a estética idealista esta noção permanece, mas no caso de Aristóteles, ela significará dois princípios mais realistas: a teoria da imitação (lembra a virtualidade moderna) e a catarse.
A teoria neoplatônica de Plotino que influenciou fortemente A.C.C. Shaftesbury (escola inglesa do sentimento moral) e que influenciará algumas concepções do idealismo romântico, verá apenas o belo como manifestação do espírito e veremos isto em Hegel.
Para ler corretamente Hegel, precisamos retomar o classicismo francês (de Descartes e Boileau-Despréaux), onde aparecerão os conceitos de “clareza” e “distinção” como critérios de beleza, onde é clara a influencia da razão.
A ideia de belo como sublime, vai corroborar com o que Kant determina como caráter “a priori” do juízo estético, identificando o belo como uma “finalidade sem fim” ou ainda como “ciência de todos os princípios a priori da sensibilidade”, eis a estética transcendental.
Nesta escola estarão nomes como Schiller, Goethe e W. Von Humboldt, e influenciaram Hegel.
A pintura de William Blake s(1957-1827) obre Newton (figura) ilustra bem este período.
Eu tenho bom gosto ?
Vejo em um grande número de carros esta frase, e comecei a me perguntar o que levaria um grande número de pessoas de todas as classes sociais, partidos e religiões a começarem colocar isto no carro, perguntei a algumas pessoas e a resposta não foi convergente.
Lembrei novamente do livro não terminado nas férias de Theodore Dalrymple: “Nossa cultura … ou o que restou dela”, que afirma que fatores políticos, econômicos e culturais começaram a destruir a nossa cultura … ou o que restou dela.
Pensei é uma reação inconsciente mas importante, pois alguma coisa está nos incomodando tanto quanto as injustiças (roubos, corruptos, desmandos, etc.) e a crise econômica.
A nossa noção de estética e beleza parece alterada, não apenas aquela que seleciona cores e raças, mas em qualquer raça ou cor aquilo que realmente significa o belo e o bom.
A questão da estética está ligada ao desprezo ao poético, ao imagético (e imaginário) e de modo mais profundo ao conceito de estético perdido desde o início da modernidade, isto requer um estudo mais profundo do que pensamos do cotidiano: a harmonia do (no) Ser.
Realidade Aumentada e Pokemon Go
Chego na minha universidade para trabalhar e vejo um monte de estudantes andando sós ou em grupos de lá para cá, pensei tratar-se de nova greve, alguma prova de seleção para algum curso, mas eram o que já estão sendo chamados de pokébolas capturando Pokemons, mas a cena era nova e curiosa.
Desde a década passada há trabalhos e ambientes de realidade aumentada, pensava num uso mais produtivo, museus virtuais, estudos de física, química ou astrofísica; mas os games foram o primeiro grande uso, virou uma febre e que febre.
Disse-me um aluno que não é só sair poraí capturando Pokémons, encubando ovos, há várias táticas e mecânicas que podem tornar um jogador melhor que os outros.
Ele me resumiu assim: não disperdice pokebolas, pokemons com círculos amarelo em volta são muito fortes, procure pokemons diferentes em ambientes diferentes, capture pokemons repetidos que é mais fácil, e não precisa ficar com a câmera o tempo todo ligada.
Mas voltando a realidade aumentada, os congressos brasileiros na área existem desde o final do milênio passado no Brasil, o pioneiro Prof. Dr. Claudio Kirner me explicou que na verdade são 4 níveis: a realidade aumentada, a virtualidade aumentada e o ambiente virtual, como os Pokemons estão no primeiro nível podemos pensar que haverão no mínimo mais 3 evoluções.
O que vem por aí pode ser mais surpreendente ainda, então penso que isto veio para ficar.
Problemas do simplismo reducionista
Como há muita informação atualmente, mas pouca informação de qualidade, o princípio reducionista, que devemos adotar sempre uma solução mais simples, parecido aquele da navalha de Ockham, entre duas explicações, escolha a mais fácil, parece levar-nos hoje a coisas bastante complexas, o que é um paradoxo com o princípio da “simplificação” reducionista.
O mais reducionismo é o maniqueísmo, isto é totalmente bom ou mal, foi algo resolvido no século IV por Agostinho de Hipona, ao dizer que o mal é ausência do bem, mas o problema retornou com Hanna Arendt em “A banalidade do mal”, ou com Martha Nussbaum “a fragilidade da bondade” ou do bem, como preferem alguns tradutores.
Fractais são um bom exemplo de complexidade, mas há a simplificação ideal dos números, o efeito borboleta é outro exemplo, Edgar Morin escreveu sobre o pensamento complexo.
Em 1995, o italiano Piergiorgio Odifreddi, dedicou-se ao “paradoxo do mentiroso” de Epimênides, segundo o qual todos os cretenses seriam mentirosos por uma lógica “sistêmica”.
Epimênides mostrou o erro de adorarem deuses que não poderiam os ajudar em nada, e mandou que colocassem ovelhas no alto do areópago que estas iriam lhes mostrar o local onde esse Deus queria ser adorado. Foi então que num ato “místico” as ovelhas desceram o areópago e andaram até um local onde não havia nenhum tipo de idolatria, ali está o altar do Deus Desconhecido que a Bíblia fala, mas curiosamente os cristãos desconhecem sua origem.
Einstein fazendo um radiciocínio bastante simples, afirmou que “Não podemos resolver problemas usando o mesmo tipo de pensamento que usamos quando os criamos”, ou seja, aqueles que estão dentro de uma lógica sistêmica podem entrar em colapso sem resolver seus problemas ou tornarem-se mentirosos dizendo que não tem problemas, a tecnologia é um destes.
O problema ou o bom uso da tecnologia deve ser tratado em sua complexidade, ela está aí.
Leitura da sociedade e as Olimpíadas
Diferentemente da Copa do Mundo, as Olimpíadas me inspiram pouco, mas temo que a festa de abertura hoje possa ser mais um fiasco, porque temos uma leitura à estrangeiro de nossa própria cultura: mulatas, folclore indígenas e nordestino e talvez algo da miscigenação europeia, mas qual é a leitura que devemos fazer de nossa sociedade ?
Lembrei-me do livro Theodore Dalrymple: “Nossa cultura … ou o que restou dela”, que não terminei de ler nas férias porque foram curtas de mais, mas um capítulo do psiquiatra e escritor inglês me chamou atenção: “Como ler uma sociedade”.
Começa contando o período que ia para a cortina de ferro e levava consigo um livro La Russie do Marques de Custine publicado em 1843, e que me fez ver que debaixo do então mundo comunista havia uma Russia, havia uma país originário, já que toda a parte inicial do livro era para descrever as origens da Rússia e segundo o autor lhe dava pistas da Rússia verdadeira.
Penso que é possível esta leitura para o Brasil, se pensarmos nas divisões coloniais das capitanias hereditárias, a propósito das olimpíadas achei curioso a chegada de caravelas vindas da Escola de Sagres, quem sabe apresentemos algo mais digno que na Copa do Mundo.
Pulo as seis páginas sobre o comunismo, para a parte em que vai descrever a obra de Alexis Tocqueville publicado em 1835: Mémoire sur le Paupérisme publicada logo depois de sua famosa A Democracia na América.
Como médico acostumado a ir nas periferias, ele aponta um paradoxo de Tocqueville ao visitar a Inglaterra, país de Dalrymple, um sexto da população era de pedintes, ele “encontrou não só a imundice física, mas também degradação emocional e moral” (pag. 218).
O paralelo do autor entre Custine e Tocqueville é ver sobre sociedades aparentemente paralelas a mesma coisa a interação “entre cultual, regime político e caráter humano” (pag. 219), e talvez isto ajude a ler a sociedade brasileira.
Ao apresentar de modo pitoresco nossa cultura, retiramos a dignidade cultural de índigenas, negros e também de europeus e migrantes que fizeram deste seu país, o Brasil belo e que tem sim sua cultura está debaixo dos escombros, desde a chegada das caravelas até a política atual, nas periferias abandonadas a própria sorte.
Drones delivery
Serviços de entrega usando drones poderão ser a novidade do futuro, a primeira empresa americana a testar o serviço será a Alphabet, através de um projeto chamado Wing, que foi anunciado nesta terça-feira (02/08).
Os testes incluirão transporte de pacotes colocados na parte externa dos drones fora do campo de visão de seu operador, com isto um sistema de comunicação e gestão do espaço aéreo poderão operar num altura menor que 400 pés (cerca de 120 metros).
O Wing é um dos grandes projetos do laboratório Google intitulado Laboratório X, que a princípio era apenas uma divisão da Google, mas que a partir da reorganização que passou a depender diretamente da Alphabet e com a supervisão da Força Aérea Americana (FAA).
A franquia pão To-Go será uma das primeiras a testar o sistema de entrega totalmente por via área, e o sistema promete revolucionar o setor.
Além deste projeto o Laboratório X tem outros sistemas em desenvolvimento, o carro autônomo e os globos aerostáticos para serem repetidores de internet (projeto Loon).