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Arquivo para setembro, 2016

As condições ambientais das cidades

30 set

Um item pouco observado, e que faz parte do ibeumunicipal_ambientaisrelatório IBEU feito pelo Observatório das Metrópoles brasileiras, é o das condições ambientais, aqueles que viveram em cidades arborizadas, com rios não poluídos atravessando as cidades podem dizer isto, o quanto de boa qualidade de vida este item significa.

Felizmente em 2.182 municípios brasileiros (39,2% do total) as condições são muito boas, em 1.443 (25,9% do total) as condições são boas, dando um total de 65% de municípios, mas ainda há 1.055 em condições médias e 788 em condições ruins de bem estar ambiental, sobrando 97 em condições muito ruins, respectivamente representam 18,9% (medias), 14,1% (ruins) e 1,7% (muito ruins).

Uma dimensão que não tratamos aqui, mas consta dos relatórios são os serviços coletivos urbanos,  atendimento adequado de água, esgoto e energia, assim como coleta adequada de lixo, já que mais de 50% dos municípios apresentação condições ruins ou muito ruins neste tipo de serviço.

http://observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_k2&view=item&id=1745:%C3%ADndice-de-bem-estar-urbano-dos-munic%C3%ADpios-brasileiros-%E2%80%94-ibeu-municipal&Itemid=164

A coordenação de pesquisa para a produção do IBEU Municipal foi do professor Marcelo Gomes Ribeiro, e contou com o trabalho dos pesquisadores-bolsistas Gustavo Henrique P. Costa, Breno Willians N. Machado, Marina Martins de Araújo, Vitor Vilar Dromond, Dayanne N. de Olveirera Gomes e Tatiane Torres Castro da Silva.

 

 

Serviços coletivos nas cidades

29 set

O quadro do bem estar urbano, quando observado o atendimentos dos serviçosibeu_servicoscoletivos coletivos é diversos, sendo concentrado na região sudeste a melhor posicionada, há 1.307 municípios com níveis muito bons, 570 com níveis médios, 2.617 com níveis ruins e 390 com níveis muito ruins, portanto os ruins e muito ruins ultrapassam 50%.

 

Entre as capitais dos estados da federação há 8 delas em níveis muito bons no quesito de atendimento aos serviços coletivos, 5 em condições boas, 7 em condições médias, e 7 em condições ruins, o que demonstra a grande diversidade de atendimento dos serviços.

 

As capitais com condições boas são pela ordem: Vitória, Belo Horizonte, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre e Brasília, portanto estão concentradas na região sudeste, conforme mostra também o mapa dos estados.

 

Os índices correspondem de bom a ruim, nas cidades, respectivamente: 23,5%, 12,2%, 10,2%, 47% e 7%, respectivamente. Como se vê, a , há portanto um imenso trabalho a ser feito.

 

É bom lembrar que não se trata apenas neste quesito de investimento em ônibus trens e metrôs, mobilidade urbana trata da facilidade das pessoas transitarem, rampas de acesso para deficientes, locais para passeio público, ciclo-faixas e ruas bem feitas e arborizadas.

 

 

Infraestrutura nas cidades

28 set

Entre os itens analisados pelo IBEU, embora o saneamento é uma prioridade, infraestruturao com maior destaque dentre aspectos negativos é o da infraestrutura urbana (calçamento, pavimentação, iluminação pública, etc.) já que 91,5% estão em níveis ruins e muito ruins, correspondendo a 2.579 como ruins (46,3%) e muito ruins (45,2%), ou seja, é gravíssima a questão.

Os dados mostram que são grandes os problemas urbanos dos municípios brasileiros. Talvez o principal seja o da infraestrutura urbana (pavimentação, calçamento, iluminação pública etc), já que 91,5% dos municípios estão em níveis ruins e muito ruins, correspondendo a 2.579 como ruins e 2.516 como muito ruins.

Dentre as capitais, as com condições boas para média são: Vitória (1º), Goiânia (2º), Rio de Janeiro (3º), São Paulo (4º), Curitiba (5º), Belo Horizonte (6º), Brasília (7º), Porto Alegre (8º) e Florianópolis (9º), estão em condições ruins: Aracaju, Campo Grande, Palmas, Recife, Salvador, Fortaleza, Teresina, Manaus, Natal, Cuiabá, João Pessoa, São Luís, Maceió e Belém, e em condições muito ruins:  Rio Branco (24º), Boa Vista (25º), Porto Velho (26º) e Macapá (27º).

 

Há apenas 441 municípios em condições médias de bem estar urbano quanto a infraestrutura, 28 apresentam condições boas, e somente um em condição muito boa que é Camboriú (SC).

 

O mapa mostra pequenas regiões entre o amarelo e azul claro que significam as condições médias e boas, enquanto os tons do vermelho indicam as condições ruim e muito ruim.

 

 

Eleições e melhores cidades

27 set

Eleição municipal é provinciana, valem as forças locais e as fofocas do

Cidade Pres. Sarney

Cidade Pres. Sarney

dia-a-dia, mas na verdade é nas cidades que se está mais perto dos problemas e soluções e nem sempre são os mais visíveis, é o que foi detectado em pesquisa do Observatório das Metrópoles, da UFRJ.

 

Por exemplo, o Relatório que foi publicado dia 22/09 passado, afirma que 50% dos municípios estão em condições ruins de saneamento de esgoto, questão pouco lembrada e comentada em eleições.

 

 

O estudo liderado pela UFRJ, revelou o Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU) das melhores e piores cidades do País, tendo peso central cinco indicadores de qualidade de 5.565 municípios brasileiros, a partir da análise de dimensões como mobilidade, condições ambientais urbanas, condições habitacionais, atendimentos de serviços coletivos e infraestrutura.

 

O ranking das capitais, que também consta da pesquisa não é tão revelador, pois as melhores cidades (e também as piores) estão em cidades pequenas, poderíamos dizer em smart cities.

cidades (e também as piores) estão em cidades pequenas, poderíamos dizer em smart cities.

Cód. Munic. Nome do município Cód. UF Nome da UF IBEU Ranking IBEU
3508207 Buritizal 35 São Paulo 0,951
3547650 Santa Salete 35 São Paulo 0,941
3553658 Taquaral 35 São Paulo 0,937
3513850 Dirce Reis 35 São Paulo 0,936
3547205 Santana da Ponte Pensa 35 São Paulo 0,936
3515657 Fernão 35 São Paulo 0,934
3500600 Águas de São Pedro 35 São Paulo 0,934
3540002 Pompéia 35 São Paulo 0,932
3103108 Antônio Prado de Minas 31 Minas Gerais 0,931
3557105 Votuporanga 35 São Paulo 0,931 10º
3158409 Santana de Cataguases 31 Minas Gerais 0,930 11º
3510104 Cândido Rodrigues 35 São Paulo 0,929 12º
3530003 Mira Estrela 35 São Paulo 0,929 13º
4202008 Balneário Camboriú 42 Santa Catarina 0,928 14º

 

Entre as 15 cidades brasileiras com melhor índice IBEU, 12 são do estado de São Paulo, duas de Minas Gerais e uma de Santa Catarina, mas entre as capitais São Paulo fica apenas em 12º.

 

Entre as piores a cidade Presidente Sarney do Maranhão, com índice 0,444 é a última.

 

E o iPhone 7 ?

26 set

De acordo com o site Tech Times, o número de iPhone 7 e 7 Plus que foramiphone7 vendidos entre 16 e 18 de setembro representou apenas três quartos das vendas dos modelos anteriores iPhone 6S e 6S Plus no período equivalente anterior, isto pode significar duas coisas: acabou o efeito novidade ou as vendas da Apple despencaram mesmo por diversos motivos.

 

Noutro levantamento feito pela consultora Morning Consult apenas 25% dos consumidores estão realmente dispostos a comprar o novo smartphone dos 33% que que estavam dispostos a comprar o iPhone 6S, um ano antes.

 

No geral o iPhone 7 é mais simples e minimalista, uma interface mais clean, com ícones menos exagerados trabalhando o forte da Apple que sempre foi o design.

 

Não há mais potência ou duração de bateria, as reclamações do fone de ouvido para músicas já são grandes, também há críticas ao mau funcionamento depois que é ativado o modo avião, e um barulho que seria o mau encaixe do processador no aparelho.

 

Para os clientes de língua portuguesa, dizem que o tradutor Siri está mais inteligente e com maior vocabulário, com processamento rápido para buscas no Google, Twitter e outras mídias de redes, é bom conferir.

 

A especificação é é resistente à água, respingos e poeira (modelo Plus) e vem com as novas câmeras de 12MP com lentes grande-angulares e teleobjetiva, chip A10 Fusion, nova tela Retina HD com ampla tonalidade de cores, e opções 32GB, 128GB e 256GB (só esta é nova).

 

O precinho sugerido de US$ 649 (cerca de R$ 2.080, em conversão direta, sem taxas), numa rede popular a “oferta” está em R$ 4800,00, só para alguns brasileiros mesmo

 

O bem na cultura ocidental

23 set

Apesar dos obstáculos envolvidos na ideia do bem, primeiro porque ela é ceramicagregaapenas contraposta ao mal, voltaremos ao “ser” do mal pois é um não-ser simbólico, o problema maior é reconstruir as reflexões de Platão e Aristóteles, devido a distância no tempo que estamos daquele modo de pensar que apesar de fundador do ocidente, ressoa de modo estranho na cultura de hoje.

 

Basta pensar em John Rawls ao tratar a questão do Justo, em Uma teoria da justiça, quando afirma que os dois principais conceitos de ética são “os conceitos do justo e do bem” (Rawls, 2002, p. 26), mas uma análise detalhada veremos que o bem dos gregos não é o de Rawls.

 

Enquanto para Rawls o “bem de uma pessoa é determinado pelo que é para ela o racional plano de vida” (2002, p. 437), portanto tem relação uma relação com a estrutura social em que vivemos, além do plano “racional” que é questionável.

 

Alguém poderia argumentar: mas estamos falando da sociedade concreta que vivemos, sim mas na história quase sempre que desconhecemos a raiz do pensamentos não apenas temos pouca profundidade em questioná-la, mas principalmente tendemos a repetir certos erros.

 

Platão em A república, tem uma citação rica em detalhes que pode nos ajudar nesta tarefa de garimpar o que é o bem no pensamento ocidental:

“Quem não for capaz de definir com palavras a ideia de bem, separando-a de todas as outras, e, como se estivesse numa batalha, exaurindo todas as refutações, esforçando-se por dar provas, não através do que parece, mas do que é, avançar através de todas estas objeções com um raciocínio infalível, não dirás que uma pessoa nestas condições conhece o bem em si, nem qualquer outro bem, mas, se acaso toma contato com alguma imagem é pela opinião, e não pela ciência que agarra nela, e que a sua vida atual a passa a sonhar e a dormir, pois, antes de despertar dela aqui, primeiro descerá ao Hades para lá cair num sono completo?” (A República, 534 b, c).

 

Duas explicações necessários o que é ideia e o que é descer ao Hades, ideia para os gregos vem de eidos, significa ir além da aparência, ir além de seus contornos e pouco ou nada tem a ver com a nossa ideia de hoje, que é idealista vindo de Kant e do “plano racional da vida” de Rawls, que pode ter pouco a ver com a vida.

 

Hades na mitologia grega é a terra dos mortos, o local para onde a alma das pessoas se dirigiria após a morte. Nesse local as almas passariam por um julgamento, onde seu destino seria decidido (Na ilustração a cerâmica grega do reino dos mortos).

RAWLS, John. Uma teoria da justiça. 2002

 

O bem, a comunicação e o Ser

22 set

Abri para ler “A fragilidade da bondade” de Martha Nussbaum, sem conseguirbem caminhar muito, recebi e abri para ler “A ideia do bem em Platão e Aristóteles” de Hans-Georg Gadamer, também não fui muito longe, mas em ambos fico satisfeito em perceber que é uma questão que pertence aos fundamentos de nosso pensamento ocidental, não apenas o judaico-cristão.

 

Volto para nosso tempo, e refaço a leitura de Habermas, e nele encontro uma autocrítica tanto de questões kantianas quanto hegelianas, olhando para Peter Frederick Strawson (1919-2006), Paulo Lorenzen (1915-1994) e Popper e entendo um pouco melhor a questão do bem, com a ideia que a modernidade trouxe “grandiosas unilateralizações”, mas que tinha como pretensão preservar a unidade da razão no domínio cultural, sem passar pelas questões subjetivas.

 

Habermas vai para o ponto prático da vida, e embora as pessoas estejam de acordo no cotidiano com a compreensão do que é justo e o que é bom, há problemas quando queremos explicar o sentido de expressões como: “Fulano é bom” ou mesmo “o livro é pesado”, pois não redutíveis a uma lógica simples racional do tipo “s é p”, uma vez que existem muitos significados na experiência de cada sobre a mesma proposição lógica.

 

Os dilemas morais na óptica habermasiana, surgem primeiramente no mundo da vida, o Lebenswelt que é o primeiro lugar da moral para o filósofo, e será neste mundo que ele verá uma “ação comunicativa”, “às interações nas quais as pessoas envolvidas se põe de acordo para coordenar seus planos de ação, o acordo alcançado em cada caso medindo-se pelo reconhecimento intersubjetivo das pretensões [ de validez” (HABERMAS, 1989, P. 79).

 

Habermas levanta o problema que vai da proposição até a compreensão, problema recorrente no mundo da linguagem, mas agora com um imperativo: “Ou bem a gente diz o que é o caso ou o que não é o caso ou bem a gente diz algo para outrem, de tal modo que ele compreenda o que é dito” (Habermas, 1989, p. 40).

 

Ele apresenta pelo argumento pragmático-linguístico a validez do mundo objetivo das coisas, no mundo normativo das regras que enunciam o que deve ser no mundo subjetivo das vivências, assim recorre as normas morais e salvaguarda a Ética.

 

Minha conclusão é inevitável, faltou-se a compreensão ontológica que não é subjetiva, nem mesmo oculta para ser desvelada, entendo o caminho de Gadamer e de Martha Nussbaum.

 

HABERMAS, J. Pequenos escritos políticos, ed. UNESP, 1989.

 

Diálogos infringentes

21 set

O recurso da dialogia, podemos encontra-lo em autores díspares comodialogos o judeu austríaco Martin Buber (1878-1965), o marxista M. Bakhtin (1895-1975) ou o educador brasileiro Paulo Freire, mas a prática do dia a dia, em momentos de tensão política, ideológica e social, mostra-se uma dificuldade imensa.

 

Por razões culturais e do pensamento, não se trata de nada líquido, mas um sólido pensamento idealista e fragmentador, nossa necessidade de fragmentar é mais forte que a de integrar, por uma razão cotidiana muito simples, não se deseja ouvir o contraditório.

 

Em justiça para que alguém seja julgado, é necessário sob as penas da lei, que o acusado tenha um defensor, quando não tem dinheiro para isto existe a figura do defensor público, e será este a apresentar o contraditório, mas por falta de cultura democrática não ouvimos o “outro lado”, via um candidato no Rio de Janeiro apresentando-se em uma universidade, não era ninguém de extrema direita, que não conseguia dizer seu pensamento e parte do público o ofendia, pela única razão que era um candidato religioso.

 

Este automatismo concordo ou discordo, direita ou esquerda (ideologicamente com um pensamento estruturado há pouquíssima gente hoje deste tipo), e a razão é simples não podemos lidar, mesmo que de modo temporário, com o desconhecido, com o diferente ou com o discurso que não seja o nosso.

 

Em justiça quando a defesa não foi amplamente ouvida ela tem dois recursos: os embargos infringentes e os embargos de declaração, os segundos são mais simples, é quando uma pessoa resolve só para constar declarar “seu voto”, ou poderíamos dizer sua convicção, em geral, é quando o diálogo não teve a eficácia necessária.

 

O embargo infringente, aqui fazemos uma analogia colocando o diálogo infringente é uma tentativa de mostrar as falhas no processo e que a necessidade da ampla defesa não foi plenamente satisfeita, no caso do diálogo, o Outro não foi suficientemente ouvido.

 

Hoje parece necessário uma vontade política para o diálogo, mesmo que seja o diálogo infringente, que nos obrigue a ouvir de modo mais profundo o contraditório, e veremos que será apenas o diferente, e há onde recomeçar, pode-ser-ia dizer o ´radicalismo do diálogo’.

 

Tecnologias significativas para Big Data

20 set

Big Data ainda é uma tecnologia emergente, no ciclo que vai do surgimento de uma tecnologia até asxsw sua maturidade, se olharmos o hipociclo da curva de Gartner, veremos nela o Big Data na descendência desde o surgimento, até a desilusão, mas depois vem o ciclo da maturidade.

 

Para responder a questões propostas na TechRadar: Big Data, Q1 2017, um novo relatório foi produzido dizendo da 22 tecnologias de possíveis maturidades nos próximos ciclo de vida, entre as quais, 10 passos para “amadurecer” as tecnologias Big Data.

 

Na opinião desta pesquisa, os dez pontos que poderão, para incrementar o Big Data, são:

 

  1. A análise preditiva: soluções de software e / ou hardware que permitem que as empresas descobrem, avaliem, otimizem e implantem modelos preditivos através da análise de fontes de dados grandes para melhorar o desempenho dos negócios ou mitigação de risco.
  2. Serão necessários bancos de dados NoSQL: key-value, documentos e bases de dados gráfica.
  3. Pesquisa e descoberta de conhecimento: ferramentas e tecnologias para apoiar a extração de informações e novas perspectivas de auto-atendimento de grandes repositórios de dados não estruturados e estruturados que residem em múltiplas fontes, tais como sistemas de arquivos, bancos de dados, córregos, APIs e outras plataformas e aplicações.
  4. Fluxos de análises (analytics Stream): software que podem filtrar, agregar, enriquecer e analisar uma alta taxa de transferência de dados de múltiplas fontes de dados on-line díspares e em qualquer formato de dados (semi-estruturados).
  5. Análise persistente (In-memory) de “tecidos” de dados: permite o acesso de baixa latência e processamento de grandes quantidades de dados através da distribuição de dados através da memória de acesso aleatório dinâmico (DRAM), Flash, ou SSD de um sistema de computador distribuído.
  6. Arquivos de lojas Distribuídas: uma rede de computadores onde os dados são armazenados em mais de um nó, muitas vezes de forma replicada, tanto a redundância como desempenho.
  7. A virtualização de dados: uma tecnologia que fornece informações de várias fontes de dados, incluindo fontes grandes de dados, como a ferramenta Hadoop e armazenamentos de dados distribuídos em tempo real e ou tempo quase-real (pequenos delays).

Isto vai exigir as 3 ultimas etapas que a pesquisa sugere: 8. integração de dados: ferramentas para a orquestração de dados (Amazon Elastic MapReduce (EMR), Apache Hive, Apache Pig, Apache Spark, MapReduce, Couchbase, Hadoop, MongoDB), preparação de dados (modelagem, limpeza e compartilhamento) e a qualidade dos dados (enriquecimento e limpeza de dados em alta velocidade) serão necessários  e feito isto, poderá tornar o Big Data produtivo “fornecendo valores de algo de crescimento através de uma Fase de Equilíbrio”.

 

Religião, fanatismo e política

19 set

O belo livro do filósofo Spinoza “Tratado Teológico-Político”, de 1670, tratalaicoreligioso já na sua época, da questão religiosa vendo-a como um pretexto, que os homens usavam, para ocultar suas ambições de poder e de domínio, pois “inclusive os teólogos estão preocupados em saber como extorquir dos Livros Sagrados as suas próprias fantasias e arbitrariedades, corroborando-as com a autoridade divina”, levei anos para entender isto.

Na argumentação de Spinoza, Deus sendo que ele era judeu e depois foi para o cristianismo sem ser aceito em ambos, Deus na verdade, não tinha nada a ver com aquilo, eram os homens que queriam emprestar suas “convicções” a Deus.

 

Todo o mundo é ortodoxo para si mesmo, isto é, se considera o portador da verdadeira fé, o que indispõe qualquer um para com a fé dos outros, disto nasceu na sua época a disputa entre luteranos e católicos, que levou ao tratado de Vestfália, mas ainda sem uma paz e uma tolerância até os dias de hoje.

 

Então, é preciso evitar que uma certeza como essa degenere em guerra civil, mas para o filósofo a verdadeira religião não estava presa ao poder ou a riqueza, nem ao domínio do clero, e outros poderes “laicais”, e nada tinha a ver com os massacres.

 

Locke pode ser considerado o primeiro teórico moderno da separação da Igreja do Estado, para ele devia se demarcar por lei, de maneira definitiva, as funções do mundo sacerdotal e as do mundo político, caso contrário a confusão existente entre o que diz respeito à Igreja e o que se refere à comunidade, até os dias de hoje ainda se mistura a salvação das almas com a segurança da comunidade e do Estado que a representa.

 

Luigino Bruni, um economista com certa dose de religiosidade, em seu artigo “Bem comum e economia: para uma economia baseada no ágape”, esclareceu a diferença entre bem comum, bem comunitário e público, esclarece: “oi substituído pelo de ‘bem publico’ e ‘comunitário’; uma observação mais atenta destes conceitos, porém, revela que o seu sentido é exatamente o oposto das tradições da (economia) clássica e da tradição cristã de ‘bem comum’, dado que, quer o ‘bem público’ quer o ‘comunitário’, são essencialmente individualistas, não existindo consequências para as relações com os outros no decorrer do processo de consumo.” Veja o artigo neste link.

 

Francis Bacon afirmou que a filosofia “rasa” leva ao ateísmo, e a profunda a religião, mas é preciso superar fanatismos e dogmatismos.