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Arquivo para setembro 13th, 2017

Algumas razões para ser cientista

13 set

O livro gratuito com este nome, reúne trabalho de diversos cientistas nacionais ABelezaEIntuiçãoconhecidos, tais como Marcelo Gleiser, José Leite Lopes que conta um pedaço da história da física no Brasil, e o trabalho que destaco aqui de Constantino Tsallis, apesar de grego é praticamente um brasileiro, e assim como Marcelo Gleiser destaca o aspecto da beleza que deve ser destacado com uma das melhores razões para ser um cientista, no caso deles, pesquisadores em física.

Tsallis é candidato ao Nobel da Física, e o próprio trabalho que provavelmente o premiará ele fala de beleza, queria deixar a constante de Boltzmann, fundamental para a entropia, para a mecânica estatística e principalmente para o problema do equilíbrio da energia, já neste trabalho dizia que queria deixar o resultado mais elegante e acabou ampliando e modificando.

No seu capítulo do  livro começa contando sua história: “apesar de se considerar totalmente latino-americano, Tsallis conta que herdou dos pais, gregos, o amor pelo conhecimento e pela beleza. Ele está sempre em busca da forma mais bela possível em seu trabalho de pesquisa.”

Ainda criança a família mudou para Argentina, e gostava de todas matérias, menos “contabilidade”.

O desenvolvimento do importante trabalho que poderá dar o Nobel da Física, conta Tsallis que desenvolveu em 1988 uma generalização da estatística da constante Boltzmann-Gibbs e da Termodinâmica, atualmente usada em diversas aplicações, que pode lhe dar um Nobel.

A curiosidade, segundo ele, é característica necessária para um bom pesquisador.  “Algumas pessoas olham aonde o rio vai parar; outras de onde aquele rio vem. Para fazer física é preciso ter a curiosidade de saber de onde vem o rio, não muito para onde ele vai.”.

Afirma que segue uma intuição estética: “sempre que escrevo equações, a forma final é a mais estética”.

Quando procurava na estatística uma equação que generalizava a entropia de uma forma tão bonita que deveria estar certa.

Foi assim que chegou à forma final de sua teoria como é conhecida hoje. “A maneira que você apresenta predispõe a uma espécie de sonho que vai além daquela equação”, afirmou Tsallis à entrevistadora Carolina Cronemberger.

O livro Algumas razões para ser um cientista, está disponível online, e foi publicação pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Física, instituição de nosso provável Nobel: Constantino Tsallis.