Arquivo para junho, 2018
O imaginário, a crença e a fé
Imaginário vem de imagem, as descobertas mais recentes do homem do paleolítico, como a caverna de Chauvet em dezembro de 1994, revelam uma alma humana desde o princípio envolta em imagens e no imaginário, praticamente todas as culturas existem a absurdidade.
A modernidade foi a primeira tentativa em criar uma sociedade totalmente distante de qualquer “superstição”, o “sapere audi” ousar saber, sobre o qual sentenciou Max Weber o “destino dos nossos tempos é caracterizado pela racionalização e intelectualização e, sobretudo, pelo desencantamento do mundo”.
O imaginário nos leva além, como disse também Max Weber: “A história ensina-nos que o homem não teria alcançado o possível se, muitas vezes, não tivesse tentado o impossível” e felizmente há “teimosos” poetas, artistas que também estão presentes no mundo digital, que insistem no imaginário, no virtual e até no impossível.
Este ir além significa ter esperança e fé, como aquela descria pelo evangelista Mateus, que respondia aos apóstolos sobre as dificuldades dele: “Porque a fé que vocês têm é pequena. Eu asseguro que, se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: ‘Vá daqui para lá’, e ele irá. Nada será impossível para vocês.” Mt. 17:20.
Como diz a sabedoria popular: a fé remove montanhas, mas também há uma dose de extraordinário, algo inesperado, que é justo o encantamento do mundo, a alma humana quer ser surpreendida, busca isto em shows, teatros, cinemas e outras formas de manifestação.
Um mundo descrente do extra-natural (para não especular sobre o sobrenatural), é parte do mundo contemporâneo, afinal os desconfiados, os críticos da realidade e do desencantamento do mundo atual não fazem outras coisas que não profecias, pois geralmente estão falando de um futuro, mas de forma negativa e apolítica.
Afinal não se pode dizer se Paulo de Tarso realmente perdeu a visão e depois a recuperou, se estava preso e um anjo apareceu para libertá-lo ou não, o certo é que depois ele continuou a viver, então de alguma forma a fé o salvou, curiosamente o que Jesus mais repete e não há uma só passagem em que afirmasse: “Eu te salvei”, então é você que se salva, se quiser.
Absurdidade e a evolução do virtual
O termo absurdidade muito usado pelo filósofo americano Thomas Nagel, e serve assim como o “confusionismo” de Lucien Sfez, mas Nagel acha isto muito humano e chegou a afirmar: “A absurdidade é uma das coisas mais humanas sobre nós: uma manifestação de nossas características mais avançadas e interessantes”, e isto é muito humanista.
Já postamos aqui a refutação de Jean-Gabriel Ganascia sobre a Inteligência Artificial, ainda que o nome possa não ser próprio, o debate esquentou com a robô Sophia que recebeu a cidadania iraquiana, mas numa jogada de marketing, e o uso de “assistentes virtuais de voz”, como o Cortana, o Siri e o Google Now.
Agora o “brinquedinho” Alexa da Amazon começa a entrar nos lares, e ele tem um potencial maior porque o universo da Internet das Coisas (IoT) está crescendo e vai dar o que falar.
Retornando a Nagel, a absurdidade não é para ele um empecilho, mas exatamente uma afirmação do humanismo, em seu livro seu “What Is it Like to Be a Bat?” , de 1974, ele afirma que poderia fazer sentido você se perguntar como deve se sentir sendo um morcego, mas não faria o menor sentido perguntar-se como se sentiria sendo uma tostadeira.
Isto quer dizer que toda esta limitação que querem imposta às máquinas, é ao contrário do que parece, um anti-humanismo, uma rejeição da evolução dos meios de produção e do conhecimento, envolto com um sentimentalismo sobre “o humano” em tempos do desumano.
Falando em evolução a visão crítica de Nagel do darwinismo e também do neo- darwinismo, embora veja sua utilidade no debate científico, para o qual afirma: “Uma das tarefas legítimas da filosofia é investigar os limites até mesmo das formas mais bem desenvolvidas e mais bem-sucedidas do conhecimento científico contemporâneo. Pode ser frustrante reconhecer, mas estamos
simplesmente no ponto da história do pensamento humano em que nos encontramos,
e nossos sucessores farão descobertas e desenvolverão formas de compreensão das
quais não sonhamos.”
Lembra a frase de Teilhard Chardin: “todo o futuro é melhor que qualquer passado”.
Assistentes pessoais chegam ao consultório
Em alguns consultórios médicos já se utilizam o Google Home, Assistant e Translate, além da indispensável Agenda, quem a começa a utilizar não a deixa mais, evita conflitos de horários e avisa esquecimentos, mas a ideia agora é integrar estes ambientes no “Medical Digital Assist”, desenvolvido pelo médico Steven Lin da Universidade de Stanford feito junto ao CNBC.
Segundo o site da CNBC, o projeto esta no grupo de saúde do audacioso projeto Google Brain, parte da divisão da Google em inteligência artificial, tendo como seu “objetivo ambicioso” de implantar testes com pacientes de saúde externos antes do final de 2018.
O objetivo principal, entretanto, é auxiliar os médicos em seus relatórios e prontuários médicos, antes de iniciar os estudos a Escola de Medicina de Stanford fez um levantamento onde verificou que os médicos perdem de 6 a 11 horas de seus trabalhos diários para documentar os históricos clínicos dos pacientes, por isto muitas vezes é mais fácil perguntas, mas as respostas dos pacientes podem ser imprecisas ou ignorar dados relevantes.
O problema da precisão é fundamental, o site da CNBC explica a diferença entre uma interpretação e “hipo” ou “híper” pode ser fatal, hipoglicemia é exatamente o oposto de hipoglicemia, se o médico não verificar isto cuidadosamente, inclusive na interpretação em IA.
A primeira fase deste estudo está prevista como conclusão em agosto, Lin disse que ambas as partes planejam renovar a colaboração para a segunda fase por ao menos por um ano.
Consta-se que a Microsoft e a Amazon também estão desenvolvendo sistemas semelhantes me inteligência artificial, e o foco principal permanece em elaborar os relatórios clínicos.
Alexa: assistente pessoal da Amazon
Pode não parecer um fenômeno novo na tecnologia já que existem assistentes como o Siri, Cortana ou Google Now, mas o fato deste assistente ser realmente pessoal, por isto chamei os outros de assistentes de voz, é o fato que ele aprende e armazena os dados em uma nuvem particular da Amazon Web Service (AWS).
Ativados por voz estes assistentes pessoais embora todos fundamentados pelo uso de voz há diferenças, eles podem aprender com pessoas específicas hábitos e funções que elas desejam, enquanto o assistente de voz, como chamo Siri e Google Now agora emponderado pelo Dialogflow, como explicamos no post anterior, eles podem responder e aprender com a interação humana, mas poderá, se for desejável organizar seu próprio banco de dados.
O Alexa (por ser o assistente pessoal penso ser do género masculino, mas pode ser a também) está centralizada na nuvem da Amazon e tem seu próprio equipamento que é o Amazon Echo, uma coluna sempre conectada a internet via WiFi que está atenta aos diálogos do seu “dono”.
Os serviços de música em streaming com uso do Spotify ou Pandora, pode ler as notícias dos principais jornais que preferir, informar a previsão de tempo ou o trânsito a caminho do trabalho, pode controlar todos equipamentos em casa que sejam Smart Home, inclusive ele pode identificar e dizer sobre a compatibilidade, mais sua capacidade vai além.
Além disto tudo promete verificar coisas básicas como resolver contas matemáticas ou entrar numa conversa e até contar piadas, com o tempo este banco e esta capacidade vai evoluir.
Mas cuidado, já postamos aqui sobre o mito da singularidade (em especial o livro de Jean Gabriel Ganascia), a ideia que isto vai virar um monstro e controlar você é menos verdadeira que a de individualizar-se e deixar de falar com amigos e parentes.
Uma visão de assistentes pessoais
É emergente os assistentes pessoais em diversas empresas e aplicativos, destacam-se pela popularidade o Siri da Apple, o Cortana da Microsoft, o Alexa da Amazon, Google Now e os ambientes menos conhecidos porém que dão suporte a muitos desenvolvimentos como o Speaktoit e o DialogFlow.
O assistente de voz, como prefiro chamar, o Cortana agora associado ao Windows 10, tem este nome devido o personagem da série Halo, com Jen Taylor, dubladora da personagem, que empresta sua voz ao assistente pessoal (Foley, 2014).
Siri é um aplicativo no estilo assistente pessoal Apple, ou seja, para iOS, macOS e watchOS, sendo assim, disponível para iPhone, iPad e congêneres.
Speaktoit tem algo a mais, por um assistente ativado por voz e que tem um avatar na tela. O assistente é na verdade, um personagem de desenho animado que fala com citações em bolões e dá a você alguma uma aparência de interação humana interessante.
No final de 2014 este assistente tinha mais de 13 milhões de usuários em 11 idiomas diferentes, numa categoria de 6 aplicativos chamados LifeStyle (estilo de vida) foi o principal aplicativo entre os utilizados pelo Google Play nos EUA.
Em setembro de 2014, o Speaktoit lançou o api.ai (mecanismo de habilitação de voz que aciona o Assistente) para a quaisquer desenvolvedores, que permitam tanto o uso de avatares com a adição de interfaces de voz a aplicativos baseados em Android, iOS, HTML5 e Cordova.
Embora descontinuado em dezembro de 2016, a API.ai utiliza suas funcionalidades e está integrada ao dialogFlow, que pode ser considerado com sua continuidade.
Referências:
Brandon, John. Speaktoit Review, Laptop magazize, 2013.
https://www.laptopmag.com/reviews/apps/speaktoit
Foley, Mary Jo «Microsoft’s ‘Cortana’ alternative to Siri makes a video debut», ZDNet, 2014.
Tolentino, Mellisa “New platforms, upgrades simplify life for IoT developers”, siliconANGLE, 2014.
Hermenêutica e novos paradigmas
O importante da abertura a novos horizontes e a narrativas não convencionais, de propostas disruptivas que modificam não apenas a tecnologia, é que as próprias narrativas ao serem introduzirem novas formas de conhecimentos prévios (em outros narrativas do circulo hermenêutico são chamadas de pré-conceitos) significa uma ambiente de evolução e transformação do próprio conhecimento.
Os que gostam da exegese, ela é também uma narrativa, dois personagens e paradigmas diferentes na Bíblia foi João Batista e evidentemente o próprio Jesus, no entanto, sob o mesmo background do judaísmo da época construíram narrativas diferentes, pois tinham missões diferentes, ainda que a proposta de mudança fosse a mesma.
A leitura bíblica de Lucas 1,60-62, quando o pai Zacarias diz que seu filho terá um nome diferente diz assim: “e perguntavam por acenos ao seu pai como queria que se chamasse. Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu nelas as palavras: `João é o seu nome´, todos ficaram pasmados” para indicar que quebrou uma tradição e logo em seguida Zacarias volta a falar.
Ora a oralidade é fundamental neste período, e a fala se constituía a forma básica de transmissão do saber, mas João Batista veio para fazer um caminho novo, e este caminho será uma antecipação da vinda de Jesus, que depois abrirá sua própria narrativa em seu caminho.
Assim, a hermenêutica permite esta evolução da exegese que estuda a tradição também na filosofia e na literatura, para a hermenêutica que abre a possibilidade de novas narrativas e a interação com o saber contemporâneo, o que chamamos de “background” no post anterior.
As narrativas do mundo digital são novas, claro que nem todas são convergentes, mas o fato que existem narrativas novas, mesmo aquelas que contestam o irreversível ambiente digital, mostram que há um paradigma novo, sob o qual não é possível construir uma narrativa que seja ao mesmo tempo contemporânea, aberta e evolutiva, sem considerá-la.
Exegese, hermenêutica e ingenuidade
Os exegetas acreditam ter encontrado a verdade e assim esperam ter a última palavra sobre determinado assunto, se alguém os contesta dizem que é por arrogância e não por falsidade, os hermeneutas são aqueles que acreditam que é sempre possível uma nova interpretação, uma vez que toda verdade é contextualizada e o ingênuo acredita só no que “sente”.
A exegese é uma interpretação profunda de um texto bíblico, jurídico ou literário, ainda que possa ter elementos de profundidade como todo saber, tem práticas implícitas e intuitivas como qualquer outra forma de conhecimento.
Já a hermenêutica é um ramo da filosofia que desenvolve uma teoria da interpretação, mas também pode ser vista como a “arte da interpretação” e também se refere a prática e a intuição, nisto se funde com os outros saberes, com a diferença que admite a interpretação e não tem como pressuposto ser a última palavra em um diálogo, como prevê o círculo hermenêutico.
A ideia que os sentidos são o fundamento da verdade é bem antiga, mas é ingénua porque toda verdade deve ser contextualizada, depois deve ser analisada e interpretada também a luz da vivência pessoal de cada um, e finalmente confrontada com a história, não a romântica da analítica ou pragmática da história, mas principalmente do que é avanço, do que é irreversível e especial do que é contextual.
Entenda contextual por cultura, a estrutura social e tradicional de um povo em determinado momento da história, também envolve aspectos políticos, e pode haver fatores de disrupção que tanto pode ser causado por uma grande mudança social quanto por uma mudança tecnológica ou estrutural de determinado processo social.
Também os exegetas se aceitam o círculo hermenêutico, que parte justamente de pré-conceitos podem interagir com a hermenêutica, mas sabem que a simples interação pode tirá-los da verdade absoluta e isto não significa cair no relativismo e sim no diálogo.
Tornar hologramas reais, rápidos e precisos
Já mencionamos aqui o desenvolvimento de hologramas no espaço sem a necessidade de dispositivos que recriem os artefactos, agora é possível fazê-los de modo ultrarrápido e muito precisos.
Os cientistas do Laboratório Americano Lawrence Livermore na California desenvolveram uma técnica que pode criar objetos complexos em segundos, podemos dizer usando teorema de amostragem de Shannon para a criação de imagens, agora sendo elas tridimensionais.
Esta técnica cria os objetos em camadas simultaneamente, os detalhes foram publicados na revista Science Advances em dezembro de 2017, há duas inovações realmente importantes ali, a possibilidade de criar imagens reais de modo ultrarrápido usando uma resina fotossensível recriando a impressão 3D com um poderoso laser que endurece esta resina tornando-a um plástico.
Isto também pode ser feito com metais usando feixe de elétrons e um pó de metais em vez da resina, a também não precisa dos inúmeros suportes necessários às impressoras 3D.
O engenheiro Maxim Shusteff, do LLNL, que lidera o estudo disse ao site New Atlas: “o fato que você pode fazer peças totalmente em 3D, tudo em uma única etapa realmente supera um problema na manufatura aditiva”, agora os hologramas podem retornar às peças materiais.
Outra opção seria a bio-impressão em tecido vivo: “Nós fizemos uma boa primeira tentativa”, disse Shusteff, “mas ainda não levamos isso ao limite de seu desempenho, então o espaço está aberto para nós e outros para demonstrar o que essa abordagem é capaz de fazer.” bioprinting tecido vivo. “Nós fizemos uma boa primeira tentativa,” disse Shusteff, “
Se a impressão 3D já era anunciada como uma revolução, esta nova técnica promete acelerar ainda mais este processo
Objetos reais e virtuais
Foi a realidade mista que esclareceu o que são objetos reais e virtuais, os próprios autores Paul Milgram e Fumio Kishino que colocaram luzes não só na taxonomia dos ambientes virtuais e imersivos, mas principalmente na questão do real e do virtual.
Trataram a questão de distinção entre real e virtual em três aspectos, o que pode ser visto na figura ao lado que é uma versão modificada da Figura 2 do artigo do Milgram e Fumio, com modificações com a introdução do conceito de artefactos.
O primeiro aspecto é a diferença entre objetos reais e virtuais, que estão a esquerda da figura, os objetos reais possuem existência objetiva real, enquanto os virtuais existem em essência ou efeito, mas não formalmente, porém é deles que se tira a in-formação, o que são em essência.
Para que um objeto real seja visualizado, ele pode ser observado diretamente ou pode ser amostrado (antes de Shannon o ter imaginado) e ressintetizado por meio de algum artefacto.
A segunda distinção é retirada, pelos autores de um trabalho de Naimark (1991), que é a questão da qualidade das imagens refletidas num aspecto chamado de realidade refletida, grandes esforços foram feita para isto que é a visualização direta em ar ou vidro, de um objeto real, ou a chamada de “realidade não mediada”, hoje tornada realidade na Brigham Young University.
O ponto de vista dos autores, e também o nosso é que não é só porque a imagem “pareça real” ela possa estar representando o real e sua in-formação e, portanto, a terminologia empregada deve ser cuidadosa ao explicitar esta diferença.
Esclarecida a “representação”, a terceira distinção é entre imagens reais e virtuais, para isto voltamos ao campo da ótica e “definimos operacionalmente uma imagem real como qualquer imagem que tenha alguma luminosidade no local em que ela parece estar localizada”, isto inclui a visualização direta do objeto real, assim como a imagem projetada no artefacto (os autores dizem no ecrã, mas o conceito pode ser estendido).
Assim a imagem virtual pode ser definida como o modo inverso da imagem que não possui luminosidade no local em que aparece, e, portanto, isto pode incluir exemplos de hologramas e imagens espelhadas como sugerem o autor, no entanto, escapa-lhe o fato que a própria visão humana espelha e inverte as imagens, então o que é real se precisamos dos olhos?
Também a questão da luminosidade é interessante, as sombras e as projeções que podem ser pensadas desde as pinturas rupestres até o mito da caverna de Platão, ali já era o virtual.
Naimark, M. Elements of realspace imaging. Apple Multimedia Lab Technical Report, 1991.
Realidade Mista e o Virtual
Em um artigo intitulado “Uma taxonomia de telas visuais de realidade mista|, Paul Milgram e Fumio Kishino, publicado na Revista ACM Information System cunharam o termo “Realidade Mista” e o aplicaram pela primeira vez.
O artigo destes pesquisadores é fundamental porque não se esquivaram da pergunta o que é realidade virtual, e responderam de forma simples e direta ao separar o conceito virtual do real, ao dizer que “esses dois termos constituem a base agora onipresente do termo Realidade Virtual”.
Neste universo a intenção não é tão complexa, mas a “intenção básica é que um mundo ´virtual´ seja sintetizado, por computador, para dar ao participante a impressão de que esse mundo não é realmente artificial, mas é “real”, e que o participante está “realmente” presente dentro desse mundo”, afirmam os autores no deste artigo.
Foi isto que os fez criar o termo realidade mista, ao conversarem com diferentes investigadores, perceberam que “lidar com questões como se objetos específicos ou cenas sendo exibidas são reais ou virtuais, se imagens de dados digitalizados devem ser consideradas reais ou virtuais. se um objeto real deve parecer “realista”, enquanto um virtual não precisa.”
A ideia da Realidade Mista situa-se entre Realidade Virtual (RV) e a Realidade Aumentada (RA), mas o importante desta ideia é o acesso ao dia a dia de pessoas comuns, os capacetes e dispositivos de realidade virtual provocam uma sensação de mal-estar em muitas pessoas, e a realidade mista permite o uso fácil e simples destes conceitos.
Resumindo realidade mista é uma forma de fundir o mundo real com o virtual para produzir novos ambientes e formas de visualização em que os objetos físicos e digitais coexistam e possam interagir no mundo real, em tempo real.
Em 2015, a Microsoft causou impacto no mercado ao lançar seu produto HoloLens, mas o que parecia uma grande estratégia rapidamente caiu no descrédito pois o custo era muito alto, agora empresas como Acer. Samsung, Asus, Lenovo e Dell estão fabricando seus headsets, e o ambiente “Visualizador de Realidade Mista” da Microsoft dá popularidade a estes produtos.
Milgram, P. e Kishino, F. IEICE Transactions on Information Systems, A taxonomy of Mixed Reality Visual Displays, Vol E77-D, No.12 December 1994.