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Arquivo para janeiro 3rd, 2022

Covid: tsunami na Europa e falta de protocolos

03 jan

A Europa iniciou o ano com 4,9 milhões de contágios em uma semana (59% a mais que a semana do Natal), é um contágio sem precedentes, com predomínio da variante ômicron, com 10 países enfrentando as taxas mais altas do mundo, liderados pela Dinamarca (2.045), Chipe (1.969) e Irlanda (1.974), a Europa toda ultrapassou 100 milhões de contágios, a região que vai da Costa Atlântica, até os limites da Rússia e Azerbaijão (veja o mapa de infecções por 100 mil hab. na Europa).

O Brasil ainda com taxas baixas de infecção e mortalidade, mas já com alguns casos de surtos, um cruzeiro que desembarcou no país e alguns locais onde houve festas e aglomerações (no Rio de Janeiro os casos triplicaram após as festas, conforme o site uol), mostram que a nova variável é realmente propícia a um contágio alto, e as vacinas não são eficazes, mesmo aos que tomam a terceira dose.

Há um discurso, vindo principalmente da área política, que a nova variante significa uma imunidade de rebanho, isto é seria a fase final da pandemia, porém não está provado que esta infecção causaria algum tipo de imunidade e que não haveria novas possibilidades de variantes, e já há casos de infecção dupla de H3N2 e a variante ômicron, chamada de flurona, são vírus diferentes é claro e o tratamento é mais complexo por isto, também os efeitos desta combinação deve ser analisado de modo mais preciso.

Há medidas pontuais em cidades e estados, enquanto o governo segue sua linha de negacionismo, porém a ausência de protocolos gerais indica a pouca consciência, após dois anos de pandemia, da importância da co-imunidade, isto é, nenhum tratamento deveria ser isolado ou apenas pontual, mas ter protocolos gerais, por exemplo, para voos, navios que atracam nos portos, cidades com grandes populações, eventos e festas, etc.

A simples vacinação, que não deve parar é claro, pode ser ineficaz para o combate a uma variante que dribla os efeitos da vacina e ter um poder disseminador muito maior.

Também monitoração, que é necessária e deveria ser acompanhada de testes, é uma medida de protelar os perigos e prevenções que devem antecipar ao perigo de uma tragédia.