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Arquivo para novembro 15th, 2024

As esperanças eternas

15 nov

Quando os gregos pensaram a polis grega quase que simultaneamente o mundo judaico era revigorado e atualizado pelo mundo cristão, haviam centenas de falsos profetas, um era o esperado, veio não com um estrondo, como uma euforia e sim como uma brisa suave.

No limiar de uma nova civilização, Edgar Morin deixa 4 desafios para a humanidade: “

Sair da idade de ferro planetária, salvar a humanidade, co-pilotar a biosfera, civilizar a terra são quatro termos ligados em anel recursivo, cada um sendo necessário aos outros três” (Morin, 2003, p. 178).

Simplistas e falsos profetas insistem em soluções apocalípticas ou bélicas, ou ambas, porém alerta Edgar Morin: “Pois quanta cegueira, hoje, entre os tradicionalistas, os modernos, os pós-modernos! Quanta fragmentação do pensamento! Quanto desconhecimento do complexo planetário! Quanta inconsciência em toda parte dos problemas chaves! Quanta barbárie nas relações humanas! Quantas carências do espírito e da alma! Quantas incompreensões!” (Morin, 2003, p. 179).

Assim podemos ter duas atitudes conforme nosso olhar espiritual e conceitual sobre o futuro: “De qualquer modo, devemos reassumir o princípio de resistência. Além disso, dispomos de princípios de esperança na desesperança …” (Morin, 2003, p. 180).

Aponta seis possibilidades de atitudes diante disto: o primeiro é  vital: “… princípio vital: assim como tudo o que vive se auto-regenera numa tensão incoercível voltada para seu futuro, assim também o que é humano regenera a esperança ao regene- rar seu viver; não é a esperança que faz viver, é o viver que faz a esperança, ou melhor: o viver faz a esperança que faz viver” (idem)

Enumera outros 5, mas queremos destacar o quinto: “O quinto é o princípio do salvamento por tomada de consciência do perigo. Segundo a frase de Hõlderlin: “Lá onde cresce o perigo, cresce também o que salva.” (ibidem).

Termina o livro de maneira desoladora: “A aventura continua desconhecida. A era planetária sucumbirá talvez antes de ter podido desabrochar. A agonia da humanidade talvez só venha a produzir morte e ruínas” (Morin, 2003, p. 181), de fato, isto parece cada vez mais provável.

Porém para os que creem Deus não permanecerá indiferente ao destino da humanidade, assim é preciso pensar além da resistência do espírito, ter esperança que as palavras de salvação não passarão e então todo o mundo poderá reconhecer o poder e a ação divina sobre nossas vidas.