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O éthos, a natureza e o Ser

14 ago

O conceito antropocêntrico de ética vem do grego éthos que quer dizer de certa EthosPlanetaforma cultura, os costumes, hábitos fundamentais que se refletem em instituições e afazeres do dia dia como valores, ideias ou crenças de uma certa coletividade, época ou região territorial.

O sentido de território poderia se confundir com outro êthos que é a morada do Ser, mas para os gregos o que somos e onde moramos tinha um significado ligado ao Outro e a própria Natureza, num sentido de “casa” mais amplo que o que hoje conhecemos, seria um Ser-estar.   Este ethos alcança a Natureza e, portanto não é antropocêntrico, poderíamos decifrá-lo como harmonia e de certa forma é isto que se preocupa a Encíclica Papal “Laudato Si”, que é uma preocupação “Sobre o Cuidado da Casa Comum” e isto remete a Natureza e ao clima.

A desarmonia e a rápida deterioração ambiental atingem todo o planeta e isto também é preocupação de muitos pensadores atuais, já escrevemos um post sobre o livro “.

O mundo não tem mais tempo a perder” e desejamos chamar a atenção para o encontro de Paris do final do ano e que já mobilizam muitas forças sociais.   Andar por florestas, permitir que em espaços naturais os ecossistemas se desenvolvam, permitir que animais selvagens vivam em seus habitats, parece cada dia mais impossível, mas há algo a afetar diretamente a humanidade os efeitos do clima e a água.  

O nosso Ser sente isto, mas para entender este Ser precisamos entender que a Natureza tem “alma” e talvez esta barreira do antropocentrismo tenha que ser ultrapassada: a harmonia de nossa “morada”.

 

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