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Da eleição de Jânio ao golpe

14 abr

A eleição de Jânio Quadros para presidente e João Goulart para vice, queVarreVassoura eram eleições independentes e não por chapas, significou para diversas análises políticas, uma ruptura com o processo iniciado em 1945 com Getúlio, apesar de grande instabilidade foi democrática, pois havia uma evolução na cultura e na prática democrática no Brasil.

 

A eleição de Jânio Quadros (PTN mas como apoio da UDN), em 1960, significou certa alteração de rumos da política brasileira com relação ao período iniciado em 1945, porque perdeu uma orquestração quase sempre presente do PTB getulista e do PSD, a vitória da UDN (União Democrática Nacional) com um slogan de combate a corrupção famoso: “slogan “varre, varre, vassourinha, varre varre a bandalheira”, mas é claro a corrupção continuou até hoje.

 

Jânio Quadros resolve renunciar em 25 de agosto e constitucionalmente deveria assumir João Goulart, conhecido popularmente como Jango, mas estando em visita na China, o presidente da Câmara Ranieri Mazzilli (do PSD derrotado) assumiu o governo provisoriamente, mas forma um gabinete em uma atitude de pouco respeito a Jango que deveria assumir.

 

Em um processo de negociação polarizado, parecido aos dias de hoje, o Congresso Nacional encontra uma solução com um governo do regime parlamentarista de governo, que vigorou por dois anos (1961-1962), reduzindo os poderes constitucionais de Jango em 7 de setembro, data simbólica, quase sempre preservada nestas manobras (agora seria o dia 21 de abril).

 

Jango não dispunha de base de apoio parlamentar no Congresso Nacional para aprovar com facilidade seus projetos políticos, econômicos e sociais e fez, por exemplo, um plano trienal com o economista Celso Furtado, foi aprovado o 13º. Salário.

 

Com um plebiscito Jango volta a recuperar seus poderes (votação de 80% para manter o regime presidencialista), embora mantenha-se sem grande apoio no congresso nacional.

 

Há um grande comício no Rio de Janeiro, na estação Central do Brasil, com cerca de 300 mil pessoas, para época um número extraordinário, em resposta a direita fez uma marcha “da família com Deus pela liberdade”, estimada entre 500 e 800 mil pessoas.

 

Em 31 de março de 1964 há o golpe militar, Jango se exila no Uruguai.

 

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