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Os críticos de Hegel

21 jul

Considero a mais importante aquela surgida a partir de Husserl, que tem Fenomenoraízes em Franz Brentano, porque daí surgiu grande parte do existencialismo, e três dos mais importantes pensadores contemporâneos: Heidegger, Paul Ricouer e Emmanuel Lévinas, há ainda Karl Popper, uma crítica a parte, que ficará para o próximo post.

 

Os primeiros críticos ferozes de Hegel são Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzche, ambos tiveram uma importante influência do transcendentalismo americano de Ralph Waldo Emerson  (1803-1882), e embora ambos tivessem também a influência de leituras orientais, é através desta influencia que pode-se explicar o subjetivismo transcendentalista de ambos, ou dito de outra forma, não tem rompido totalmente com o centro egóico da cultura ocidental onde o eu é de onde parte a filosofia, ambos farão discursos sobre a questão da “vontade”.

 

Karl Marx não é exatamente um opositor, parte do sistema Hegeliano de crença no Estado, e neste de certa forma em um tipo de “deus”, por exemplo, com a filosofia da história, ele faz o que ele próprio definia como um Hegel de cabeça para baixo, não um sistema do céu para a terra, mas da terra para o céu, mas qual foi paraíso celeste de Marx? Uma sociedade sem classes, o socialismo real revelou que acabamos construímos novas “castas” no poder.

 

Retornemos a Edmund Husserl (1859-1938), em trabalho da maturidade A crise das ciências europeias (1936), ele escreveu: “nossas reflexões críticas sobre Kant já nos tornou claro o perigo de conclusões impressionantes, mas ainda obscuras ou, se se quiser, a iluminação de conclusões puras na forma de vagas antecipações … e isso também tornou compreensível o modo como ele foi forçado em direção a uma construção conceitual mítica e uma metafísica perigosamente hostil a toda a ciência autêntica.”

 

Ele defendeu uma essencialismo, é famosa sua frase “voltar as coisas por elas mesmas”, mas é sua crença no modelo fenomenológico que cria bases para uma ciência autêntica, religada ao ser (o existencialismo viria com Heidegger, seu aluno que o sucedeu na academia) num novo transcendentalismo, assim explicado: “Nós mesmos seremos dirigidos a uma transformação interna pela qual ficaremos frente a frente – em experiência direta com – a dimensão há muito sentida mas constantemente ocultada do ´transcendental´. A base da experiência, revelada em sua infinidade, tornar-se-á então o solo fértil de uma filosofia de trabalho metódico, com a auto-evidência, além disso, de que todos os concebíveis problemas filosóficos e científicos do passado estão destinados a serem apresentados e resolvidos a partir desta base”, em sua obra magna “A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental” (1936).

 

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