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Expressionismo, cegueira e véu

24 nov
O movimento do expressionismo na pintura surgiu no final século XIX ressaltando a subjetividade, a sua intenção era a de recriar o mundo e não apenas absorvê-lo da mesma forma como foi visto, embora ele fique no dualismo objetividade e subjetividade, agora no polo oposto saindo da objetividade da imagem para o subjetivismo da expressão
Foi importante para o desenvolvimento do abstracionismo e espiritualismo de Kandinsky e Matisse, entre outros, mas representa a crise do dualismo objetividade x subjetividade.
Um bom exemplo do expressionismo é o quadro O Grito, munch.screamdo norueguês Edvard Munch, que data de 1893, podemos compará-lo a cegueira, ou mesmo o velamento sobre o real, a objetividade, o próprio Munch escreveu sobre seu quadro: “Estava andando pela estrada com dois amigos / O sol se pondo com um céu vermelho sangue / Senti uma brisa de melancolia e parei / Paralisado, morto de cansaço … meus amigos continuaram andando – eu continuei parado / tremendo de ansiedade, senti o tremendo Grito da natureza”, quem acredita que estes sentimentos fossem contemporâneos acertaram, porém o são desde o século XIX.
É a cegueira idealista/realista, pode-se com uso de uma metáfora que é o desvelamento, a retirada de um véu que nos apresenta a dor e também da retirada do caminho de tudo o que não permite iluminá-lo, eis o novo tempo de um “advento”, algo que está por vir.

 

 

 

 

 

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