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Veredas, onde pode-se encontrá-las

14 dez

Tempos de diversas crises, também é um tempo de crise do pensamento, da cultura e até mesmo da fé.

“Onde mora o perigo é lá que também cresce o que salva”, escreveu o poeta alemão Hölderlin, já em um de seus últimos “A Via” o visionário Edgar Morin reuniu parte do pensamento disperso pelo reducionismo e sistematizou um sobre o futuro da humanidade religando saberes e defendendo a fraternidade.

Ele trata no livro da reconstrução coletiva do pensamento sobre a sociedade, através do conceito da metamorfose (processo simultâneo de autodestruição e autorreconstrução em uma organização em que a identidade é mantida e transformada em alteridade), que seria uma nova origem de modo mais amplo da solidariedade humana.

Escreveu o pensador francês: “Sinto-me conectado ao patrimônio planetário, animado pela religião do que religa, pela rejeição daquilo que rejeita, por uma solidariedade infinita…”, religar os saberes, admitir a complexidade, reencontrar a natureza e também o Amor, escreveu um belo livro “Amor Poesia Sabedoria” (Instituto Piaget, 1997) que também sobre a perda de sua mulher Edwige: a inseparável, dizendo “sou um eterno amoroso”.

Ao falar do desencanto do homem moderno, responde a pergunta de um repórter sobre a esperança: “Todas as crises – seja ela econômica, social, política, ética, cognitiva – são apenas reflexos da crise maior da humanidade, que não está conseguindo se tornar humana.  Mas é preciso resistir à desilusão e à perda de fé em um novo mundo, porque um novo caminho, uma nova via, é sempre possível. Mas esperança não significa certeza. Não podemos escapar da incerteza.”

Podemos então buscar Veredas, encontrar atalhos para o novo tempo, um novo “advento”.

 

 

 

 

 

 

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