Linguagem, símbolos e o Natal
Se a linguagem pode ser, grosso modo, a capacidade “restrita” dos seres humanos de expressar sentimentos, sensações, emitir e transmitir informações, opiniões ou mesmo a simples troca de dados hoje codificada e transmitida a distância por dispositivos eletrônicos e digitais, podemos dizer que ela difere da palavra, por que esta está ligada a uma sintaxe e uma norma.
Embora estudos linguísticos façam alusão ao signo ou sua em uma tríade que podemos chamar de significante, signo e significado, mas esta divisão propõe que o significado e o significante liguem-se num todo, por exemplo, o som da palavra árvore remeta ao significado do que é uma árvore, porém no sentido ontológico a árvore é independente do sonoro, pois poderia ser em inglês “tree” ou ainda o desenho de um pinheiro ou outra arvore qualquer.
A razão pela qual nos fixamos nestes significados linguísticos é histórica, conhecíamos até recentemente a linguagem oral e a verbal, a pictórica e agora a visual animada são recentes, embora na raiz da escrita esteja a pictórica, vejam as pinturas primitivas rupestres.
Então fazemos alusão a linguagem simbólica, do grego symballein do latim symbalum são as coisas que marcam e agregam, também o filósofo Leibniz definia a linguagem como tendo uma estrutura que combina símbolos, chamou a esta forma de Caracterìstica Universalis.
Os símbolos natalinos, a árvore enfeita representa a árvore da vida e o pinheiro como uma árvore símbolo em países mais frios onde resistem as baixas temperaturas, a guirlanda que podem ter diversos adornos, surgiu na Roma antiga, onde também é frio neste período, e acreditavam representar a saúde, a resistência aos tempos de frio do inverno, com ramos de arvores (geralmente também o pinheiro), frutas, fitas e até pedrarias.
As guirlandas também são conhecidas como coroas do advento, mas estas são feitas de 4 velas que indicam 4 semanas de preparação, usadas no tempo do advento, no caso do Brasil as cores são uma alusão a cultura indígena e negra.
Claro, deveria ser o mais importante que é o presépio do menino Jesus, feito pela primeira vez por São Francisco, que queria lembrar a pobreza e a delicadeza do menino Jesus, que não coaduna com a ideia de poder e de ganancia.