Potência e poder
Emponderamento é a palavra da moda, porém ao contrário de significar mais potencialização significa apenas mais poder e vontade de poder apenas.
Na filosofia quem mais o explorou foi Nietzsche que embora jamais tenda dado uma definição formal deste conceito é possível compreendê-lo como aquela vontade que todos temos de realização, ambição e esforço para alcançar a posição mais alta possível na vida.
Ainda que isto possa ser e em muitos casos foi confundida com potência, em alemão “Der Wille zur Macht“, a vontade de poder é a tradução que aqui usamos para Nietsche.
Significa que ainda restava em Nietzsche um resto de idealismo vindo da cultura grega, já que é possível uma leitura de potência como “virtus”, o virtual vindo do círculo virtuoso do exercício da potência sem nenhum idealismo, a semente é virtualmente a árvore e realizará sua potência de produzir frutos permanecendo como árvore.
Significa também que há um virtus irrealizável, que é a semente não querer ser árvore, e não é a possibilidade de sua negação, quer dizer o grão que morre e apodrece para dar origem a árvore, esta é a virtus verdadeira, mas o grão de trigo que desejaria ser outra coisa.
A passagem bíblica em que Jesus faz o milagre dos pães e pede que os discípulos recolham todas as migalhas, porque certamente logo aquele povo ia sentir fome de novo, há também a saída de Jesus para outro canto, porque após o milagre queriam proclamá-lo rei.
Lê-se em João 6,15 “Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte”.