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Economia Digital e novas direções

24 mai

Economia digital foi um termo cunhado por Nicholas Negroponte em 1995 e que depois apareceu na sua obra Being Digital, usando uma metáfora da passagem do modelo dos átomo (matéria, massa, transporte) para o modelo de bits de processamento (imponderabilidade, virtualidade, instantâneo e global).   Nesta nova economia, as redes e infraestruturas de comunicação digital devem fornecer uma plataforma global onde as pessoas e organizações, definem estratégias, interagem, comunicam, colaboram e procurar informações para atuações coletivas ou conjuntas.  Também é de o famoso “um laptop por criança” que não se realizou nem aqui nem noutro país.

Para que possa acompanhar este novo modelo econômico, impulsionado pela Internet, existe a necessidade de incentivar a utilização das tecnologias de informação, o que não é possível sem se referir a urgência em modernizar a administração pública, o que passa pela existência de um Governo com maior visão estratégica sobre o tema.

Investir na educação, em TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação),e incentivar as áreas de Tecnologias e Telecomunicações, agora 3G e 4G,  tornar o mercado mais aberto à concorrência são tarefas cruciais para o crescimento da Economia Digital.

A maior contribuição que o Governo deve dar como agente econômico e cliente, seria fazer uma aposta estratégica muito forte na modernização da Administração Pública, reduzindo a máquina estatal, distribuindo concorrência entre empresas pequenas (porque elas nunca ganham concorrências ? e quando ganham foram “montadas” para alguma licitação?) e horizontalizando o mercado e incluindo a multidão.

Se os  Governos apostarem mais fortemente na modernização da Justiça, da Saúde e da Educação, tornar-se-ão de longe o maior cliente do mercado digital, poderão ter melhores índices de produtividade, tenderão a reduzir as atuais necessidades de recursos humanos (sempre crescente na máquina vertical) e enxugando a máquina de estado serão competitivos e reduzirão os custos de impostos, mas é claro diminuirão o clientelismo e o toma-lá, da-cá (o tit for tat” que Elinor Ostrom afirmou que não pode ser confundido com a reciprocidade necessária ao bem comum).

Diversos países estão pensando a economia digital, como por exemplo, no Canadá está vinculado ao Ministério da Indústria e na Inglaterra há um programa especial elaborado por um conselho, de 6 a 8 de junho em Bruxelas será realizado um evento intitulado World Copyright Summit, como o próprio nome diz a tônica será a questão no Copyright no mundo digital. 

A união européia organizou um abrangente simpósio em 2009 para discutir temas,  a partir das comunicações móveis, ópticas e tecnologias convergentes, bem como serviços e aplicações. Foram identificados três temas chave da aplicação destas tecnologias para as discussões durante o evento:   Sistemas Inteligentes de Transporte, Serviços de saúde e o Futuro da Infra-Estrutura de Internet.  Nós também  devíamos prever Futuro para a Internet  e sistemas chave transversais como a modernização da estrutura digital das empresas, o preparo dos professores de primeiro e segundo grau para esta nova realidade e a inclusão da tecnologia nas escolas num plano progressivo e inteligente, nada de programas bombásticos: um laptop por aluno ou um iPad por aluno e outras megalomânias extemporâneas.

Mas todo esse modelo precisa de uma alma que é a conexão humana, o pensamento da Economia de Comunhão visa dar esta alma a economia.

 

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