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Em Balsamão, longe da agitação

19 jul

Tirar um tempo para descansar, meditar e tentar mergulhar no profundo do Ser, fora das preocupações e da agitação da vida moderna, das crises políticas, sociais e econômicas, não é um ato de alienação é um ato de sanidade em busca de respostas mais profundas.
Pode-se e deve-se depois retornar a vida do dia-a-dia, mas com energia renovada, por sugestão de um amigo chegando a Portugal fomos estar alguns dias no mosteiro de Balsamão, onde a ordem padres Marianos da Imaculada Conceição.
Fica no alto do Monte Morais, que seria um dos cinco umbigos do mundo, e que segundo os religiosos de Balsamão, é onde se experimenta o colo de Deus, rezam em função desta mística o Salmo 124, que diz: “Como Jerusalém rodeada de montanhas,/ assim o Senhor protege o seu povo/ agora e para sempre”.
Subindo da esplanada ao miradouro, tendo a Serra de Bornes ao redor, os olivais de Chacim ao fundo, e as termas da Abilheira abaixo, os tons do pôr-do-sol são vistosos neste período de sol.
A história conta que o padre polaco Casimiro Wyszynski (1700-1755) descreveu o lugar assim: “Temos aqui, cercados pelos rios, campos, pomares, vinhedos, prados, oliveiras e frutas de várias espécies. E nesse monte há florestas, árvores, belos carvalhos.”
Ele decidiu formar o mosteiro ali, onde já viviam eremitas que aceitaram o frei Casimiro com o seu companheiro o frei João de Deus, que os aceitam e dispõem-se a integrar a nova ordem.
O desejo de se retirar e meditar para ouvir a voz profunda em nós, é também o que Jesus indicava para Marta preocupada com Maria que ficava ouvindo Jesus e não ajudando os serviços da casa, ao que Jesus repreende-a (Lc 10,42): “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada.”

 

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