Coronavirus, eutanásia, mídias e poder
Já pontuamos sobre o poder das novas mídias, o conceito de psicopoder foi também explorado por Byung Chul Han, escrevemos um post sobre isto, mas agora voltamos ao biopoder.
Conforme pensava Foucault o biopoder tem duas formas distintas: uma chamada anátomo-política do corpo e outro da biopolítica da população, a primeira são dispositivos disciplinares encarregados do extrair do corpo humano sua força produtiva, mediante controle de tempo e espaço, no interior das instituições (vejam quantas fazem isto, incluindo as educacionais) e a segunda forma volta-se a regulação das populações inutilizando taxas de natalidade, fluxos de migração, epidemias e aumento da longevidade.
Veja-se discussões do corona vírus, migrações na Europa e problemas de longevidade na previdência social dos idosos, mas agora o caso perverso da “morte assistida” que evita gastos com idosos e permite que morram “assistidos”, claro cadeira elétrica também tem assistência, mas é para criminosos, ao menos supostamente, pois há enganos.
O coronavirus ameaça fugir do controle e os controladores do poder se assustam, poderiam pensar morrer uns poucos, talvez a maioria pobres, mas não é o que acontece, atinge a todos, no Irã até um vice-ministro da Saúde está doente, e diversos eventos estão ameaçados, alguns já cancelados e os testes para as Olimpíadas já estão ameaçados e até podem ser canceladas.
O biopoder, portanto, está fora de controle e o próprio poder pode sofrer com isto, bolsas caem, economias entram em colapso, o turismo e as viagens caem, enfim o biopoder também tem limites, mas tanto ele quanto a psicopolítica estão ainda majoritariamente no controle do estado.
As redes sociais, e nem sempre suas mídias formam redes, estas sim podem protagonizar novo e poderes e empoderamento de grupos, culturas e etnias que estão sob a tutela do estado.