A espera de uma vacina
Duas vacinas estão próximas de brasileiros pela participação de institutos de pesquisa locais, a vacina de Oxford, onde que tem o brasileiro Pedro M. Folegatti na equipe de desenvolvimento (autor do artigo na revista The Lancet), da qual participa também o laboratório Fio Cruz com incentivo do governo, e a vacina chinesa a qual na etapa de testagem participa o Instituto Butantã da USP, com acordo do governo de São Paulo para o desenvolvimento.
Pode gerar uma confusão de interpretação o fato que o laboratório AstraZeneca britânica, que está no desenvolvimento da vacina de Oxford, fechou acordo para produzir a vacina também na China através da empresa Shenzhen Kangtai Biological Products, anunciado na quinta feira passada, de 6 de agosto.
As vacinas tem também diferentes desenvolvimentos, enquanto a vacina chinesa segue o desenvolvimento tradicional de vacinas para gripes e algumas doenças comuns como sarampo, cachumba e outras, que é o desenvolvimento de uma dose mais fraca do próprio vírus produzindo assim uma imunidade no corpo, após alguns pequenos incômodos, no caso do corona vírus fica uma pergunta, será que não há a possibilidade de reinfecção, já há casos no mundo todo, que estão sendo estudados.
A vacina de Oxford, que tem a participação da FioCruz e incentivo do governo brasileiro, já foi explicado num post que é produzindo um vetor viral não replicante, ele é modificado e não infeccioso, uma proteína escondida no vetor leva uma proteína que produz anticorpos e imuniza o vacinado, o laboratório de Oxford afirma que com duas doses é 100% eficaz.
Há muitos outros projetos em desenvolvimento no mundo, as empresas chinesas participam além destes dois, em mais 8 dos 26 projetos que lideram o desenvolvimento da vacina por estarem já na etapa de teste das vacinas em humanos ao redor do globo.
A corrida pela vacina tem dois aspectos, o positivo há uma corrida que pode trazer a vacina mais cedo, a outra temerosa é que etapas de segurança sejam ultrapassadas, a Rússia diz já ter uma vacina para breve, mas há duvidas sobre o cumprimento dos protocolos antes da vacinação em massa, é necessário prudência.
https://www.thelancet.com/action/showPdf?pii=S0140-6736%2820%2931604-4