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Livro sobre WikiLeaks e a guerra da transparência

24 jun

Lançado recentemente no Brasil, o livro “WikiLeaks: A guerra de Julian Assange contra os Segredos de Estados” mostra a origem da personalidade de Assange filho de Christine e neto de Warren Hawkins, descrito no livro como um acadêmico rigoroso, do qual a filha se rebelara e fora viver uma vida de contracultura e conheceu o pai de Assange em uma manifestação contra a Guerra do Vietnã, mas viveria com outro companheiro Brett Assange (aparentemente derivado do chinês Ah Sang) , a mãe uma artista viveu uma vida alternativa e nômade.

Mais tarde o pai biológico de Assange: John Shipton, retoma o contato com o filho e em 2006 teve o nome registrado de seu pai, e em dezembro divulgou seu primeiro documento, registrado pelo New Yorker (este não vão tirar do ar).

Escrito por David Leigh e Luke Harding, jornalistas do The Guardin, o livro já teve seus direitos comprados por Steven Spielberg para o cinema, vem aí o filme ?

Sabia como ninguém driblar a mídia vertical, fazendo acordos para divulgar dados sigilosos e manter sempre a mídia vertical sob seu controle, está registrado no livro a impressão de Jack Shafer, colunista da revista Slate: “Assange atormenta os jornalistas que trabalham com ele porque se recusa a se conformar a qualquer papel que esperam que  ele desempenhe”(pg. 20).

Assange procurado e perseguido após um suposto “estrupo” (que teria rasgado de propósito o preservativo em uma relação), curiosamente logo após revelar alguns crimes de guerra americanos registrado em documentos oficiais, também narrados no livro, recebe um apoio tático de outro grupo chamado “Anonymous”, que se organizou através de um fórum na internet, esta realizou  ciberataques contra as companhias americanas de cartão de crédito MasterCard e Visa, e de outros grupos que bloquearam as contas do WikiLeaks.

É importante entender o tipo de ataque, chamados de Negação de Serviço Distribuídos (DDOS), onde um número imenso de acessos simultâneos a partir de um grande número de equipamentos, bloqueiam ou pelo menos sobrecarregam um portal na internet, portanto não destroem conteúdos ou equipamentos.

No início de janeiro, quando a revolução de Jasmim começava na Tunísia, de acordo com The Next Web Oriente Médio, o governo tunisiano bloqueou não apenas Wikileaks mas qualquer fonte de notícias publicação ou referencias telegramas que originaram ou são endereçados à Tunísia, incluindo Tunileaks, uma sistema da Tunísia específico de comunicação diplomática, mas em pouco tempo o governo cairia.

O livro é antes de mais nada o direito a uma versão diferente da grande imprensa interessada apenas nos grandes grupos econômicos e nos apoios políticos a eles condicionados, o direito a informação transparente é antes de mais nada um direito universal e se não houveram crimes de guerra ou distorção de informações não há porque temer o WikiLeaks e Anonymous.

 

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  1. Mauricio Serafim

    24 24UTC junho 24UTC 2011 at 15:13 03Fri, 24 Jun 2011 15:13:55 +000055.

    O que me chama a atenção na ideia do Wikileaks é que eles não focam em países onde realmente não há acesso à informação, como China, países árabes, Cuba etc. Seu trabalho poderia ser bem mais útil. Fica a impressão que querem desmoralizar países ocidentais. Um abraço.

     
    • Marcos Mucheroni

      25 25UTC junho 25UTC 2011 at 04:39 04Sat, 25 Jun 2011 04:39:27 +000027.

      Oi Maurício, obrigado receber um comentário teu me deixa muito contente. A questão é que com as redes a tendência será tudo o que “estiver escondido será revelado” mas pode demorar.

       
  2. Mauricio Serafim

    24 24UTC junho 24UTC 2011 at 15:13 03Fri, 24 Jun 2011 15:13:55 +000055.

    O que me chama a atenção na ideia do Wikileaks é que eles não focam em países onde realmente não há acesso à informação, como China, países árabes, Cuba etc. Seu trabalho poderia ser bem mais útil. Fica a impressão que querem desmoralizar países ocidentais. Um abraço.

     
    • Marcos Mucheroni

      25 25UTC junho 25UTC 2011 at 04:39 04Sat, 25 Jun 2011 04:39:27 +000027.

      Oi Maurício, obrigado receber um comentário teu me deixa muito contente. A questão é que com as redes a tendência será tudo o que “estiver escondido será revelado” mas pode demorar.