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A informação e o Ser

01 Jul

A questão da informação está presente em toda história humana. Ela só vale para livros e computadores ou está acima e além de todos os domínios tecnológicos ? Sistemas vivos, entre eles o homem, estão intimimamente ligados a ela ou não?  

Ela não é somente uma coisa em si, também não é somente uma condição, mas é uma representação abstrata de uma realidade tangível ou intangível, de relações materiais, se tangivel  e de relações conceituais se intangível, tais como formulações de imagens, problemas, idéias, programas ou algoritmos.

Uma representação qualquer estará em um sistema adequado de codificação das realidades dos objetos ou de suas propriedades físicas, químicas ou biológicas, mas sempre em ligação íntima com o ser, que não é um observador neutro, mas ativo.

A realidade a ser representada não é geralmente presente no momento e local da transferência do objeto da informação, nem sempre pode ser observada ou medida naquele momento.  A condição de espaço absoluto foi contestada por Leibniz.

Informação não é somente uma coisa em si, também não se estabelece condicionalmente, mas é um vir-a-ser da transformação, que implica em uma ética, um direito e um dever-ser de informar-se. Qual a relação da informação com a cultura, a política e as ideologias?

A concepção idealista formulou que ela está presente na percepção,  mas nossa concepção é que “existe uma realidade além da nossa percepção, existe a coisa em-si, mas o nosso foco é o cognoscível, pois estamos tratando de ontologia, do ser que pensa. Saber se existe a coisa em-si ou não é um assunto paralelo, o que queremos saber é da temporalidade e da relação viva entre sujeito e objeto” (trabalho de conclusão de curso do aluno Robson Ashtofen).

“Estar isolado numa sala adiabática é possível para uma mesa, mas para um ser vivo não, ele morreria em isolamento.     A condição de existência de um ser é o outro. Do mesmo modo em que uma mesa isolada numa sala adiabática perde sua razão de ser, ou seja, a de servir como apoio, sua instrumentalidade é destituída, por isso que este exemplo é hipotético, pois há a realidade do ser-no-mundo, é condição inexorável ao ser” (Robson Ashtofen).

“A relação entre sujeito e objeto nunca é isolada”.  Este trabalho foi apresentado dia 04 de julho na Escola de Comunicações e Artes da USP, no auditório Paulo Emílio.

 

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  1. erica lucena

    Friday September 23rd, 2011 at 03:24 PM

    estou lendo a dissertação do Robson, e cara… putz, excelente!
    era algo que tb pensava mto a respeito, a relação homem-informação, meio que num paralelo ao pensamento fenomenologico… quando descobri o trabalho dele, me encantei e me senti em casa!
    pretendo citar em meus trabalhos!

     
    • Marcos Mucheroni

      Saturday September 24th, 2011 at 02:12 AM

      Oi Erika tb fiquei feliz e logo estará na rede a publicação de um artigo no Enancib. Já aprovado e será apresentado no final de outubro.

       
  2. erica lucena

    Friday September 23rd, 2011 at 03:24 PM

    estou lendo a dissertação do Robson, e cara… putz, excelente!
    era algo que tb pensava mto a respeito, a relação homem-informação, meio que num paralelo ao pensamento fenomenologico… quando descobri o trabalho dele, me encantei e me senti em casa!
    pretendo citar em meus trabalhos!

     
    • Marcos Mucheroni

      Saturday September 24th, 2011 at 02:12 AM

      Oi Erika tb fiquei feliz e logo estará na rede a publicação de um artigo no Enancib. Já aprovado e será apresentado no final de outubro.