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O futuro imprevisível da pandemia

15 mar

Fica cada vez mais claro que o futuro da pandemia pode ser distante do que todos imaginam, o número de variantes do vírus, os cientistas começam a identificar as pequenas variações que ele faz em seu código genético, e durante anos os epidemiologistas diziam que devíamos nos preparar para uma próxima pandemia, se não o fizemos antes, agora mais que nunca deve ser feito.

Enquanto isto a epidemia não dá sinais de arrefecimento, apesar do número cair, na Europa por exemplo, houve um aumento considerável nesta semana, de cada 100 infecções registradas no mundo, 41 são da Europa, o caso brasileiro já revelamos é trágico devido aos recordes de infecções e mortes superiores aos dados do ano passado.

Os estudos sobre as variantes constatam também uma alteração no seu código genético que assusta pois a cada transmissão as alterações do código genético podem influenciar na eficiência da vacina (já explicamos os índices de eficácia que dependem do “tipo” de vacina), ou seja, pode acontecer que a próxima epidemia seja do próprio coronavírus em uma de suas mutações.

O que fazer por enquanto, aumentar a vacina e combiná-la com lockdown, é um fato cultural que será difícil no Brasil e as restrições são altamente impopulares, mas não há outra coisa a fazer, e é preciso combiná-la com aumento nas taxas de vacinação.

Outro problema é a crise humanitária que pode ocorrer, limitar a circulação de pessoas significa limitar o comércio, o consumo de bens etc., que teve no ano de 2020 um fato positivo, pois a pouca circulação de veículos e uso de energias não renováveis, fez a emissão de CO2 cair em média 6% em todo planeta, e alguns sinais de reabilitação da natureza surgiram, presença de golfinhos próximos a costa, que significa abundância de peixes, melhoria nos níveis de poluição das grandes cidades.

Porém é importante dizer que o número de mortes cresce que havia começado a diminuir, volta a patamares muito preocupantes, e novos repiques voltam a acontecer devido as variantes do virus.

A economia também deve ser um fator preocupante porque já há sinais em muitos países de problemas sociais, desempregos, índices de miserabilidade e as questões correlatas: distribuição de renda e empobrecimento.

Podemos aprender com esta cruel lição, mas ainda a maioria das pessoas pouco se preocupa com aquilo que não o afetou diretamente ainda, mas aos poucos afetará a todos.

 

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