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Educação e Complexidade

06 abr

Dizer de maneira simples o que ele defende, toda síntese é um reducionista, mas poder-se-ia pensar numa mudança de paradigma onde no ensino as pessoas serão “capazes de compreender e enfrentar os problemas fundamentais da humanidade, cada vez mais complexos e globais”, a pandemia com certeza é um claro problema deste tipo.

O modelo atual leva a “negligenciar a formação integral e não prepara os alunos para mais tarde enfrentaram o imprevisto e a mudança”, novamente um exemplo aplicável a pandemia não nos adaptamos ao novo normal, porém a raiz de todo problema para o filósofo-educador Morin é que “o conhecimento está desintegrado em fragmentos disjuntos no interior das disciplinas, que não estão interligadas entre si e entre as quais não existe diálogo”, daí a dificuldade de se promover diálogo entre “especialistas” cuja visão é fixa e há uma “hiperespecialização”.

Quando Edgar Morin começou a escrever seu método, já era claro para muitos educadores que um novo modelo de educação deveria emergir, a Pandemia com uso de recursos online e também formas criativas de motivar e prender a atenção de alunos (na internet não se deve usar períodos longo, são cansativos e as pessoas saem) mostra bem isto.

O autor de “Cabeça bem-feita” e “Os sete saberes para a Educação do Futuro, Educar para a Era Planetária” lamenta, igualmente a “condição humana está totalmente ausente” no ensino: “Perguntas como o ´o que significa ser humano’ não são ensinadas”, de modo mais profundo e análogo Heidegger detectou uma ausência na filosofia da questão do Ser, claro que havia na filosofia antiga e no período medieval (a ontologia de Tomás de Aquino por exemplo), porém o Dasein de Heidegger, esse “ser-aí” ainda hoje, ligo e relido é mal compreendido.

Poderia ser perguntado o que é esse “ser” agora durante a Pandemia, algumas respostas são possíveis, mas inacabadas.

 

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