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Faltam dados e sobram fatos

24 jan

A Covid avança e embora a predominância seja da variável ômicron, já há uma nova variante IHU detectada na França, a pouca testagem e o número de casos assintomáticos indicam que os números podem ser bem maiores e por isto alarmantes, se de fato muitos casos são leves, a expansão é grave porque pode levar a muitas pessoas com as comorbidades necessárias para tornar os casos complicados.

Todo mundo tem um parente, amigo ou conhecido com a Covid agora, isto além das figuras públicas: jogadores e técnicos, jornalistas, apresentadores de televisão, artistas, etc. o número de casos é provavelmente muito maior do que as estatísticas públicas que são divulgadas.

A vacinação de crianças começou, mas é importante dizer que o maior número de internados continua sendo de adultos, não são dados precisos, mas basta perguntar a algum amigo ou parente que trabalhe em unidade de saúde para confirmar, assim é preciso também uma política de protocolos para os adultos, muitos cientistas e autoridades, a própria OMS, insistem que a pandemia não acabou.

Pela poderá tornar-se uma endemia é verdade, podemos caminhar para lá em alguns meses dizem alguns da comunidade científica, como a BBC, expressando a opinião do professor David Heumann, de epidemiologia de doenças infecciosas da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres: “ela continuará por um bom tempo tornando-se endêmica”, disse referindo-se ao fato que todos os vírus tornam-se endêmicos e são tratados de modo sazonal como as gripes e outros coronavírus.

Mas o próprio jornal faz questão de ressaltar que a Covid-19 evoluiu de forma bastante imprevisível e, segundo especialistas, a variante Delta poderia ter sido muito pior, o fato é que naquele caso houve uma política sanitária e um enfrentamento da pandemia, agora tanto o público quanto as autoridades parecem pensar que a variante ômicron é boa, há até quem ache o absurdo que seria bom a tal “imunidade de rebanho”, isto é, a grande maioria das pessoas terem passado pelo vírus.

O diretor geral da OMS Tedros A. Ghebreyesus declarou na semana passada: “Não se enganem, a ômicron provoca hospitalizações e mortes, e mesmo os casos menos graves submergem os estabelecimentos de saúde”.

Lembramos que esta era a tese negacionistas original, e reafirmá-la agora, mesmo reconhecendo que a variante predominante hoje é menos grave, seria um erro muito grande.

 

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