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A primavera árabe e a revolução dos pingüins

19 jul

Chile é o primeiro país na America Latina a iniciar um processo parecido ao que está acontecendo no mundo árabe, um governo conservador, um modelo educacional caro e de escolar particulares e agora um aumento abusivo do preço do gás parecem ser o estopim.

As manifestações têm a adesão de outros setores insatisfeitos e provocaram uma grave crise no governo de Sebastián Piñera.

Influenciados por essas recentes manifestações, os estudantes chilenos se mobilizam desde maio por uma ampla reforma no sistema educacional do país.

Os alunos precisam pagar cotas para estudar, com valores anuais que variam de US$ 5 mil e US$ 8 mil, mas envidados muitos deixaram os cursos.

Um aumento de faculdades privadas, a qualidade da educação vem se aumentando desde os anos 80, quando a ditadura de Augusto Pinochet mudou as regras e esvaziou a participação do Estado no setor, no ano passado estudantes secundários foram mobilizados pela internet num protesto chamado de “revolução dos pinguins”, por causa das cores das roupas que vestem e  agora muitos já são universitários.

Este ano os protestos atingiram 30 universidades e mais de 200 colégios estão com alunos universitários e secundários, professores e reitores, unidos também a protestos de ecologistas, trabalhadores das minas de cobre, aposentados e até servidores do sistema de saúde.

Conforme a Folha On Line, o governo chileno já havia decidido monitorar as Redes Sociais desde junho, a história se repete controlar a opinião pública agora na rede.

A inspiração na primavera árabe está registrada em diversos blogs e sites, como o no Jornal Ágora que registrou a opinião de Magadalena Paredes, 19 anos, que estava na ocupação da sede da Universidade do Chile, prédio do século 19 ao lado do Palácio La Moeda, sede do Governo do Chile, disse a estudante: “O que aconteceu na Europa e no Oriente Médio nos incentivou bastante, e hoje contamos com o apoio de organizações do Egito, França, Espanha e até Hungria”.

Apesar do governo acenar com um pacote de U$ 4 milhões para o setor e o envio de projetos de lei para o Congresso para conter a crise, parece estar aberta uma crise política no Chile.

 

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