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Entre a paz e a guerra por um fio

15 mar

As negociações entre Ucrânia e Rússia tem sinais de algum progresso ao mesmo tempo que pontos delicados como o fechamento do corredor humanitário a cidade Mariupol que vive uma calamidade em diversos aspectos e o recente bombardeio a base militar na região de Lviv, a apenas 25 quilômetros da fronteira com a Polônia que é membro da OTAN.

A tensão já se desenvolve de um possível ataque a algum país da OTAN, na Noruega forças da OTAN já realizam treinamentos, uma vez que a Suécia e Finlândia já tem uma tensão com a Russia, vale lembra que ambos querem fazer parte da OTAN, mas ainda não fazem.

O que faz imaginar que um acordo é possível é que tanto o presidente da Ucrânia quando da Rússia admitem que houve algum progresso, um fracasso agora seria desastroso para ambos os lados, do lado russo uma pressão maior externa na sua economia e do lado ucraniano a possível perda do controle de sua capital, podendo perder o governo por prisão ou morte.

A pressão sobre Kiev é imensa, porém a tomada da capital seria uma efetiva ocupação russa da região e o clima com a OTAN seria insustentável, além de um conflito com alguns de seus membros, os mais próximos da região: Letônia, Lituânia, Estônia e Polônia além de Suécia e Finlandia, estes países todos estão mais próximos tanto na ajuda humanitária quanto militar da Ucrânia e temem pela proximidade russa.

Hoje haverá nova rodada de negociações e espera-se um grande avanço, a Ucrânia pode dar garantias de sua neutralidade em relação a OTAN e a Rússia devolver algumas áreas ocupadas, porém Mariupol deve ser a mais problemática, basta olhar o mapa onde se vê o controle do Mar de Azov, onde Mariupol é um importante porto, e o controle da região é um conflito antigo.

Além de manifestações em todo mundo pela paz, há ações de solidariedade aos refugiados, por exemplo, o Airbnb recebe milhares de reservas de acomodações de pessoas que talvez nunca vão ocupar aqueles lugares e a própria empresa usando estas reservas vai destinar 100 mil moradias a refugiados.

Há coisas humanas em meio a guerra, como a anfitriã Olga Zvirysanskaya do Airbnb (veja a figura) que recebeu uma reserva para março de um visitante que não irá para lá e respondeu “teremos o maior prazer [algum dia] em vê-lo na pacífica cidade de Kiev e abraçá-lo”, logo após fugir com os filhos deixando o apartamento disponível para as pessoas que permanecem em Kiev.

 

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