O último vôo da Atlantis
O programa dos ônibus espaciais podem estar chegando ao fim, depois da Challenger (1983), Discovery (1984), Atlantis (1985) e Endeavour (1992) (veja o histórico do último segundo), com dois graves acidentes Challenger que explodiu 73 segundos após decolar em janeiro de 1986 e o Columbia se desintegrou em fevereiro de 2003, quando regressava à atmosfera, que causou comoção no público americano.
Um programa de 196 bilhões de dólares (306 bilhões de reais) que tirou a vida de 14 astronautas e fez menos da metade dos vôos programados, mas realizou feitos consideráveis: avanços científicos, fotos sensacionais do espaço, um veículo espacial que ajudou a aproximar inimigos da Guerra Fria, como a foto ao lado na qual o astronauta russo, na qual após abrir o compartimento da nave Mir Anatoly Solovyev abraça o astronauta americano Terrence Wilcutt do ônibus Endeavour.
O outro feito memorável são as fotos magníficas do telescópio Hubble, que ajudou a estabelecer a idade do Universo e demonstrar a existência da energia escura (veja nosso post); as experiências da Estação Espacial Internacional; a multidão de satélites em órbita, usados em tudo, desde espionagem até pesquisas de mudanças climáticas; e equipamentos que exploram o sistema solar. Tudo isso deve sua existência aos ônibus espaciais.
Já o Hubble, não só foi lançado ao espaço a partir do ônibus espacial como também foi consertado e atualizado cinco vezes pela sua tripulação, além dele também capturavam e consertavam satélites em órbita.
O programa dos ônibus espaciais não tem nenhuma a vista, encerrou ontem com o retorno da Atlantis, a Estação Espacial Internacional não necessitará de equipes por pelo menos mais uma década.
Nasa informou que a nave, com 4 astronautas a bordo, tocou o solo às 6h58 (de Brasília).