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Os filósofos e os indignados

27 Oct

Diversas entrevistas e posições do filósofo polonês radicado na Inglaterra, como a entrevista feita pelo Globo e publicada na revista on-line Forum, na qual ele afirma: “revolta motivada pelo desejo de consumir, não por qualquer preocupação maior com mudanças na ordem social” e que foi contestada por diversos indignados como o inglês John Brown, sobre outra entrevista no mesmo tom para o jornal El País espanhol que dizia que as “revoltas são emocionais lhes faltam pensamento”, John Brown que tem um blog Iohannes Maurus, onde se pode ler a íntegra da resposta a Bauman, mas faço um recorte:

“O que acontece é que a sua organização cria e reproduz o ritmo do debate e mobilização coletiva. Seu programa é suportar como nova figura da democracia. Nenhum poder de propor para mudar este ou aquele aspecto da sua execução. Embora as alegações do primeiro movimento para poder propor uma mudança nas formas de representação através, por exemplo, uma nova lei eleitoral, o slogan central do movimento, ´nós representamos´, vem cobrando para novos conteúdos muito mais radical. Não é pedir para nos representar melhor: o que foi provado é que o espelho da representação está quebrado, quebrado, e é impossível recompor. Poder capitalista neoliberal não há muito para oferecer. O que resta é que o trabalhador coletivo, cognitivo, pobres, migrantes que se reúnem nas ruas para fazer o que você faz de melhor: comunicar e organizar-se como uma nova comunidade política no êxodo do controle de capital. As manifestações e ocupações de 15M a 15 de Outubro e manifestações que ainda estão vivos e racionalidade contra um vácuo de poder. Surpreendentemente, um grande analista deste como Zygmunt Bauman esqueceu o passado recente e seu próprio ou da Alemanha Oriental onde o começo do fim dessa caricatura do capitalismo que foi o ‘socialismo real´ marcou-o uma grandes manifestações ignorado pelo governantes que os considerava como desprovida de pensamento e de programa”.

O que ele vê é a apenas a contradição, outra leitura dos fatos mais interessantes é a de Zizek, disponível na LRB (London Review of Books) que vê que vivemos numa sociedade que reforça o ideal do poder de escolha, mas em última instância, apresenta apenas duas opções: viver segundo as regras ou a violência (destrutiva sim, mas imposta). Ele lembra que pensar nos conflitos que não param de acontecer pelo mundo, devemos pensar que tipo de nova ordem deve substituir a atual, criticada e em crise, que segundo o jornal Destak on-line, já chegou nos EUA a 950 cidades.

 

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