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Morre F. W. Lancaster

28 ago

Muito se discute hoje sobre a semântica dos dados, a Web tenta refazer a maneira de organizar Lancasterseus conteúdos através da Web Semântica, mas estes estudos já estavam presentes na Ciência da Informação e um nome de referência é J.W. Lancaster.

Seu livro Indexação e Resumos: teoria e prática (Indexing and Abstracting in Theory and Practice, com tradução brasileira feita pela Briquet Lemos, já em 2ª. edição) teve a primeira edição americana premiada no ano de 1991, pela American Society for Information Science, como melhor livro da área no ano.

Frederic Wilfrid Lancaster nasceu em 1933 na Inglaterra, tendo estudado na Newcastle School of Librarianship de 1950 a 1954, seguindo sua carreira profissional no  sistema de bibliotecas públicas de Newcastle. Em 1959, imigrou para os Estados Unidos, onde trabalhou em firmas particulares e bibliotecas especializadas no desenvolvimento e  avaliação de sistemas de recuperação da informação.

Foi um dos primeiros a trabalhar a avaliação de bases de dados e a fazer trabalhos fundamentais na recuperação da informação, com o trabalho clássico chamado Medical Literature Analysis and Retrieval System (MEDLARS), que realizou em fins da década de 1960, para a National Library of Medicine dos EUA (JACKSON, 2005).

Foi para a Universidade de Illinois em 1970, onde foi professor na Graduate School of Library and Information Science da University, onde continuou prestando consultoria em desenvolvimento de recuperação da informação em sistemas automatizados, tendo prestado serviço a CIA.

Em artigo publicado em 1978, o  Toward paperless information systems, de 1978, e em trabalhos posteriores, o autor defendia a inevitabilidade da mudança das publicações em papel para uma sociedade sem papel, talvez a primeira pessoa e escrever sobre isto.

Foi professor e orientador do primeiro curso de mestrado brasileiro na área, na década de 1970, no âmbito do Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD, hoje Ibict) ao lado de outros autores como Tefko Saracevic, Douglas Foskett e Derek Langridge, já em 1981, haviam  34 dissertações de mestrado no Brasil, o que contribuiu para organização de cursos.

 

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