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Erro e perdão
Do ponto de vista científico encontrar erros em métodos e análises significa mudar a rota e não a hipótese de pesquisa, se uma hipótese não se confirma isto é um resultado e não um erro, aliás para Popper é assim que a ciência caminha, porém outro pensador Thomas Kuhn defende que há rupturas ou novas hipóteses de pesquisa, a física quântica é um exemplo disto.
Já na filosofia a maioria dos filósofos defendem que o perdão é uma virtude moral, assim ele expressa a capacidade humana de superar o ressentimento e a vingança, e com isto restaurar as relações interpessoais e sociais, mas há filósofos que veem o perdão como fraqueza ou ilusão, já que nega a gravidade do mal e a responsabilidade do ofensor.
O filósofo contemporâneo que tratou o perdão foi Paul Ricoeur, que o desenvolveu sem se afastar do sentido religioso (cristão principalmente) e o vê como um paradoxo, pois vai de encontro ao imperdoável, ou seja, àquilo que não pode ser reparado ou compensado pela justiça.
O tema é relevante por que Ricoeur lembra que o tema se tornou relevante “particularmente característico do período pós-guerra fria, em que tantos povos foram submetidos à difícil prova de integração de recordações traumáticas” em texto publicado em Esprit, no 210 (1995), pp. 77-82 e que pode ser encontrado na Internet (pdf).
O autor coloca “o perdão na enérgica acção de um trabalho que tem início na região da memória e que continua na região do esquecimento” (Ricoeur, 1995), e que um fenômeno “que se pode observar à escala da consciência comum, de memória partilhada” e esclarece que deseja evitar a notação discutível de “memória coletiva”.
Embora escrito bem antes de nosso tempo, tanto a questão totalitária está em jogo como a questão do colonialismo, também o racismo e anti-semitismo e isto significa uma memória “partilhada” que pode levar à fúria.
O filósofo usa o vocabulário do filósofo alemão R. Roselleck, que opõe a “nossa consciência histórica global”, que ele chama de “espaço de experiência” e, por outro, o “horizonte da espera”, se olharmos de fato nossa experiência quase recente podemos superar os ódios e ressentimentos entre povos e culturas, por isto considero correto não usar “memória coletiva”.
É preciso superar erros históricos, equívocos e caminhos já trilhados, que nos levaram ao caos.
RICOEUR, P. O perdão pode curar? Trad. José Rosa, Esprit, n. 210, 1995.
Perigos de expansão da guerra
Enquanto no front da Rússia e Ucrânia o perigo que a guerra se espalhe por todos continentes é cada vez mais real, o golpe de estado no Níger, na região subsaariana que já outros conflitos e rupturas com a democracia, está no limite e as próprias nações africanas ameaçam intervir.
Esta região aonde estão o Chade, o Mali e o próprio Níger, é uma das regiões mais pobres do mundo com altos índices de mortalidade infantil, analfabetismo e baixa expectativa de vida, entretanto a riqueza em minérios atrai interesses, nestes países da Rússia e França.
Os líderes da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) aprovaram a intervenção militar no Níger, uma vez que o presidente recentemente eleito democraticamente Mohmed Bazoum foi deposto e se encontra em prisão domiciliar.
Na reunião presidente da Costa do Marfim, Alassane Quattarao afirmou que a intenção é que a operação militar comece “assim que possível” então teremos novo front de guerra em outro continente, enquanto o clima entre as Coreias do Sul e do Norte aumenta a tensão no oriente.
Na Argentina e Equador, em período eleitoral as tensões aumentam, a surpresa argentina foi a vitória do anarco-capitalista Javier Milei do Libertad Avanza, enquanto dentro da proposta Juntos por el Cambio, de tendência macrista (ex-presidente Macri) Patricia Bulrrich da Proposta Republicana venceu Horário Rodrigues Larreta, há ainda o candidato Sergio Massa, economista do governo, com poucas chances pela ruína econômica da Argentina.
Na argentina os analistas avaliam que a decadência econômica fez a sociedade apostas em propostas novas, com o risco que as novidades sempre carregam, não é claro o que farão, as eleições acontecerão em 22 de outubro.
No Equador a morte por assassinato do candidato Fernando Villavicencio, do Movimento Construye mostra a ação de grupos paramilitares na política, neste domingo (13) o movimento anunciou o novo candidato Christian Zurita, mas as tensões de violência política prosseguem.
É preciso relançar o princípio de autodeterminação dos povos, o respeito a soberania e a democracia nos países e limitar as intervenções militares e suas ações no âmbito da política.
Novo holodomor, guerra e paz
Enquanto há expectativas de novos encontros para a paz com em Jidá na Arábia Saudita, as perspectivas de um envolvimento maior de outros países na guerra crescem com o perigo de uma guerra em escala global.
No período duro da antiga União Soviética, já houvera um conflito entre a República Soviética Russa e a República Soviética da Ucrânia, o holodomor em 1931-32, em que o ditador Joseph Stalin confiscou a produção ucraniana matando um grande número de ucranianos de fome, há um livro sobre o tema (pdf), os ucranianos conseguiram muitos anos após declarar este episódio de sua vida nacional como um genocídio.
A Rússia já havia minado as fontes de abastecimento da Ucrânia, agora realiza bombardeios sistemáticos em portos e locais de armazenamento de grãos e espalha minas em toda fronteira do território conquistado, a economia ucraniana já em ruinas, agora sofre um duro golpe e com isto há uma ameaça o abastecimento mundial de grãos.
O front de batalha interno continua duro, como pequenos avanços da contraofensiva, mas o polo agora se desloca para o mar Negro, onde os navios de exportação de grãos podem ser atingidos e já uma provocação com a Polônia, pelo grupo Wagner que está na Bielorrússia.
Alguns discursos e narrativas escondem os horrores da guerra, morte de civis, distribuição e desastres em rios e fontes energéticas, e violação de tratados de guerra, com mutilação e tortura de prisioneiros, e uso de armas de guerra proibidas por acordos internacionais tais como, minas terrestres, bombas de fósforo branco e bombas de fragmentação.
Um envolvimento da Polônia e Bielorrússia, seria a primeira escala de uma guerra mundial, faz lembrar a invasão da Alemanha em 1º. de setembro de 1939, que foi estopim do envolvimento de diversos países sendo os primeiros a declarar guerra foram a Inglaterra e França.
O envolvimento político e financeiro de outros países já está praticamente declarado, com forças ao lado da Ucrânia e da Rússia, porém a sensatez ainda faz alguns países e diplomatas mais cautelosos pensarem no desastre para a economia além do grave perigo de uso de força nuclear.
As forças pela paz iniciaram uma conferência em Altos funcionários de cerca de 40 países, incluindo EUA, China, África do Sul e Índia e estão participando das discussões na cidade costeira de Jeddah, no Mar Vermelho, sendo noticiários europeus, entre eles o alemão DW (Deutsche Welle), sem a participação da Rússia (foto).
Conflito se amplia e esperança de paz
O front de combate se estende por toda região leste da Ucrânia, que afirma avanços, a região da Criméia também sofre ataques, enquanto a Rússia volta a bombardear os portos de estoques de grãos na Ucrânia, o que ameaça a segurança alimentar de vários países.
Putin promete entregar grãos “de graça” a vários países africanos, mas a África do Sul avisa que não é o suficiente, e o Níger teve um golpe de estado apoiado pela Rússia, e o presidente Hohamed Bazoum está preso, enquanto general Abdourahamane Tchiani assumiu o país, a EU europeia cortou todo apoio dado ao país, tendo a França com interesses em negócios do país.
O grupo Wagner de mercenários da Rússia atuou na região, tendo influenciado as posições do Mali e influenciam atualmente Burquina Faso, o grupo está atualmente na Bielorrússia e aumenta os temores da Polônia que possa causar um conflito na região, ampliando a zona de guerra e atingindo “pontos fracos” da OTAN.
Mali e Burquina Faso estão entre os países mais pobres do mundo e dependem de ajuda externa, tanto para a segurança alimentar como militar, são países predominantemente agrícolas.
A esperança vem da Arábia Saudita que sediará na cidade de Jidá, um encontro para tratar da situação da guerra na Ucrânia, além de Brasil e Índia, que são membros dos Brics, o Reino Unido, a Polônia e África do Sul estão entre países que confirmaram a presença, Egito, Indonésia, México, Chile e Zâmbia estão entre convidados, o secretário de Segurança dos EUA Jake Sullivan deve participar da reunião e Putin não irá.
A reunião é importante porque houve acusações ao grupo da OPEP+, em outubro de 22, dos países produtores de petróleo estarem apoiando a Rússia, entretanto o bloco junto a outros países convidados para a reunião mante uma posição firme de ampliar as conversas de paz.
A reunião para tentar um acordo de paz na Ucrânia, será nos dias 6 e 7 de agosto, enquanto os Brics terão reunião dias 22 a 24 de agosto e a China propõe a inclusão da Arábia Saudita e Indonésia no grupo, enquanto Brasil e Índia resistem a ideia, Putin não deve participar.
Jidá (Gidá ou Jeddah) (foto) fica a beira do Mar Vermelho, é patrimônio mundial da UNESCO, tem 23 cidades irmãs, entre elas, Rio de Janeiro do Brasil, Odessa da Ucrânia, Cazã e São Peterburgo da Rússia, e sua principal geminação (outro conceito de cidade-irmã) é com Miami dos EUA.
Segurança alimentar e escalada da guerra
O fim do acordo sobre grãos impede que carregamentos de escoamentos dos grãos produzidos na Ucrânia, em especial: trigo, milho e cevada, com isto o trigo já subiu 8,5% nas bolsas internacionais e o milho 3,5%, pois isto bombardeios em Odessa que ainda é um porto livre da Ucrânia, que fica na ponta oeste da Ucrânia no Mar Negro.
A Ucrânia tem recebido ataques constantes em seus portos e armazéns em Odessa, em resposta realiza bombardeios em armazéns de armamentos e abastecimentos na Criméia e a ponte de Kersh no estreito de mesmo nome que liga a Criméia a Rússia foi novamente atingida. (na foto a catedral de Odessa atingida neste domingo)
No front norte não há grandes avanços da contraofensiva e a propaganda russa diz que suas forças avançaram, enquanto as forças ucranianas admitem apenas um avanço pequeno e lento, muito aquém do esperado, enquanto espera mais armas e munições.
O número de soldados russos e forças aumentou, porém é na batalha aérea que tem um maior poderio, e o resultado final é que em todos os fronts a escalada da guerra se amplia.
Hungria, Áustria e nesta semana a Bulgária enviaram armas para Ucrânia e a tensão da Rússia com a Polônia atinge um nível máximo, através da Bielorrússia que tem fronteira com a Polônia.
Os Brics realizaram sua reunião sem a presença da Rússia, que é um alivio para o grupo, porém isto não significa ruptura com o grupo, a China é cada vez mais aliada russa, o Brasil e a África do Sul tergiversam sobre o tema, enquanto a Índia tenta reforçar seus apelos para a paz.
Uma perda na distribuição de grãos a nível mundial afetará fortemente a América Latina e uma boa parte da África, cujos líderes também tentaram fazer pressão sobre Putin, sem sucesso.
Rússia e China voltaram a fazer exercícios militares no mar do Japão, em função disto Coréia do Sul e Japão se tornam cada vez mais próximos das forças ocidentais e da OTAN.
A pergunta certa sobre o mal
Não há duvida que existe crueldade, maldade e indiferença que é o grande mal contemporâneo, porém não se trata nem de maniqueísmo nem de puro mal encarnado.
Sempre em todos tempos acordos e guerras foram tentados, muitas vezes apenas por conveniência ou mesmo tática de guerra, já postamos sobre mal acordos de pós-guerra, como a Alemanha que saiu humilhada da primeira guerra mundial e pouco aprendemos com a história.
Estamos fazendo o percurso do povo judaico-sumério até chegar de volta a Canaã de onde saíram pela fome para ir ao Egito, antes de sair Moisés recebe a mensagem divina de se dirigir ao Faraó, vai com seu irmão Aarão, mas qual o sentido sabendo que o Faraó é impiedoso com o povo israelita? É que a verdadeira mensagem divina sempre é semente boa para todos povos, por isto a parábola da semente boa, que deveria ser o nome da parábola do joio e trigo.
Mesmo indo falar com o faraó, os israelitas serão perseguidos, e depois terão que travar 4 batalhas na fuga pelo deserto, a batalha de local incerto de Refidim onde vence os saqueadores amalequitas, a segunda novamente contra amalequitas e cananeus (por isto o local de Refidim pode ser mais ao norte), a terceira uma derrota contra cananeus e a 4ª. a vitória final.
Vejam a leitura (Mt 13,26,27): “Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’ e o administrador diz que é para não arrancar o joio porque pode acontecer de arrancar o trigo junto.
A semente divina sempre é boa, mas sempre crescerá o joio no meio do trigo e só a partir daí é que podemos interpretar corretamente, a semente que cai em solo ruim e no meio dos espinhos e não floresce e nem dá fruto.
Há sempre esperança e sempre uma possibilidade de paz e harmonia entre as nações e povos.
O povo se cansa e não acredita mais
O retorno a terra das tribos de Israel não será fácil, mas é para fugir da opressão do Egito, nação que enfrentará as famosas “pragas do Egito”, que são bíblicas, mas também históricas: a peste, a guerra e a decadência e a fome, episódios comuns nas decadências dos impérios.
Diz a passagem da narrativa do Êxodo (ex 3:17): “E decidi tirar-vos da opressão do Egito e conduzir-vos à terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus, a uma terra onde corre leite e mel”, vemos no mapa como era Canaá na época.
A longa jornada e a escassez de alimentos, comiam um alimento caído do seu que chamavam de maná e faltava também água, em um lugar chamado Massa e Meriba, onde o povo começa a discutir e “tentar o Senhor” questionando: Está o Senhor no meio de nós ou não?
É quando Moisés sairá em busca de água numa inspiração profética.
Ali Moisés consegue “ferir a rocha”, de alguma forma destruiu uma rocha na montanha e encontrou água, mas depois veio a batalha com os saqueadores amalequitas (Êxodo 17:1-16), embora a literatura indique a proximidade de Horeb ao sul, o local provavelmente era bem mais ao norte, porque o local da Batalha Refidim (que significa local de descanso) deve ser bem mais ao norte, na ponta Mar Vermelho, próximo ao Monte Sinai (Êxodo 15,17-22).
Durante a batalha Moisés deve ficar com o cajado levantado. Porém com sua idade avançada o braço vai se curvando, e é preciso apoiar o braço dele para que os israelitas vençam a batalha.
Em tantas vezes estas guerras aconteceram, a história diz que a primeira delas foi a batalha entre suméricos e Umma (por volta de 2.700 a.C.), as guerras do Egito, depois vieram os persas e as famosas guerras púnicas (gregas), o império romano, as batalhas medievais, a guerra dos cem anos e as duas guerras mundiais, as guerras menores de impérios e colônias.
Se aprendêssemos não apenas com as histórias escritas, mas também com as cosmovisões (elas que estabeleceram os ciclos: peste, guerra e fome) e acreditássemos de fato numa possibilidade de paz universal, não a da pax romana que é a submissão a um império, respeitar as culturas e povos de diferenças raças e credos, um verdadeiro processo civilizatório poderia ser construído.
A ideia que quem quer a paz se prepare para a guerra, não é humanitária e ainda persegue a cabeça dos homens e dos líderes com sede de poder.
O episódio da sarça ardente
A história da saída do povo israelita do Egito começa num evento extraordinário no qual Moisés levando o rebanho de Jetro, sou sogro e sacerdote de Madiã (a história registra-o como druso) e próximo ao monte Horeb vê uma sarça em fogo mas que não a consome (Ex 3,3): “Vou aproximar-me desta visão extraordinária, para ver por que a sarça não se consome”.
Ali recebe a missão de retirar seu povo do Egito e começará o episódio da Fuga do Egito, assim como Abraão se retirara de um caminho improvável da Ur dos Caldeus, também Moisés vai fazer uma rota indo pela região de Madiã, na narrativa bíblica este povo é também de origem abraâmica visto que Abraão após a morte de Sara teve Midiã ou Madiã com sua esposa Quetura.
O registro histórico das pragas do Egito que antecedem a fuga, pode ser encontrado no “papiro de Ipuwer” descoberto no Egito no início do século passado, e levado ao museu de Leiden na Holanda, ele foi decifrado por A. H. Gardiner, e foi encontrado próximo a cidade de Avaris.
Os israelitas no início da perseguição são estabelecidos nos entrepostos de Rameses e Pitom, depois começam a migrar para Sucode, e dali iniciam a fuga para o deserto do Sinai, será em Horeb onde Moisés viu a sarça ardente que receberá a tábua da lei, os dez mandamentos.
A ligação de Jetro com os madianitas, era sacerdote, é fundamental no apoio logístico para a caravana em fuga, e provavelmente está é a razão que fizeram um caminho mais longo, e vemos pelo mapa que é provável que no final da perseguição acontece um novo episódio milagroso que é a passagem a é enxuto pelo Mar.
A história seguinte do povo vai falar de muitas ligações com os moabitas (Rute era moabita e Ló teria dado origem ao povo através de um incesto com a filha) eles viviam no deserto assim o caminho até Canaã será mais longo ainda, os egípcios ainda dominavam a região, o que era para ser realizado em dias diz a narrativa que levou 40 anos.
Na história naquela região viviam trogloditas, não no sentido folclórico que conhecemos, mas o fato que habitavam em cavernas e casas escavadas nas montanhas, como também era característica ao norte na conhecida Capadócia, região de tantos místicos da antiguidade.
As perseguições e emigrações sempre atingiram os povos nas guerras devido a paranoia e desejo de conquista dos donos do poder.
A paz que poucos desejam
Enquanto se desenrolam batalhas sangrentas sem grandes avanços da contraofensiva ucraniana, de lado a lado, percebe-se o que a guerra produz: a falta de princípios e um crescente ódio entre as partes os envolvidos, que hoje escapam poucos países.
Do lado russo, cresce a desumanidade com as próprias tropas, o general Ivan Popov, comandante do 58º. Exercito de Armas Combinadas, que atua na frente de combate de Zaporizhzhia, foi demitido pelo ministro Sergei Shoigu por acusa-lo de traição e pouco apoio as tropas em combate, outros generais também estão afastados ou “descansando”.
Isto certamente não é contrapropaganda, uma vez que também o líder mercenário o acusou das mesmas coisas, e dizia que as tropas estão sendo mortas por pouco apoio logístico.
Do lado ucraniano, após reunião da OTAN dia 12 de julho, há um aceno claro para a entrada da Suécia no bloco, lembramos que a vizinha Finlândia já está, quanto a OTAN continua apenas o apoio e promessas futuras de adesão, no entanto o ministro da Inglaterra declarou que Zelensky deveria demonstrar mais gratidão, Zelensky reagiu perguntando ao seu ministro da defesa que estava na plateia se tem boa relação com o britânico Ben Walace, e depois pediu que fizesse uma ligação a ele.
O preocupante do lado ucraniano é a entrega de bombas fragmentadoras que são proibidas em acordos internacionais, e que os EUA se propõem a fornecer ao aliado.
Seja por interesses ideológicos e econômicos, seja por não acreditarem numa escalada de uma terceira guerra mundial, que seria o maior desastre civilizatório da humanidade, há pouco desejo e empenho pela paz, alguns países e liderança que tentaram não conseguiram ser resilientes a decisão e transparece que também eles têm interesses ocultos nesta guerra.
Os sinceros e verdadeiros humanistas não podem desejar que a escalada desta guerra continue, e não é “mais uma guerra” uma vez que envolve pesados interesses e ameaças.
A venda de José, filho de Jacó
A história de Esaú e Jacó tem continuidade na geração seguinte, entre os filhos de Jacó, agora Ismael depois que lutou com o anjo, José era o mais amado o que gerou inveja nos irmãos que planejam mata-lo mas depois decidem vendê-lo a uma caravana egípcia a um chefe da caravana chamado Potifar, mas José no Egito torna-se prisioneiro porque a mulher de Potifar gostava dele e o envolveu em uma cilada por se recusar a trair seus ensinamentos.
Na prisão ele consegue desvendar os sonhos de um prisioneiro que era copeiro-mor e diz que ele será libertado e torna-se copeiro no palácio do Faraó que também tem sonhos estranhos, e então o copeiro lembra-se de José e ele desvenda o sonho do Faraó que era para armazenar alimentos (na foto como era o mapa deste período).
Os irmãos de José recorrem ao Egito devido a escassez de alimentos e se deparam justamente com José, que os reconhece e manda-os para a prisão, mas acaba por perdoá-los e providencia o trigo que precisavam e diz que tudo aconteceu para que ele pudesse socorrê-los,
Em uma obra de 4 volumes, o famoso escritor Thomas Mann (autor de A Montanha Mágica) escreveu a história de José, filho de Jacó que é vendido pelos irmãos, por inveja, como escravo aos egípcios por 20 moedas de prata, a questão histórica das moedas é importante porque elas apareceriam somente mais tarde, porém ouro e prata já eram usadas nos negócios de escambos.
A obra de Thomas Mann foi escrita para lutar principalmente ao Hitlerismo que crescia em seu país, não se tratava de lutar apenas contra o antissemitismo, mas principalmente percebia um crescente discurso autoritário presente na Alemanha de sua época.
Também o brasileiro Oscar Pilagallo em seu livro “A Aventura do Dinheiro” cita Thomas Mann e também Fausto de Goethe em sua obra, e com isto conta a história de José.
No contexto que desenvolvemos, a evolução da noosfera, a importância do texto de Thomas Mann é que ele consegue entender a influência babilônica nos contos judaicos, assim como depois do Exilio no Egito também sofrerão influências, e posteriormente dos gregos e romanos.
A lição que podemos tirar de José do Egito é que Deus tirou de um mal, um bem maior e redimiu os irmãos de José apesar do crime que cometeram, a história bíblica não é serve para aos que pensam em vingança ou ódio, é puro amor a humanidade.