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Arquivo para junho 10th, 2015

O Estado como religião e as redes

10 jun

A expressão é de Francis Fukuyama, célebre pelo “fim da história”, porém deseja-se entender aReligião gênese desta ideia de Estado-Deus e seu desenvolvimento nos dias de hoje.

Foi a partir das elaborações desde Kant até Locke que as ideias do Estado Moderno se consolidaram, mas em Hegel não só o idealismo atinge seu ápice, mas também a ética do Estado, a lógica positivista da ciência e as ideias “absolutas” também se consolidam.

A filosofia hegeliana fundamenta-se na filosofia da identidade, expressando isto na religião, na história e por fim no mundo do direito com seu conceito de Estado: “Além do que, por residir a filosofia essencialmente no elemento da universalidade, que em si inclui o particular, isto suscita nela, mais que em outras ciências, a aparência de que no fim e nos resultados últimos se expressa a Coisa mesma, e inclusive sua essência consumada” (Hegel, 1999, p. 21).

Como arte Hegel em seus Cursos de Estética, relaciona a filosofia com a representação da verdade escreveu:  “Pois somente a filosofia em seu conjunto é o conhecimento do universo como uma necessidade orgânica em si mesma, que se desenvolve a partir de seu próprio conceito e, em sua própria necessidade de se relacionar consigo mesma como um todo que retorna a si como um mundo da verdade” (Hegel, 2001, p. 47).

Estrutura a história como a do Estado Hegel afirma que a primeira forma universal foi o despotismo, depois a democracia, a aristocracia, e, terceiro lugar a monarquia, ele evidencia que é a ideia do Estado a que primeiro concretizou por meio do espírito tornando consciência de si na história, assim o Estado seria a própria concretização da história, Marx parte daí.

Vejamos o texto: “Em consequência, a primeira forma de governo que tivemos na história universal foi o despotismo; depois vieram a democracia e a aristocracia, e, em terceiro lugar, a monarquia” (ibidem). Hegel evidencia a realização do Estado como reino da liberdade pela determinação político-administrativa enquanto monarquia, instância do universal pela qual a ideia concretiza-se por meio do espírito tomando consciência de si na história”. (Hegel, 1999).

A religião do Estado crê que ele é todo poderoso, é justo, não há crise, as redes estão aí para desmentir e desmistificar tudo isto, não é a impressa, mas as redes que apontam a crise atual.

Referências:

HEGEL, G. L.. Fenomenologia do espírito. V. I. Petrópolis : Vozes, 1999.

______. Filosofia da História. Brasília : UNB, 1999.

______. Cursos de estética. V. I. SP: Universidade de São Paulo, 2001.