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Sócrates, a boa vida e a tecnologia

22 nov

Antes de finalizar o capítulo da educação liberal, Sócrates lembra sua celebrebiotecnologia frase: “conhecer-se a si mesmo” e retoma a ideia que “uma vida não examinada não vale a pena ser vivida”, assim que sai o seu interlocutor Peter Pragma para pegar um café e espairecer as ideias.

No tópico 3 do capítulo I: Da tecnologia e das larvas, o amigo que havia saído para tomar um café se deparou com a máquina quebrada e disse que se tornaria um técnico.

Sócrates lembra o caráter imediatista e simplista de escolher uma profissão, e Peter afirma que já não pode aguentar mais interrogatórios, então Sócrates pensa em um modo de mudar a própria metodologia que é a pergunta, “talvez haja um modo” e Peter se anima.

Mas seria ilógico Sócrates abandonar seu método, o que ele faz é chamar uma moça próxima chamada Marigold Measurer (algo como medindo as Margaridas, explica a nota de rodapé da página 42), a moça concorda mas fica intrigada com Sócrates, acha que é um psicólogo.

Mas Sócrates diz, bem a gosto de uma filosofia mais contemporânea, que é uma “espécie de conscienciólogo … sou um filósofo”, Marigold pergunta se é o departamento dele, o que refuta prontamente, seria contraditório ter um departamento de filosofia, já que filosofia não é um departamento.

A conversa de desenrola com Marigold mantendo certo segredo de seu trabalho, mas reafirmando que os trabalhos hoje tem certa “hierarquia” e questiona o lugar da filosofia, e finalmente Marigold diz que trabalha com engenharia genética.

Sócrates então questiona o papel da tecnologia de subordinar a natureza e sugere que sejamos apenas “amigos” dela, pergunta “porque gostaria de conquistar sua mãe? Só conquistamos nossos inimigos”, está na página 45.

Questionada se não teria medo de “perder o controle” do seu trabalho, Marigold afirma que seu trabalho é sério, ao que Sócrates pergunta se um produtor de vinhos seja sóbrio, “seria correto que ele fornecesse seu produto a um alcoólatra ?” finaliza na página 46.

O diálogo sobre a tecnologia ainda continua, mas podemos ficar com a pergunta de Sócrates.

KREEFT, P. As melhores coisas da vida. Campinas: Ecclesiae, 2016.

 

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