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Uma filosofia esperada

04 jul

Eric Bronson escreveu o livro VikingYork” (O Hobbit e a Filosofia: para quando você perdeu seus anões, seu feiticeiro e seu caminho), para fazer, a nosso ver uma especulação filosófica, como um livro comercial de pura fantasia, pode tocar questões do pensamento humano incluindo: Confúcio, Platão e Aristóteles para Immanuel Kant, William Blake e o filósofo americano contemporâneo Thomas Nagel.

Mesmo considerando que haja aspectos filosóficos, é uma filosofia esperada, ou seja, trabalhar perguntas já conhecidas que nos tocam como é possível a misericórdia para um terrível e cruel criminoso, quais são os eventos emocionantes e que podem mudar nossas vidas, embora não seja nada como o previsto na sociedade do espetáculo, de Guy Debord da década de 60.

Fixo meu pensamento em Thomas Nagel, porque William Blacke convenhamos marcado pelo iluminismo e pela Revolução Industrial Inglesa, é profundo demais para o autor do Senhor do Anéis, o sul-africano Tolkien.

Mas Thomas Nabel, mais contemporâneo pode ser traçado dentro de algum traço de filosofia esperada existente no comercial Tolkien, o professor de filosofia e de direito na New York University, que faz 80 anos no dia de hoje, tem traços da fantasia idealista, com seu problema dual preferido: “a consciência é o que torna a relação mente/corpo um problema insolúvel”, é o que torna toda fantasia idealista perfeita, embora ausente de realidade.

É o que alguns autores chamam de ateu honeste, em seu trabalho “The Last Word”, em um capítulo intitulado “Naturalismo evolucionário e o medo da religião”, Nagel faz uma admissão sincera sobre seu pensamento: “Não é apenas que eu não acredite em Deus e, naturalmente, espere que esteja certo em minha crença. É que eu espero que Deus não exista!”, está escrito nas páginas 130-131 deste seu trabalho.

Eric Bronson traça este traço em Nagel, para dizer que fábulas confusas que nada tem de uma cosmogonia escandinava, como alguns personagens de Tolkien parecem apontar, na verdade não passa de reações a religiosidade ocidental, sem penetrar em culturas originárias.

Se cosmogonias bárbaras, poucos sabem, mas York é relativo a um Deus viking Jorvik, eles foram os habitantes medievais da cidade inglesa, e há um museu lá chamado Jorvik Viking Centre (veja foto acima a representação de um Viking no museu), com a reconstrução da York original, mas Tolkien nada sabe sobre isto.

Não há nenhuma novidade, via de regra, conservadorismo puro, idealismo adaptado a uma certa dose de ateísmo.

 

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