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O furo que veio do Twitter

03 mai

Muitos nem sabem dos vendedores de jornais que saiam nas ruas das grandes cidades pela manhã gritando: “Extra, extra, John Kennedy foi assassinado” ou algum furo do tipo, as familias sentadas na frente da TV para assistir o “Reporter Esso” primeiro no Rádio e depois na TV Tupi, a primeira reportagem direta de Roma, o lançamento da Apolo 9 e  o pouso da Apolo 11 e o caminhar do homem na lua transmitido via satélite (a primeira no Brasil), a Copa do Mundo de 1970 a cores, depois vieram os furos nas TVs com os famosos jingles como aquele da Globo sobre furos.

Mas desta vez o furo veio do Twitter desde o primeiro anúncio confuso do técnico em Informática do Paquistão, Sohaib Athar: “Um helicóptero sobre Abbottabad à 1 hora da manhã – é um acontecimento raro”, que foi o primeiro tuíte relacionado à morte de Osama Bin Laden, até o tuíte de Keith Urbahn alguns minutos antes de Barak Obama anunciar a morte de Bin Laden tuitou: “Uma pessoa respeitável me disse que mataram Osama bin Laden”, que sabia o que dizia. Urbahn foi chefe de gabinete de Donald Rumsfeld, que, por sua vez, foi secretário da defesa de George W. Bush.

No Twitter já se especulava sobre a morte do líder da Al-Qaeda por volta das 22h30 de domingo, na costa leste dos Estados Unidos (23h30 de domingo de Brasília), uma hora antes do anúncio oficial do norte-americano Barack Obama, eram confusas mas o pico de 5.106 tuítes por segundo superava até o evento  Super Bowl (4.064), o recordista anterior de tweets.

Isto preocupa as mídias verticais, por exemplo, a Reuters  instruiu os jornalistas a evitarem dar “furos de reportagem” no Twitter.  Alguns jornalistas, como Octavia Nasr, editora de assuntos para Oriente Médio, foi demitida por comentar a morte do aiatolá Mohammed Hussein Fadlallah mesmo pedindo desculpas depois, assim como o jornalista Felipe Milanez, editor da National Geographic no Brasil, foi demitido por criticar a revista Veja no Twitter.

Segundo o CNET News, embora o Twitter já tenha dado outros “furos” anteriormente, como o pouso de emergência de um avião no Rio Hudson, em Nova York, a morte de bin Laden “foi, de longe, a notícia mais importante que o Twitter já ajudou a espalhar.”

Alguns jornais como o inglês  Huffington Post mostraram como diferentes sites cobriram a notícia da morte de Osama bin Laden.

 

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