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Consciência e verdade

23 jun

Um dos truques mais comuns é dizer uma meia-verdade, uma mentirinha sem maldade ou aquilo que suaviza nossa consciência quando sabemos que estamos fazendo o que está errado, não se trata do politicamente correto, pois em muitos casos pode-se dizer aquele político “bom” se corrompeu, tornou-se ditador ou é incapaz de diálogo.

Uma frase conhecida de William Shakespeare é “Sabemos o que somos, mas ainda não sabemos o que podemos chegar a ser”, que é uma frase tão interessante quanto “To be or not to be”, porque significa que podemos Ser além do ser atual, assim há um devir, assim not to be and I will be.  

A esfera interior na qual saciamos vazios emocionais, frustrações ou ansiedades, por exemplo na bebida ou na comida, estamos preenchendo o vazio saciando temporariamente, mas ele voltará de tempos em tempos.

A relação com a filosofia é ampla, desde Platão que definiu o mito da caverna como passar do mundo das sombras, onde nos vemos como projeções no fundo da caverna para uma esfera elevada, autêntica e onde há verdadeira liberdade, e o medo das meias-verdades some.

A verdadeira consciência não é nem um despertar, nem uma iluminação, mas um “desvelar” tirar o véu, e o primeiro passo é que a consciência seja consciência de algo, onde encontrei limites ou um NÃO inesperado, não só uma dor, mas um obstáculo à primeira vista intransponível.

A psicologia Gesltat, com forte influência da hermenêutica, define como dar-se conta de algo (awareness) e encontramos correspondente na filosofia japonesa, por exemplo, como “satori”, tirar as camadas superficiais para encontrar o núcleo de algo.

Os três passos para adentrar estas camadas são: despertar para nossa zona mais profunda, no aspecto emocional, nossos medos, angústias e inquietações, o segundo requer o que acontece no seu exterior, o contexto, as pessoas e situações que invisto sem resultados, e o terceiro, bem mais complexo sabe o que sente, o que acontece em seu exterior, mas há preconceitos, barreiras e algo que o faz se defender e não passar de certos limites.

Exerça uma mudança, não basta encontrar os pontos fortes, é justamente nos pontos fracos que suas defesas estão fragilizadas, e, elas estão articuladas com seus enganos e vivências.

 

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