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Poderia o Ciberespaço criar uma moeda ?

29 Jun

A resposta é sim, 2009 ela foi criada por Satoshi Sakamoto, talvez apenas um pseudônimo de alguém de um país asiático.  O certo é que a moeda já existe, são chamadas de Bitcoins (BTC).

Três conceitos são fundamentais para entender o funcionamento: chave privada, é uma mensagem criptografada que somente aquele que enviou e aquele que recebeu devem ter acesso ao conteúdo da mensagem, e chave pública, enquanto a chave pública pode ser divulgada livremente, e terceiro, as “transações” são feitas numa redes distribuídas, mas em pares dois a dois, ou seja, “peer-to-peer”, onde o dono tem a chave privada e todos terão uma chave pública e são candidatos a transações.

O complexo sistema de pagamento é explicado em um artigo, mas que pode resumidamente ser explicado assim: os BitCoins contém a chave pública (endereço) do dono atual. Quando o usuário A transfere bitcoins para o usuário B, este cede a propriedade ao adicionar a chave pública de B nas moedas e assinando as moedas digitalmente com sua própria chave privada, A então comunica essa transação a outros nós na rede P2P (peer-to-peer).  O resto dos nós da rede validam então as assinaturas criptográficas e as quantias envolvidas antes de aceitar a transação. O tipo de criptografia usado é o PGP ( Pretty Good Privacy), criado por Philip Zimmermman em 1991

No site BitCoin aparecem nomes com e-mails, supondo que existam responsáveis pelos projetos: Gavin Andresen – ( PGP ), Amir Taaki ( PGP ), Pieter Wuille (sem email), Nils Schneider e Jeff Garzik (sem email).

 Já são feitas , segundo o catraca livre, mas  400 transações feitas por hora, sua cotação está em relação ao dólar está por volta de U$ 17 e há sites como o Mt. Gox, que trocam as BTCs por dinheiro real e vice-versa, mas o fato do site ser pouco seguro gerou críticas na rede.

Como todas outras coisas no ciberespaço, algumas tarefas rotineiras funcionam diferente, uma iniciativa pessoal pode ganhar força e adeptos,  não são tão a moeda “virtual criou um sistema econômico descentralizado e próprio dentro da Web e pode desmontar a máquina de dinheiro sem produção e fonte de especulação e juros altos que são os bancos.

As BTCs podem comprar softwares, serviços, livros, jogos etc.   Existem sites que reúnem todas estas opções com uma página do Trade, uma Wiki do Bitcoin.

Também no mundo dos games, quantias monetárias geradas na Web não são novidades, o jogo “Ragnarök”, da empresa sul-coreana Gravity Corp, permite comprar Rops, um moeda dentro do RPG que permite adquirir alguns itens, mas apenas úteis nos games.  Mas a compra é feita com dinheiro comum e o usuário tem o equivalente em “rops” creditado em sua conta.

Poderia o mundo do software livre, as diversas formas de crowdsourcing na rede, pagar os participantes voluntários em alguma forma de “crédito virtual” ?  A força do ciberespaço e das redes sociais poderia criar nova forma de monetarização através da rede ? ainda é prematuro.

Mas mudanças inesperadas em um modelo financista em crise e voraz seriam bem vindas.

 

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