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Rever a vida e reeducar-se para viver

18 fev

Parte da crise econômica mundial, esta é análise de Morin é além da econômica, a moral e ética, no seu sexto livro sobre o Método da complexidade, ele desenvolve a análise antropológica, histórica e filosófica do problema, explicando que ela parte de um conceito inspirado em Kant.

Define-se aí a ética como exigência moral auto-imposta, em lugar dos imperativos provindos da razão prática, na ética de Morin a partir da complexidade, ela provém de três fontes: uma interna, análoga a nossa consciência, outra externa simulada e orientada pela culturas, crenças e normas pré-estabelecidas na comunidade, e de fontes anteriores que são a própria organização dos seres vivos e transmitida geneticamente.

Sua ética apresenta assim uma ética que exige uma reflexão quanto as nossas escolhas morais, sociais e de valores que levamos ao nosso cotidiano, aqui a crise civilizatória é grave.

Porém a ética Kantiana favoreceu a uma ética autocentrada, egocêntrica, segundo meus interesses e minha vontade, ignorando que ela deve compartilhar com o outro, e isto significa que devemos também nos orientar a uma visão sensível ao conjunto da sociedade e aqueles sem voz.

Em tempos de pandemia fomos “obrigados” por razões de saúde pública, mas também de educação, a limitar nossos movimentos, a guardar um isolamento social seguro, e a olhar para cada pessoa e se sentir responsáveis por ela, será que é isto que todos fazem

Esta aparente limitação de liberdade é na verdade aquela que já devia estar incorporada em nossa ética social, sem uma educação consistente para a prática da fraternidade e de um olhar atento e sensível ao outro, podemos cair num vazio social e alimentar a crise civilizatória já presente.

É preciso passar por um longo caminho de reflexão pessoal e estar disposto a mudar hábitos e atitudes para ajudar o conjunto da sociedade a sair de uma crise que é sanitária, mas também social.

 

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