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A relação entre amizade e amor

06 mai

Philia traduzida do grego, romanizado vira filia, mesma raiz de filhos, filiação e afiliação, onde o a aqui não é negação mais inclusão, no sentido de pertencer, afiliado a uma instituição, por exemplo.

Nesta raiz grega se encaixam tanto amor como amizade, filo-sophia, amor ou amizade a sabedoria, entretanto o amor poderá ser também (já fizemos um post) como a amizade do tipo eros ou ágape, que neste caso supera a amizade.

Amizade pode crescer e se tornar um amor agápico, isto é, capaz de criar confiança e acima de qualquer interesse, e neste caso amizade e amor se complementam e se ampliam.

Em termos humanos, culturais e espirituais é o que favorece o bom desempenho e a saúde mental de uma pessoa, assim a desconfiança e a inimizade que podem chegar ao ódio é causa de muitas guerras, pois o interesse econômico, político ou social sem laços verdadeiros não é outra coisa.

Não há como romper uma espiral de ódio quando ela cresce, muitas guerras e regimes totalitários são prova disto, e a raiz está em cada célula social onde a amizade e o amor deixaram de existir.

De outro lado quando estes laços crescem e se espalham em rede, tudo torna-se saudável e há um ciclo virtuoso onde os melhores valores humanos e sociais aparecem: solidariedade, fraternidade e aquilo que chamamos de amor agápico, que vai além de qualquer interesse, é uma “amisticia”.

O pensador romano Cícero tem um texto exatamente com este nome e diz no texto: “Este é o primeiro preceito da amizade: pedir aos amigos só aquilo que é honesto, e fazer por eles apenas aquilo que é honesto”, assim esta é a origem de uma sociedade que se pretende feliz e pacífica.

 

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