Que queremos dizer com moral hoje
Quase toda base racional e elaborada sobre a moral está fundamentada em uma teoria idealista, que pertence quanto ao pensamento racional tanto a Hegel quanto a Kant, porém em ambos há já uma crítica ao racionalismo puro como ao empírico, então que tipo de moral é esta proclamada socialmente.
Não pode dizer que é positivista, nem comunitária, nem na outra extremidade algo meramente platônica, o fato que ambos insistiram em distinguir a abordagem da filosofia prática tanto em Kant como em Hegel, onde se distinguem então.
Ambos se propuseram a minar as dúvidas do cético sobre a possibilidade de julgamentos e requisitos práticos objetivos; ambos, além disso, rejeitam as derivações positivistas da lei, descrições exclusivamente empiristas do comportamento humano e formas intuicionistas de justificação
Mais ainda, os dois filósofos parecem compartilhar a mesma concepção das condições da liberdade humana. Tanto para Hegel quanto para Kant, uma teoria da moralidade e dos direitos políticos devotada a promover a causa da liberdade deve exigir mais do que apenas a ausência de obstáculos que impeçam a satisfação de nossas paixões animais, deve-se dotá-la de certa racionalidade.
Então para Hegel como para Kant, a liberdade requer, além disso, o respeito pelos fins que temos como naturezas racionais e a elas estão vinculadas, ou seja, ao idealismo racional.
Alcançamos esse tipo de liberdade quando nossas ações são motivadas pela legislação da razão e quando as normas sociais que nos restringem são normas que podemos endossar racionalmente.
A diferença do sistema de Hegel é que supera certa subjetividade do modelo “individual” de Kant, mas submete a moral a alguma norma, em geral, aquela que é estabelecida pelo Estado, o problema de ambos é a relativização da questão moral, ora presa ao indivíduo, ora presa ao Estado, ignorando o Ser.