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WikiLeaks passa a ser notícia e fundador é preso

10 Dec

Apesar da prisão e perseguição que sofre o fundador do site de denuncias Wikileaks, os jornais começam a dar maior credibilidade aos fatos publicados no site em dezembro sobre as guerras americanas e situações de desrespeito aos direitos humanos.

Os jornais The New York Times (EUA), Le Monde (França), The Guardian (Grã-Bretanha) e El País (Espanha) começaram a publicar, no domingo 28/11, o conteúdo dos cerca de 250 mil documentos intercambiados por diplomatas americanos e divulgados pelo site WikiLeaks.

Nos Estados Unidos, o The New York Times publicou, em seu site na internet, um longo artigo no qual revela o conteúdo dos documentos. Segundo o jornal, eles oferecem “um olhar sem precedentes sobre as negociações e bastidores realizadas em embaixadas ao redor do mundo, e visões brutalmente claras de líderes estrangeiros e avaliações francas de ameaças nucleares e terroristas”.

Segundo o New York Times muitos documentos divulgados pelo site são muito recentes, pois alguns datam do “mês de fevereiro”, acrescentou o The New York Times, também os jornais Le Monde (França), The Guardian (Grã-Bretanha) e El País (Espanha) começaram a publicar no final de novembro, parte dos cerca de 250 mil documentos da diplomacia americana.

Ainda egundo o NYT, os documentos oferecem “os telegramas vazados pelo WikiLeaks procedem da SIPRnet, uma rede de comunicações secreta que utiliza o Pentágono e à qual têm acesso mais de duas milhões de pessoas de diferentes setores”, mas o site mostra por outro lado a precariedade da economia cubana e anuncia o desmoronamento em 2 anos, alem de fazer denuncias da China, de Angola e de outros.

O jornal francês Le Monde publicou pela internet trechos de conteúdo de notas diplomáticas “secretas” ou “confidenciais” também relativos à questão nuclear iraniana, um dos temas sensíveis tratados nos documentos.

O documento do Wikileaks publicado pelo jornal, diz que Israel teria pressionado os Estados Unidos a adotarem uma posição mais firme com relação ao Irã em dezembro de 2009, ao afirmar que a estratégia americana de negociação com Teerã “não funcionava”.

O telegrama americano, obtido pelo WikiLeaks e analisado pelo Le Monde, relata uma conversa de 1º de dezembro de 2009 entre Amos Gilad, diretor de assuntos políticos-militares do Ministério da Defesa israelense, e Ellen Tauscher, vice-secretária de Estado americana. No telegrama a diploma americana escreve “Olhando em sua bola de cristal”, e segue “Gilad diz que não é certo que o Irã tenha decidido fabricar uma arma nuclear, mas que o Irã está ‘determinado’ a ter a opção de construir uma”, o que destrói o principal argumento de guerra.

O criador do Wikileads, o australiano Julian Assange, foi preso, informou nesta terça-feira (07/12) a Polícia Metropolitana de Londres, acusado de fazer sexo sem camisinha.

ULTIMAS NOTÍCIAS: Assange foi solto após pagar a fiança no valor de 200 mil libras (R$ 533 mil) , nesta sexta-feira a Ong Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que interrompa as investigações contra o fundador do WikiLeaks, Assange que teme ser extraditado aos EUA.

 

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