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Bibliotecas on-line de verdade !
Vem aí um grande projeto de disponibilização do acervo público, diferentemente do Google Books, que é a DPLA (Digital Public Library of America).
Segundo Robert Darnton (leia A questão dos Livros, Cia das Letras),” Vamos fazer diferente”, esta nova biblioteca digital é um projeto mais ambicioso, algo a ser feito “por séculos”, afirmou o diretor do complexo de bibliotecas da Universidade de Harvard, EUA.
Com financiamento privado, o DPLA vai disponibilizar para toda a Web um enorme acervo, o projeto da DPLA envolve já diversas outras universidades, segundo afirmou Darnton para a Folha de São Paulo: “Teremos 2 milhões de livros liberados pelo domínio público. Vamos começar modestamente. Espero que cresça mais e mais. É um trabalho que deve ser feito por séculos”.
Com uma data aproximada de 1923, na lei só 70 anos após a morte dos autores os livros seriam públicos, mas Darnton prevê que livros após esta data também serão disponibilizados se autores e editoras concordarem: “Muitos livros deixam de ser lidos após alguns meses no mercado; eles morrem. Autores, claro, querem leitores. A maioria das obras não tem valor financeiro cinco ou seis anos depois da publicação, e os proprietários dos direitos podem ficar felizes ao ver seus livros disponíveis”.
Na semana passada aconteceu uma conferência sobre tecnologia para bibliotecas (Code4Lib) e o grande tema foi DPLA.
A revolução digital continua, os céticos e os críticos verão a história passar sem compreendê-la.
iPhone é marca da Gradiente !
E agora, americanos gostam de patente, reclamam do direito das patentes, diz que o Brasil é o país da pirataria, mas a marca iPhone é oficialmente da Gradiente, o informe é da AFP: “O INPI negou o registro da marca iPhone à Apple para seus telefones celulares”.
Na quarta-feira passada decisão (13/02/2013), boa quaresma para a Apple que disse que vai recorrer, mas a empresa Gradiente tinha o pedido desde 2000, e foi concedido somente em 2008, portanto pelo tempo de registro da patente não há o que alegar.
O pedido da maçã para uso da marca com exclusividade no Brasil foi feito em 2007, quando lançou e portanto já existe o processo da brasileira, embora concedido em 2008
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) afirmou quanto ao pedido da Apple: “Os principais critérios para conceder direito a uso de marca são evitar confundir o consumidor (ou seja, que duas empresas usem o mesmo nome ou uma nomenclatura muito parecida para um mesmo produto) e quem chega primeiro”, prática comum em muitas patentes.
Que tal aplicar a “multinha” que a maçã gosta de aplicar aos concorrentes ?
Berners-Lee defende compartilhamento em Davoz
Lembrando a memória de Aaron Swartz, o programador e ativista, que se suicidou no início deste mês após enfrentar acusações criminais pelo download inúmeros trabalhos acadêmicos, Tim Berners-Lee afirmou em Davoz que os legisladores devem perceber que o acesso a informação não é necessariamente um crime.
“Parece haver uma profunda desconfiança de alguém acessar um sistema de computador”, afirmou. Deve haver um lugar para a legislação para lidar com os problemas de segurança cibernética, mas “o que pode acontecer é a legislação fica muito forte.” Para ele foi isso que levou ao exagero dos promotores americanos.
“Aaron era um hacker, no bom sentido. Ele usou a sua programação para tentar fazer um ponto”, disse ele. “Eles acabaram com a lei [que diz] que se você entrar em um sistema de computador em qualquer lugar, então você é culpado de um crime. Pouco importa se você estava tirando livros da biblioteca demais ou tentar destruir a infraestrutura de um país.”
O mundo compartilhado que Berners-Lee sonha, e todas pessoas de bem também, vai no sentido contrário das especulações financeiras e imobiliárias que estão levando o mundo a uma crise sem precedentes, milhões perdem emprego e o futuro parece incerto.
O Fórum Mundial Econômico em Davoz na Suiça começou dia 23 e se encerra amanhã.
NFC e a comunicação entre dispositivos
A tecnologia começa a aparecer em smartphones e demais eletrodomésticos caseiros, sendo uma evolução da comunicação a curta distância.
A sigla NFC (Near Field Communication) significa comunicação e troca de dados entre dispositivos próximos, permitindo principalmente a certificação de informação segura para saques, transações e compra sem dinheiro.
Os dispositivos devem estar a menos de um metro para permitir a troca de dados e conexão entre eles e devem estar nas próximas gerações de smartphones e eletrodomésticos, além de diversos tipos de cartões eletrônicos, até mesmo ingressos e cartões de identificação.
Entre os 140 membros que participam do Fórum NFC já estão as grandes empresas, tais como:
LG, Nokia, Huawei, HTC, Motorola, NEC, RIM, Samsung, Sony Ericsson, Toshiba, AT&T, Sprint, Rogers, SK, Google, Microsoft, PayPal, Visa, Mastercard, American Express, Intel, TI, Qualcomm, NXP entre muitas outras, as automobilíticas por exemplo.
Upload do Mega, de volta ao futuro!
Quem apostava no fim de Dotcom e seu poderoso Megaupload desista, a internet dos que desejam compartilhar recursos, documentos e informações continua viva.
O site diz: maior, melhor, mais rápido, mais poderoso e mais seguro, eis o MEGA.
Curiosamente exatamente um ano depois que os serviços eram retirados do ar por ordem judicial, e Kim Dotcom era preso e processado.
O serviço agora usa um sofisticado sistema de encriptação, armazenamento em nuvem e bloqueia qualquer conteúdo, fazendo que os dados permaneçam privados, o que é a segurança prometida, desta forma, só o dono pode compartilhar seus diretórios.
Com isto mesmo a empresa de Kim não pode manipular ou apagar dados que os usuários coloquem no ar, assim o sistema protege o usuário que coloca os dados lá.
É o direito a privacidade favorecendo o compartilhamento em nuvem, e agora ? Legalmente compartilhamos.
Alguns comentários brasileiros a morte de Aaron
O pesquisador do grupo Gpopai, Pablo Ortellado, escreveu que “o processo criminal de que foi vítima por disponibilizar gratuitamente artigos científicos na web parece ter contribuindo para este trágico desfecho”, tem lindo memorial virtual a Aaron feito pela família.
Ricardo Noblat escreveu no seu blog: “Sua causa: ele acreditava em liberdade do fluxo de informação de interesse público. Bom não confundir com o pirata da esquina. Nunca se meteu com música ou filmes”.
No Nassif online, está escrito: “Incomodava que ele fez levantamentos de dados que muniram de bons argumentos os militantes contrários ao controle da internet (SOAP, a anacrônica lei norte-americana em defesa do mercado atual de mídias), sendo investigado por isso sem gerar nenhuma acusação”.
No blog de Luis Carlos Azenha (Viomundo), Magaly Pazello escreveu: “Aos 14 anos, Aaron integrou a equipe de criadores do RSS 1.0, um recurso bacana de leitura de sites através de atualizações em tempo real, os famosos feeds. Eu adoro! Aos 15 anos, integrou a equipe que desenhou as licenças Creative Commons. Na sequência, fundou uma start-up, que depois se fundiu à rede social Reddit … “.
Que bom não só os poderosos das mídias tradicionais tem voz e defesa.
Morre ativista criador de RSS e Reddit
Encontrado morto em seu apartamento, Aaron Swartz, de 26 anos, havia sido preso em julho de 2011 e acusado de roubar documentos de pesquisa e trabalhos científicos do MIT e da JSTOR, um site de artigos científicos pagos, hoje existe o movimento Open Access que luta para abertura dos trabalhos científicos ao público.
O seu arquivo tinha diversas artigos de revistas científicas e trabalhos acadêmicos, o juiz que o condenou afirmou que ele acessou os arquivos sem autorização, e o processo o condenou a a pagar US$ 4 milhões em multas e teria mais de 50 anos de prisão.
Segundo amigos e ativistas, é provável que a pressão envolvida no processo e a falta de apoio a Aaron podem tê-lo levado ao desespero e ao consequente suicídio de Swartz.
Um de seus amigos famoso, Larry Lessing, disse no site Boingboing “Aaron jamais fez nada em sua vida para ‘fazer dinheiro’, apenas trabalhava pelo interesse geral. Era brilhante, engraçado, era um rapaz genial”.
Com forte depressão em 2007 ele escreveu no seu blog: “Sair, respirar um pouco de ar puro, abraçar alguém querido e não se sentir melhor, pior ainda, se sentir incapaz de compartilhar a alegria dos demais. Tudo está cheio de tristeza”.
A Eletronic Frontier Foundation, associação em defesa dos direitos no mundo digital escreveu em sua página domingo “Adeus a Aaron Swartz, ativista e militante digital extraordinário”.
Biblioteca empresta MacBooks
A universidade de Drexel, EUA, introduziu um serviço de 24 horas, na Biblioteca Hagerty que através de um quiosque empresta MacBooks para uso por estudantes, professores e funcionários.
Segundo o site da universidade Drexel é a terceira universidade na Costa Leste a introduzir o quiosque, que pode emprestar até 12 MacBooks e são retirados gratuitamente por qualquer pessoa com tenha um ID de registro na Drexel University.
O site afirma também que serviço começou como a pedido do estudante Omer Hashmi, um representante da Associação de Graduação dos Estudantes, que em reunião com o reitor da Universidade de Drexel e a chefe das Bibliotecas, Dra. Danuta A. Nitecki que analisaram a possibilidade das bibliotecas de fornecerem serviço de acesso de laptop também tarde da noite após o serviço com pessoal estivesse terminado.
Hashmi explicou que ele estava hesitante levar seu laptop pessoal naquele horário para o campus saindo de sua residência era fora do campus, porque eles eram pesados e ainda havia o risco de segurança.
As Bibliotecas avaliarão a utilização das máquinas de empréstimo automáticao e os resultados irão dizer se quiosques adicionais podem ser adicionados nas bibliotecas ou em áreas livres, também é considerada a possibilidade de dministradores para quiosques futuros.
Cidade faz campanha contra games violentos
Nada contra o uso de games, aliás tecnofobia é antes de tudo insensato, a primeira tecnologia humana não foi o fogo nem a roda, mas a linguagem e está sempre em mudança junto com a tecnologia.
Mas o abuso de jogos violentos, de filmes violentos e agora crescem os horrendos (zumbis, matadores série, etc.) e claro, também nos games, mas tudo isto é uma “cultura de guerra” e de ódio.
Em Nova Inglaterra (nordeste dos EUA), um homem matou 20 alunos de uma escola primária no dia 14 de dezembro na cidade de Newtown, levantando a discussão sobre armas e a crescente escalada de violência.
Outra inciativa partiu das lojas de Southington, Connecticut, que oferecem um certificado para cada jogo violento, em CD ou DVD, e podem ser entregues no cinema drive-in local, a empresa de games Play Station também noticiou o fato.
O grupo comunitário SouthingtonSOS disse que havia “evidências suficientes” de que os jogos violentos estão contribuindo para “aumentar a agressividade, o medo e a ansiedade” nos jovens.
O grupo esclareceu que a iniciativa não pretende insinuar que a matança de 20 crianças e seis professores da escola primária Sandy Hook em Newtown, Conecticut, foi por causa dos jogos.
Toda cultura de ódio e de intolerância gera um ambiente hostil e potencialmente de guerra.
WhatsApp registra 18 bi na passagem do ano
Na passagem do ano o aplicativo WhatsApp informou pelo twitter que o serviço registrou 18 bilhões de mensagens no final do ano.
O aplicativo gerou uma polêmica em abril do ano passado porque concorre com os serviços SMS que são cobrados, mas Brian Acton, cofundador do serviço, se esquivou dizendo que o aplicativo “ajuda a gerar tráfego de mensagens por meio das redes operadoras que comercializam pacotes de dados”.
Mas o site em português é explícito: “WhatsApp Messenger é um aplicativo de mensagens multiplataforma que permite trocar mensagens pelo celular sem pagar por SMS”.
O aplicativo é compatível com sistemas operacionais iOS, Android, BlackBerry OS, Symbian e Windows Phone, permitindo troca de mensagens com usuários destes serviços, e seu uso é crescente entre serviços de smartphones.