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Dados abertos: uma iniciativa grandiosa
Falando durante o lançamento do lançamento do programa Midata em Londres, o professor da Ciência da Computação Nigel Shadbolt, do ECS-Eletrônica da Universidade de Southampton (veja a notícia no site), e Governo Conselheiro Open Data do governo britânico disse à BBC: “Isto servirá para se obter as informações que as empresas detêm sobre você e te devolve de forma que você poderá usá-las. ”
Essa iniciativa chamada Open Data deu um grandioso passo na última quinta feira (03/11) com o lançamento desta nova iniciativa o que permitirá aos consumidores um acesso sem precedentes em contais pessoais de bancos, serviços públicos, provedores de serviços de telecomunicação e uma grande gama de outras empresas.
Na Inglaterra, 26 empresas já aderiram ao sistema e inclui: a Google, a British Gas e a MasterCard, que permitira aos clientes criarem “inventários de dados pessoais» de acesso.
Os consumidores desde já poderão ter uma boa visão tanto de seu consumo pessoal e como dos padrões de gastos que deve levar a melhor escolha informada de produtos e serviços, isto poderá ajudar nas continhas de casas também, descobrir excessos e controlar os cartões.
As empresas estão empenhadas em desenvolver abordagens comuns para acesso a dados, e para definir protocolos sobre privacidade, proteção de dados de segurança e de consumo.
A revista Wired comentando o fato escreveu um mantra “take-away” segundo o qual “os dados devem ser liberados de volta para os consumidores”, e as organizações devem entregar as informações das chaves em um formato eletrônico portátil, que foi chamado de “inventários de dados pessoais” (PDIs). Para a Wired eles deverão serem lançados em 2012.
Em conferencia OS OpenData de março de 2010, o Prof. Shadbolt junto com Tim Berners-Lee falaram a respeito dos dados abertos e falaram sobre dados que deveriam permanecer privativos e dados que deveriam ser abertos, é um passo mundial para transparência e uma democracia real, onde nossos representantes digam a verdade e elas não contrastem com os dados.
Transcrição e tradução de videos no YouTube
Muitas ferramentas disponíveis na Web ainda são desconhecidas de usuários, desde 2009 o Youtube anunciou
no blog oficial da Google (o Youtube é da Google veja nosso post), a transcrição automática (a função auto-caption que existe desde 2006, CC ) e introduziu a nova possibidade de tradução em 51 idiomas, que incluem o português e Espanhol.
Em março de 2009, Matt Cutts explicava em seu blog o funcionamento da máquina de tradução do YouTube então ainda com 41 idiomas, e na qual exemplificava com as famosas conferências TED (Ideas worth Spreading) que tratam de assuntos atuais, com 25 idiomas.
O auto-caps usa os algoritmos de reconhecimento de voz mesmo em Google Voice para gerar automaticamente legendas para o vídeo. As legendas nem sempre são perfeita (confira o vídeo ao lado para ver um divertido exemplo), mas mesmo tendo defeitos, eles ainda podem ser úteis e a tecnologia vai continuar melhorando com o tempo.
Mas o desafio de transcrição e documentação destes vídeos é imenso, segundo o blog do Google, faz, a cada minuto são carregadas 20 horas de vídeo e o proprietário do vídeo nem sempre está disposto a dispender esforços para adicionar legendas aos seus vídeos, mesmo com todo apoio disponível no site do YouTube, a maioria dos vídeos ficam inacessíveis.
Para ajudar este desafio, o YouTube trará o auto-caps automática (mesmo sem a escolha do usuário) em qualquer vídeo, chamada ASR (Automatic Speech Recognition), claro podendo o usuário optar por sua não ativação.
Além de legendas automáticas, está sendo lançado também um mecanismo de sincronismo de legenda automática, chamado auto-timing, que poderá torná-lo mais fácil para criar legendas inclusive manualmente, o que permitirá a correção de más traduções ou expressões idiomáticas.
Assim o auto-timing permitirá ter-se mais conhecimentos especiais para criar suas próprias legendas no YouTube , será preciso apenas fazer um arquivo simples de texto com todas as palavras no vídeo e usar a tecnologia ASR do Google para tratar as palavras faladas quando as legendas no vídeo estiverem incorretas ou precisarem de retoques.
Talvez isto reduza significativamente a barreiras que os proprietários de vídeo tem para poderem adicionar as suas legendas, e mesmo quem não têm o tempo ou recursos para criar faixas de legenda de modo profissional possam dar sua “mãozinha” aos usuários.
iPod completou 10 anos
Em Outubro de 2001, a Apple através de Stevie Jobs lançava a novidade inicialmene com a capacidade de armazenamento de 5GB de espaço, que guardava até mil canções.
Agora completando uma década, o dispositivo está no meio de transformações no mercado fonográfico e da tecnologia, talvez sem ele não se pensaria em músicas nas clouds (armazenamento fora do dispositivo) e não seria necessário negociações com músicos e gravadors, era primeiro produto portátil da Apple a usar memória flash e a exibir vídeos e fotos, e eles mais que os outros gadgets conquistaram os jovens.
Segundo dados da empresa, o iPod já vendeu mais de 314 milhões de unidades entre modelos como mini, nano, shuffle e touch, tem nesta área cerca de 70% do mercado de tocadores MP3, o seu design também marcou uma tendência neste tipo de mercado.
Seu pico foi em 2006, quando o aparelho cobria cerca de 50% de toda a receita da Apple, mas hoje responde por menos de 8% do faturamento da empresa, e quando do lançamento do celular 4S seu futuro era incerta, mas o legado do iPod é indiscutível.
No lançamento do iPhone em 2007, como a Apple inclui funcionalidades de música e armazenamento do iPod no celular e muitas outras empresas fizeram isto, fez com que muitos usuários abandonassem suas músicas no iPod e trocassem pelo celular.
Interação mente-computador
A afirmação é de Gerwin Schalk do Wadsworth Center, falando na Confererência de Tecnologias Emergentes do MIT, ele demonstrou o quão perto está a tecnologia de criar uma relação homem-computador (ou homem-máquina porém na relação mente-máquina) em interfaces onde é possivel fazer isto em tempo-real (quer dizer sem ficar esperando o “processamento” do computador).
Schalk afirmou que a neurotecnologia, já tem um mercado de US$ 145 bilhões e que com um crescimento de 9% ao ano, e que os pesquisadores agora estão trabalhando nesta simbiose homem-máquina para captar e tratar as ondas alfa do cérebro e para criar sistemas que podem ser usados para se comunicar diretamente com os compuador, ele mostrou um vídeo em que uma pessoa dava iros em monstros, como em um game, outro experimento em que a pessoa detecta diferentes níveis de sons, e pode identificar uma música e controlá-la como se estivesse mentalmente “cantarolando”.
Disse que um dos grandes obstáculos, são sensores precisos para estas “ondas alfa” emitidas pelo cérebro, e melhorar a maneira de interpretar as mensagens do cérebro, afirmou, conforme artigo da PC World: “Interação direta com o cérebro tem o potencial para se tornar uma tecnologia de uso geral… na mesma escala em tecnologia da informação, computação e o telefone”.
E agora: as crianças querem games !
Uma pesquisa feita pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) sobre o uso de internet, com crianças de 5 a 9 anos no Brasil, com 2.516 crianças, sendo 2.131 da área urbana e 385 da área rural , nos meses de setembro a novembro de 2010, mostrou que 90% delas usam a rede para ter acesso a jogos online.
O número das que jogam online é o dobro das que buscam na rede soluções para trabalhos escolares (45%) ou que brincam em sites com desenhos da TV (42%) e ainda fazem pesquisas diversas (35%) ou assistem desenhos animados e vídeos (34%).
Isto pode assustar muita gente, mas basta pensar que podemos e devemos entender que brincar pode ter muitas variações, e que os tipos de jogos e as horas de computador devem ser dialogadas e pensadas.
Mas os dados preocupantes é que um quarto (25%) das crianças responderam que se sentem ameaçadas sim, embora a pesquisa não especifique que tipo de ameaça, o estudo mostrou que 12% diz que conheceu alguém pela internet, 11% enviaram fotos e 6% declarou ter sido vítima de piadas e brincadeiras que não tenham gostado.
A saída é aumentar o número de games educativos, o site do Prêmio Nobel por exemplo trás inúmeros “jogos educativos”, o site da BBC trás várias opções dependendo de como você aciona a manivela da máquina e outro site com muitos games é o Learning Games for kids.
Em sites de games é possível encontrar e selecionar alguns que são educativos, claro é preciso “perder” algum tempo para verificar se não há mensagens subliminares e efeitos nocivos, um exemplo deste tipo é o site de games que tem um diretório de educativos.
Quanto aos jogos violentos que atrai um número grande de jovens, sem dúvida são desaconselhados para crianças, há estudos como da equipe do Dr. Bruce D. Bartholow da Universidade de Missouri-Columbia, nos Estados Unidos que dizem que aumenta a probabilidade de jovens se comportarem com maior agressividade, como há estudos mais recentes como o feito pela equipe de Patrick Markey da Universidade de Villanova, nos Estados Unidos, e enviado à Associação Americana de Psicologia, apontam que este tipo de jogo não influencia o comportamento violento dos jogadores.
O importante é pensar que nada substitui um bom diálogo e uma explicação calma e convincente, mas os games estão aí desafiando pais e educadores.
Reações tecnofóbias e autoritárias não são indicadas num mundo que a tecnologia já está presente.
Apple negocia músicas no iCloud
O serviço de nuvem é quando uma pessoa usa servidores de terceiros para seu banco de dados em vez de usar seu próprio PC, isto está fazendo com que os novos dispositivos venham com pouco HD, por exemplo tablets com 16 e 32 GBytes, mas o compartilhamento e a portabilidade
são direitos dos usuários que as legislações antigas de direitos autorais não previam e criam embaraços.
A corrida da empresa de Stevie Jobs é que ela fará um evento para a imprensa na terça-feira, na sua sede em Cupertino na Califórnia, onde será lançado o iPhone 5, chamada de “geração icônica” de smartphone por fazer toda comunicação por ícones, e uma das metas é ter o máximo de músicas disponível aos usuários.
Em julho, Jobs já tinha anunciado o serviço de armazenamento on-line de músicas lançando este serviço chamado iCloud, que foi projetado para tornar simples o compartilhamento de músicas, fotos, agendas e outros arquivos entre os diversos dispositivos móveis que o usuário possua: tablets, desktops, smarthfones ou outro gadget.
A Apple explicou que uma música comprada no iTunes pode ser colocada na nuvem e compartilhada com outros dispositivos, este é o fascínio e o novo paradigma colocado pelas nuvens, pois os aficionados por música vão transferir alguns Gigabytes de música que tem em CD para as nuvens por causa desta “portabilidade” de dispositivos e isto poderia infringir os “direitos autorais”.
A Apple questionada que usuários devem colocar coleções inteiras num “match Tunes” informou que o serviço custará U$ 25 dolares por ano e que pagará os direitos para as gravadoras e autores.
Conferência revela faces do Windows 8
A confêrencia BUILD que estão sendo realizada em Anahein (CA-USA) e termina amanhã tem no seu site principal a possibilidade de baixar e testar o Windows 8 em versão pré-beta, grande promessa para tablets da Microsoft.
O design está sendo chamado de Metro, era sonhado para o Windows Phone 7, mas só ficou pronto para ser a interface do Windows 8 não apenas como uma camada, mas como uma filosofia completa completa de ambiente que contemple o ambiente Web novo feito para dispositivos móveis e com o HTML 5.
Já tínhamos mostrado algumas imagens da interface em nossos post, mas ainda temos duvidas sobre quão profunda poder ser o Windows 8 para disputas de mercado, já acirrado entre os Android da Google, novos aparelhos (será?) da Amazon e o iPad.
As notícias do evento dizem que os apps do estilo Metro podem não ser a base total do Windows 8, mas tudo indica que trata-se de um desejo da empresa em entrar no poderoso universo pós-PC que é o mundo dos tablets.
O site GizModo faz diversas avaliações do novo “Windows” e entre as que devem ser destacadas está a nota sobre Mary Jo Foley, do ZDNet, que afirma que as ferramentas, os padrões e as filosofias antigas de desenvolvimento de aplicativos estão ficando para trás abrindo um novo espaço onde as telas dos desktops ficarão parecidas aos modernos tablets.
O Windows 8 está sendo exibido em um tablet protótipo desenvolvido pela Samsung , e que diz ter distribuído o software a 5 mil desenvolvedores.
Ouvir musicas e audios na nuvem é legal
Esta é a visão do juiz William H. Pauley, que assinou uma decisão legal publicada em agosto, onde os usuários são os responsáveis pelo conteúdo e não os serviços de armazenamento, isto significa que os detentores de direitos autorais devem identificar os prováveis arquivos pirateados e solicitar sua retirada das pastas na nuvem, mas o que é muito difícil de fazer exceto em alguns casos como o de músicas que não foram ainda oficialmente lançadas.
Em reportagem no site ReadWriteWeb, a decisão entende que ouvir individualmente uma música que esteja nestes serviços não pode ser caracterizado como “exibição pública”, e por isso as gravadoras ao tentarem processos por infração de direitos autorais, teriam que tentar outro tipo de caracterização.
O juiz rejeitou todas essas alegações, concluindo que MP3tunes é protegida como um provedor de serviços sob a Digital Millennium Copyright Act (DMCA). Os demandantes também argumentou que obras gravadas antes de 1972 não estavam protegidas pelo DMCA, mas o juiz anulou essa cobrança também.
Para o juiz norte-americano, os programas de armazenamento não precisam manter uma cópia da mesma música para cada conta de cada usuário, ou seja, pode usar um único arquivo e contabilizar todas as vezes em que ele é enviado, assim de 15 pessoas fazem upload (sobe ou descarrega no site) de uma mesma música de um mesmo artista, todas poderão ouvir o mesmo áudio, ou seja só é usado um arquivo (e não quinze) do servidor e do serviço, assim é uma cópia só e não 15, mas compartilhada na núvem.
É isto que dá o direito legal de mais pessoas assistirem, como se cada pessoa que está na sua casa ouvindo o seu CD tivesse este direito, pois não se tratam de CDs diferentes e nem pirateados.
Em maio a Google estreou seu serviço Music Beta, em junho a Apple lançou o iCloud enquanto a Amazon estreou Cloud Drive em julho, mas estando na nuvem o que impede de ouvir a música ?
Mas ainda há outras batalhas judiciais nesta questão, pois caso o site tenha ferramenta que permitia ao usuário pesquisar músicas para baixar direto em sua pasta na nuvem, por exemplo, a gravadora EMI encontrou na busca conteúdos ferramentas que infringem a lei de direitos autorais e o MP3tunes teve de retirar a funcionalidade do ar, mas não apagou os arquivos que já estavam nas contas de usuários.
Um laboratório de apps Sociais
O Citris é um Laboratório de Apps Social faz aplicativos gratuitos baseados em formas lúdicas de jogos para que os usuários explorarem os seus ambientes, fazendo que se envolvam com questões locais sociais, por exemplo, promovendo a saúde pública, e tornarem-se cidadãos.
As fivisões de Ciências Sociais e de Artes, e de Humanidades na Universidade de Berkeley, fizeram projetos muito atuais como os que ajudam a combater a dengue, reduzir a asma, e envolver os cidadãos locais em questões urbanas, tudo isto pode ser visto no site do Citris.
A dengue afeta cerca de 50 milhões de pessoas, e 2,5 bilhões estão em situação de risco com o vírus, ela está em ascensão em áreas urbanas em todo o mundo tropical, mas é evitável.
O antropólogo James Holston e o professor de arte Greg Niemeyer , colegas do laboratório, estão desenvolvendo um aplicativo que usa telefone celular crowdsourcing para ajudar os residentes urbanos resolverem este problema global.
Holston afirma que eles estão interessados em ajudar pessoas desprivilegiadas da sociedade a se tornarem mais engajados. “Assim, muitos californianos produtivos são excluídos da participação política nas comunidades em que vivem e trabalham, porque eles não são cidadãos dos EUA ou porque são ‘ilegais’. As pessoas tendem a se concentrar sobre os residentes, eu acho que seria melhor perguntar o que a democracia americana está perdendo por não envolvê-los “.
Outra ferramenta bem simples, mas poderosa é chamada CitySandbox (ver citysandbox.com ) que pretende tornar a participação ativa mais fácil para todos, começando pela cidade de Berkeley. Em junho, eles lançaram o website baseado em mapa (que ainda está em versão beta) para fazer a ponte entre o conhecimento da vizinhança local e as instituições políticas.
Todos os projetos têm como claro objetivo envolver os moradores locais no pensamento crítico, na recolha de dados para priorizar problemas, transformar os resultados em ação, conforme afirma Holston: “Administradores da cidade estão desesperados para encontrar formas de envolver os moradores locais na democracia”, talvez lá aqui em breve.
E-books e biblioteca nas nuvens
Com tecnologia de Cloud computing os ebooks já poderiam ser lidos por um computador, sem que este possua um HD para ter o livro salvo na memória e só uma pessoa o lesse.
Esta tecnologia cloud computing permite uma disseminação da informação, além da aceitação do retirada do livro em um lugar físico, o livro eletrônico pode ser disseminado em uma comunidade de leitores, e surgiu a ideia de colocar estes livros numa “nuvem”.
Em agosto do ano passado postamos, notícia que pode ler lida em outros sites, que na Amazon os ebooks tinham ultrapassado o livro de capa dura.
Agora a Gol editora lançou na XV Bienal do Livro que se realiza no Rio de janeiro, anunciou que lançará no dia 11 de setembro, que por enquanto o serviço da Nuvem de Livros, a novidade, estará disponível somente para portadores de senhas, mas que estará aberto ao público em questão de dias, com um acervo inicial de 3 mil títulos, escolhidos sob a curadoria do escritor Antônio Torres, e afirma ter um público potencial inicial de 80 milhões de leitores.
O diretor de relações institucionais do Gol Grupo, Roberto Bahiense afirmou que o enfoque é mesmo a Biblioteca, “só que virtual”, afirmou o escritor curador, explicando: “Nós não vamos vender livros; as pessoas leem e depois devolvem para a nuvem. É um projeto que tem uma preocupação educacional, que pode atingir escolas, universidades e o público em geral”.
Entre as editoras que aderiram o projeto estão: Ediouro, Nova Fronteira, Moderna, Conrad e Ibep-Nacional, e outras.
A Nuvem de Livros está organizada em estantes, tal como uma biblioteca, explicou Antônio Torres, autor de 12 livros e ganhador do Prêmio Jabuti, como curador.