Síria urgente: governo demite equipe
Um dia após todo o ministério do governo se ter demitido em bloco, a população síria aguarda ansiosamente que o presidente do país Bashar al-Assad anuncie o fim do estado de emergência decretado e iniciar um processo de abertura que dê fim ao autoritarismo que dura 48 anos.
A demissão do governo tem o intuito de amenizar a recente onda de protestos que se tem verificado no país desde o início do ano.
No discurso que fez quarta-feira logo após demitir todo seu governo, Bashar al-Assad afirmou que «apóia as reformas e as exigências da população», mas advertiu que «não está a favor do caos e destruição», sobre as influências externas afirmou: «Não quero que as pessoas pensem que estou a culpar o que está a acontecer internamente com conspirações externas, mas elas estão interligadas».
Abdel Majid Manjouni, principal líder de oposição e presidente do Partido Social Democrata da Liga Árabe, vê esta demissão como «manobra», visto que o problema «não está no governo, mas antes nas políticas do estado», ou seja, que «Não são os ministros que decidem essas coisas [as políticas de Estado]. É o presidente, é ele que toma as decisões» acrescentou.
Entretanto espera-se medidas imediatas de democratização e fim da repressão militar que acontece desde o início das revoltas.