Twitter cria alvoroço no Código Florestal
Após um acordo entre o governo e a bancada ruralista, uma informação no twitter da ex-senadora Marina Silva que o texto original havia sido fraudado, pelo deputado Aldo Rebelo relator e da liderança do governo na câmara, gerou um desconforto em relação ao que foi acordado em reunião de líderes às 21h.
A ex-senadora do PV Marina Silva postou no microblog Twitter: “Estou no plenário da Câmara. Aldo Rebelo apresentou um novo texto, com novas pegadinhas, minutos antes da votação. Como pode ser votado?!” a reação no plenário foi imediata e causou alvoroço.
O deputado partiu para o ataque pessoal ao marido da ex-senadora, alegando que “Quem fraudou, quem contrabandeou madeira, foi o marido da senadora.” uma vez que uma séria acusação é a legalização de milhares de madeireiros e posseiros na Amazônia.
Pois entidades denunciam, mas o acordo prevê várias situações que poderiam ser consideradas crimes ambientais, além de legalizar madeireiros e grileiros na amazônia, a organização WWF criou uma cartilha para apontar irregularidades e afirma no seu site: “SOS Florestas procura levar para parlamentares, imprensa e cidadãos brasileiros um debate que vem ocorrendo em portas fechadas, de forma tendenciosa sem ouvir o movimento social, especialistas e academia”. Pode-se dar download da cartilha no site.
Da tribuna o próprio líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), disse na tribuna que o texto final apresentado por Aldo Rebelo havia sido alterado com relação ao acordo e aí começou a confusão.
O PV afirmou que vai entrar com representação no Conselho de Ética contra o deputado Aldo Rebelo pela ofensas feitas ao marido da ex-senadora do partido.
A ex-senadora afirmou: “Estou tranquila. Essas afirmações não irão me intimidar. Sempre haverá oportunidade para o deputado reconsiderar o que ele disse. As calúnias que foram feitas ao meu marido foram feitas por segmentos que me faziam oposição quando eu era ministra”, rebateu a ex-senadora do PV.
O governo tentou por panos quentes, o líder Candido Vaccarezza (PT-SP), admitiu ter entregue ao deputado Paulo Teixeira, às 21h, um “texto em construção”, o que teria provocado a desconfiança a respeito do relatório que estava em votação no plenário. Vaccarezza disse que pedirá desculpas ao colega.