Ambientes educacionais: conceitos e dificuldades
Com as facilidades da Web e uma crescente disponibilização de materiais didáticos e com a relevância de conteúdos (a verificação e validação de conteúdos ainda é problemática) surgiram ambientes eletrônicos denominados Sistemas de Gestão de Aprendizagem (Learning Management System ou apenas LMS, no inglês).
Sistemas apenas on-line são chamados e-learning e sistemas semi-presenciais de blended-learning, ou apenas B-Learning.
As aplicações projetadas para funcionarem em salas de aula virtuais, gerando várias interações entre os participantes, sendo o animador chamado de tutor, assim estão presentes as relações: alunos-tutor, alunos-alunos, alunos-ambiente e alunos-conteúdo. A ordem colocada aqui é proposital para entender que as relações humanas tem prioridade com a relação de conteúdos, elas estão permeadas pela relação com o ambiente e por último os conteúdos porque eles devem permitir a leitura, síntese e reelaborações de conteúdos.
Processos de interação em tempo real passaram a ser uma realidade, permitindo que o aluno tenha contato imediato com o professor e com outros alunos, assim surgiram dois conceitos: síncrono e assíncrono. As ferramenas síncronas são aquelas que recursos de interatividade on-line síncronos: Telefone, Chat, Vídeo-conferência, Web conferência. Através da Web conferência o professor ministra as aulas e os alunos, via WEB, ouvem a palestra e veem as transparências e anotações no quadro.
Com o recurso assíncrono, professores e alunos não estão em aula ao mesmo tempo, mas há material disponibilizado on-line, exemplos destes recursos assíncronos são: e-mail, podcasts, blogs, mikis, quizzes e fórum. Também a Agenda e o sistema de arquivos de documentos podem ser considerados assíncronos, embora eles tenham datas estabelecias de depósito e devem ser esclarecidos a cada curso que se inicia. Também esquemas de login e privacidade devem estar claros.
Existem diversos ambientes que foram construídos para estes propósitos: eLearncafe.com, Moodle, Dokeos, Tidia-Ae, TelEduc, Formedia, iTutor e Blackboard, entre muitos outros claro. Tidia-Ae e Teleduc foram desenvolvimentos nacionais.
Existem inúmeras dificuldades para implantação destes ambientes: clareza pedagógica que o meio exige, resistências ao uso de tecnlogia, adaptação ao ambiente e seleção adequada a conteúdos adaptados a tecnologia.
Muito trabalho e esforço tem sido dedicados a construção de métodos pedagógicos para estes ambientes e tambem no reuso de conteúdos colocados eletronicamente a partir da criação de objetos de aprendizagem. Mas nem sempre as unidades estão devidamente etiquetados com palavras-chave ou outros metadados, e muitas vezes armazenados em um formato de arquivo XML. A criação de um curso requer a montagem uma seqüência de objetos de aprendizagem, mas a simples construção aditiva de conteúdos sem metodologias de indexação deve ser problematizada e pensada, talvez a partir de técnicas de indexação já conhecidas.
renato
Tuesday July 5th, 2011 at 07:45 PM
Prof. Marcos, muito bom seu artigo, por trazer conceitos e exemplos concretos de e-learning. No entanto, destacaria um trecho importante que deveria ser pensado: a resistência ao uso da tecnologia. Isso me fez lembrar de Lévy, que disse que as novas TIC’s não estão aí para resolver tudo num passe de mágica, e, justamente por isso, cabe a nós explorar suas potencialidades mais positivas. Com o e-learning é o mesmo: ele não irá salvar os graves problemas da educação (brasileira, sobretudo), mas vamos então estudá-lo e tentar compreendê-lo de forma a aplicá-lo de maneira responsável e útil. O fim dos preconceitos são importantes, pois a tecnologia está aí e devemos saber usá-la a nosso favor.
Marcos Mucheroni
Tuesday July 5th, 2011 at 09:47 PM
Oi Renato, vou fazer uma sequência, amanhã vou abordar os problemas pedagógicos, não podemos ignorar que existem problemas, é uma tecnologia em construção, o problema como diz Pierre Lévy, para criar a inteligência coletiva, é preciso uma relação “muitos-a-muitos”.
renato
Tuesday July 5th, 2011 at 07:45 PM
Prof. Marcos, muito bom seu artigo, por trazer conceitos e exemplos concretos de e-learning. No entanto, destacaria um trecho importante que deveria ser pensado: a resistência ao uso da tecnologia. Isso me fez lembrar de Lévy, que disse que as novas TIC’s não estão aí para resolver tudo num passe de mágica, e, justamente por isso, cabe a nós explorar suas potencialidades mais positivas. Com o e-learning é o mesmo: ele não irá salvar os graves problemas da educação (brasileira, sobretudo), mas vamos então estudá-lo e tentar compreendê-lo de forma a aplicá-lo de maneira responsável e útil. O fim dos preconceitos são importantes, pois a tecnologia está aí e devemos saber usá-la a nosso favor.
Marcos Mucheroni
Tuesday July 5th, 2011 at 09:47 PM
Oi Renato, vou fazer uma sequência, amanhã vou abordar os problemas pedagógicos, não podemos ignorar que existem problemas, é uma tecnologia em construção, o problema como diz Pierre Lévy, para criar a inteligência coletiva, é preciso uma relação “muitos-a-muitos”.
renato
Wednesday July 6th, 2011 at 01:49 PM
Sem dúvida, meu comentário foi nessa linha, pois existem aqueles que não entendem a colocação do Lévy e criticam a tecnologia; mas nós não devemos nos opor à tecnologia, pelo contrário, devemos entendê-la e aprimorá-la para o nosso próprio benefício.
renato
Wednesday July 6th, 2011 at 01:49 PM
Sem dúvida, meu comentário foi nessa linha, pois existem aqueles que não entendem a colocação do Lévy e criticam a tecnologia; mas nós não devemos nos opor à tecnologia, pelo contrário, devemos entendê-la e aprimorá-la para o nosso próprio benefício.