A simbologia das árvores na bíblia
A maioria das mitologias e religiões incorporam a ideia da “árvore da vida” como um elemento central de sua simbologia, a árvore como centro da vida e de onde ela irradia é um simbolismo forte e quase universal.
O símbolo adâmico, onde Adão e Eva podiam comer o fruto de todas árvores, “E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,” (Gen 2:16), com exceção do fruto da árvore da vida.
Na simbologia bíblica o cedro-do-líbano, por sua altura que pode chegar a 30 metros e sua largura que pode chegar a 15 metros é símbolo de poder, majestade, grandeza e beleza, isto pode ser visto no texto de Isaías (Is 2.13), Ezequiel (Ez 17.3,22,23 – 31. a 18) e Zacarias (11.1,2).
A figueira tem uma característica que a torna um símbolo bíblico de uma vida que está seca mas pode dar fruto, está presente no antigo testamento (Provérbios 27:18), no novo testamento onde Zaqueu subiu para ver Jesus (Lc 19:4), e também dá a curiosa passagem que Jesus estava com fome indo a Betânia vê uma figueira com folhas, e apesar de não ser tempo de frutos, não encontra nada e amaldiçoa a árvore (Mc 11:12-14).
Em compensação há o pedido dos agricultores para cavar e adubar a figueira que não dava frutos (Lc 13,1-9) no contexto em que Jesus explica que nem os galileus que Pilatos matou e misturou ao sangue oferecido aos seus deuses romanos, e também os que morreram na queda da Torre de Siloé, dizendo que não morreram por serem maus e a explicação é que eles deveriam “dar frutos”.
Porém a árvore a qual Jesus se compara é a videira, em João 15:1 afirma: “eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor”, explica que os discípulos são os ramos e que para dar frutos sofrem a poda, para dar mais frutos ainda.
A videira não dá boa lenha nem sombra, e os ramos só podem produzir estando ligados ao tronco, dito assim: “Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5).