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O Banquete, a ceia da quinta-feira e seu significado

05 Apr

A mesa e a refeição tem um significado forte na cultura ocidental, também Platão em o Banquete, usa uma ceia para dialogar sobre o Amor, e nele vai retirar de Eros a condição de deus e se torna intermediário com os homens.

Segundo o livro bíblico do Êxodo (Êxodo 12), que narra a saída dos hebreus do Egito, a primeira ceia da Pessach ou Páscoa (feita na sexta feira pelos judeus) foi ainda no Egito, provalvemente em 3.500 a.C.

Tinha o seguinte rito: deveriam encontrar um cordeiro sem defeitos, prepara-lo para uma ceia e seu sangue seria aplicado nas ombreiras e na verga das portas das casas, como sinal que asseguravam que os primogênitos daquela casa não seriam mortos com a décima praga mandada por Deus ao Egito, com a morte dos seus primogênitos e animais.

Assim o vinho instituído mais tarde pelos judeus já na terra prometida, significa os sangues pincelados nos batentes das portas que fizeram seus primogênitos sobreviveram, enquanto os pães sem fermento instituídos depois, chamados de Matzot, significam os três patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, além do alimento que caia do céu na fuga empreendida do Egito, o Manah, que os cristãos transformaram em pão e os católicos em Eucaristia.

Entre outros símbolos introduzidos depois na ceia judaica, há o ovo assado chamado Beytza que devia ser oferecido no Templo de Jerusalém na festa da Páscoa, há as ervas amargas (Maror), o osso da perna do cordeiro (Zeroah) e uma salsa ou aipo, que lembra a primavera.

Para os cristãos que fazem a ceia um dia antes, na quinta-feira, uma vez que Jesus é ele próprio o cordeiro e o sacrifício oferecido, realiza a ceia então um dia antes, mas segundo o historiador inglês Colin Humphreis (ver reportagem na Reuters) , ela poderia ter sido realiza dois dias antes, ou seja, na quarta-feira. Ele tenta explicar em seu livro Miracle of Exodus este evento histórico (veja uma resenha na BBC Brasil)

Mas a Páscoa judaica raramente coincide com a cristã, esta foi instituída no Concílio de Nicéia (325 d.C.) é celebrada no primeiro domingo depois da Lua Cheia ou logo após o dia 21 de março e o restante do calendário: quaresma, Corpus Christi e até o carnaval, são marcados em função desta data.

 

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