O futuro do livro: uma visão equilibrada
Em 1985 Roberto Stein fundou uma empresa de multimídia, na época algo visionário e arriscado como empreendimento The Voyager, lançando versões em disco laser dos filmes King Kong e Cidadão Kane como o rótulo de Criterion Collection, sempre preocupada com soluções educacionais, em 1989 lançou um guia interativo para a Nona Sinfonia de Bethoven.
Participou ainda de outros empreendimentos, tais como o instituto O Futuro do Livro, entre “apocalípticos e integrados” (Umberto Eco, embora apocalíptico quanto a Web) Bob Stein parece ter uma visão equilibrada e correta, expressa em uma entrevista intitulada Book 2.0 feita para Brooke Gladstone da New York Public Radio, a NYPR em sua divisão de mídias.
A entrevista traz o curioso e interessante relacionamento entre livro e a Web, na qual procura responder o lamento de muito editores de livros impressos que os lucros são insuficientes, há um medo e um ódio gerado pelo e-books, então o que esperar para o presente e o futuro dos livros ?
Com a Web onde um livro é um lugar e não apenas um aparato ou um suporte (onde os leitores, às vezes se reúnem com os autores, mas poucas vezes) escreveu Bob Stein no site do instituto “surgiram de uma série de experimentos que investigam o que acontece quando o ato de ler se move a partir de uma página impressa a um espaço on-line desenvolvido para a interação social, se expandindo à medida que a noção de um trabalho é incluído a margem de uma atividade, e na verdade vamos redefinindo o ´conteúdo´ para incluí-lo em uma conversa que gera um texto. Dito de outra forma, encontramos um texto em uma rede dinâmica que traz à tona os aspectos sociais da leitura” e cita alguns destes projetos: Without Gods, Gamer Theory, Occurrence at Owl Creek Bridge e The Golden Notebook.
Este último sobre um livro homônimo de Doris Lessing Prêmio Nobel de Literatura, que deu início a um contato entre sete mulheres.
Quem se interessou veja também o Blog de Bob Stein.