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Mensalão: problema político e moral

02 Aug

É certo que o problema da corrupção não vem de agora, mas em algum momento da história é preciso dizer que corrupção é um problema moral, antes de ser político ou ideológico.

Em 2005 o então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) denunciou um esquema de propina de altos valores para os quais os deputados eram pagos para votar em projetos de interesse do governo Lula, em 2007 o STF (Supremo Tribunal Federal) acatou a denúncia contra 40 suspeitos, após o qual o deputado José Dirceu deixo o cargo de chefe da Casa Civil.

Retornando a câmara, pois era deputado federal, ele acabou cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.
No relatório de denúncia, feito pelo ministro Joaquim Barbosa, foram apontados como operadores do núcleo central do esquema, além de José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoíno, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o ex-secretário geral Silvio pereira, que responderão por corrupção ativa, quer dizer foram corruptores.

Os demais responderão por corrupção passiva, quer dizer, receberam dinheiro sujo.

Em atitude que assumia a responsabilidade, Silvio Pereira assinou um acordo com a Procuradoria Geral da República para não ser mais processado, que cumpriria 750 horas de serviço comunitários até três anos e deixou de ser um dos 40 réus, José Janene, então deputado do PP morreu em 2010 e também deixou de ser denunciado, restam 38.

O relator apontou ainda o núcleo publicitário-financeira composto pelo empresário Marcos Valério, seus sócios Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino, mas também duas funcionárias da SMP&B foram incluídas: Simone Vasconcelos e Geiza Dias, estes responderão por três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

O país espera que o problema moral e técnico sejam resolvidos e talvez eles sejam um bom começo para eliminar o outro problema maior que é o político.

Acompanhe os sites: Transparência Brasil, observatório da corrupção da OAB e Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).

No dia de ontem já houve a primeira tentativa de manobra, tentando fragmentar o processo, mas perderam por 9 votos a 2.

 

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