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Castells, as redes e a pandemia
Castells anteviu o futuro, quando publicou A Sociedade em Rede (no Brasil em 1999, a edição inglesa é de 1996) a Web ainda estava nascendo, parecia um delírio tecnológico, porém com o avanço das mídias, a evolução exponencial da World Wide Web (a internet já existe a 20 anos), a análise sociológica entrou no contexto fundamental para entender um novo cenário.
Ainda passaram muitos anos com alguns intelectuais, religiosos e analistas de diversos tipos não entendendo esta nova realidade, mas a sentença de Castells aos poucos foi se verificando verdadeira: o avanço disruptivo das novas tecnologias de comunicação não apenas muda o modo de ter acesso e comunicar a informação, mas também o modelo de produção e de economia.
Com a trilogia A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura (1996-2003), Castells se transformou na referência internacional da nova sociedade da informação, Castells ocupa a sexta posição na lista de pesquisadores mais citados entre 2000 e 2017 no Social Science Citation Index.
Castells analisou e acompanhou as discussões do Fórum Social de Porto Alegre, o movimento dos indignados de 2011 na Espanha (conhecido como 15-M) e todas as revoltas dos indignados ao redor do mundo nos últimos anos, das primaveras árabes aos protestos do Occupy Wall Street.
Sua análise ficou concentrada num livro mais recente: Redes de Indignação e Esperança: Movimentos Sociais na Era da Internet, mas boa parte da intelligentsia ainda torce o nariz, seus livros mais atuais abordam a perda da legitimidade da pandemia: La Crisis de Europa (“a crise da Europa”) e Ruptura: A Crise da Democracia Liberal.
Castells mostrou que países como Noruega, Nova Zelândia, China, Coreia do Sul, Uruguai, Vietnã – são os exemplos de países foram bem sucedidos em controlar a pandemia, são regimes completa- mente diferentes e o importante foram as políticas de isolamento e a adesão social ao protocolo.
Com Pekka Himanen, publicou Sociedade da informação e Estado-Providência – O Modelo Finlandês, no qual sustentam que, como demonstra o caso da Finlândia, mostrando que é possível avançar com as tecnologias sem aumentar as desigualdades sociais.
Previsões erradas da tecnologia
As publicações foram do site Business Insider, sendo importante para saber que sozinho ninguém é sábio, é preciso a “sabedoria” das multidões.
Vejam alguns destes “foras”:
“Máquinas mais-pesadas-que-o-ar que voem são impossíveis”. Lord Kelvin, Presidente da Royal Society em 1885.
“Não há praticamente nenhuma chance que satélites espaciais de comunicação sejam utilizados para proporcionar um melhor telefone, telégrafo, televisão ou serviço de rádio nos Estados Unidos.” T. Craven da Comissão Federal das Comunicações, em 1961.
“A televisão não vai conseguir se segurar no mercado por mais de seis meses. As pessoas ficarão cansadas de olhar para uma caixa de madeira todas as noites.” – Daryl Zanuck, cofundador da 20th Century Fox, logo após o lançamento do primeiro televisor (1946, segundo o Imagining the Internet).
“Eu acredito que talvez há no mercado espaço para uns cinco computadores.” – Thomas Watson, Chairman da IBM, em 1958.
“Não existe nenhuma razão para algum indivíduo querer ter um computador em sua casa” – Ken Olson, Presidente da Digital Equipment Corporation em 1977.
“US$ 500? Este é o telefone mais caro do mundo. Eles devem apelar para os clientes empresarias, porque o celular não tem nem teclado. Aliás, isso o torna uma péssima máquina de emails.” – CEO da Microsoft, Steve Ballmer, logo após o anúncio do primeiro iPhone.
“Daqui dois anos os spams estarão resolvidos.” – Bill Gates, fundador da Microsoft, no World Economic Forum de 2004.
“Nós estaremos comprando livros e jornais direto pela internet, Oh com certeza” – Clifford Stoll, autor de “Silicon Snake Oil” ironizando em 1995 e questionando a internet.
Complexidade, os sujeitos e a tecnologia
Desde o século XVII, foi a metáfora mecanicista tem sido dominante para o entendimento da natureza, da sociedade e das organizações, incluindo as maioria das religiões.
O marco desta visão de mundo predominante, sem o saber foi o racionalismo científico, que concebeu a realidade objet iva, a natureza e até mesmo o homem, como governado por leis físicas e objetivas segundo uma lógica mecânica, na qual as vezes até o “amor” se insere.
Mas a natureza (physis) e a subjetividade humana (meta-physis) são mais complexas do que parecem, primeiro foi possível perceber isto na natureza e no cosmo (physis) agora aos poucos começa-se a entender também isto presente num valor inerente ao homem: o Amor.
Um grande escritor da complexidade esclarece: “O que é a complexidade? À primeira vista, é um fenómeno quantitativo, a extrema quantidade de interacções e interferências entre um número muito grande de unidades” (Morin, pgs. 51 e 52), e mais a frente completa: “… a complexidade num sentido tem sempre contato com o acaso” (pg. 52).
Retorna apropriadamente a questão do Sujeito/Objeto, como é impossível eliminar o Sujeito na vida real, diz Morin: “banido da ciência, o sujeito desforra-se na moral, na metafísica, na ideológica. Ideologicamente, é o suporte do humanismo, religião do homem considerado como sujeito reinante ou defendo reinar o mundo dos objetos (para possuir, manipular, transformar) (pag. 59).
Explica Morin a dicotomia sujeito/objeto: “À eliminação positivista do sujeito, responde, no outro pólo, a eliminação metafísica do objeto; o mundo objetivo dissolve-se no sujeito que o pensa” (Morin, pg. 60).
Nisto consiste a crítica à tecnologia, responder aos seus objetos metafisicamente como se fossem sujeitos, ora um celular ou um computador é só uma physis complexa, não um “ser”.
Morin, E. Introdução a complexidade, Lisboa: Instituto Piaget, 2008.
Anatel lança edital para 4G
Redes de telefonia de quarta geração (4G) vão chegar ao Brasil finalmente, a Anatel lançou um edital nesta sexta-feira e empresas como a TIM anunciam que vão forçar o mercado.
Esta tecnologia permite uma velocidade de tráfego de dados 10 vezes maior que a tecnologias 3G, mas necessita de mais antenas pois o sinal é de curto alcance.
Oi, Claro, Vivo e Nextel avaliam a participação, a Oi em nota afirma que “somente após uma avaliação econômica aprofundada do edital”, a Nextel diz que analisará as oportunidades geradas pela oferta desses novos espectros de radiofrequência, e a Claro informou que “está avaliando o edital do leilão das frequências de 2,5GHz da rede 4G, publicado hoje pela Anatel”.
A Anatel anunciou que o valor mínimo de R$ 3,85 bilhões para a licitação nas faixas de 450 MHz para a ampliação da cobertura dos serviços na área rural e de 2,5 GHz para área urbana.
Os atuais 1 Mbps de velocidade média disponíveis hoje na internet móvel 3G, os usuários devem se conectar com velocidades de 9 Mpbs a 12 Mbps com a quarta geração, segundo o ministro Paulo Bernardo.
O leilao acontecera dia 5 de junho.
CeBIT 2010: Mundos Conectados
A maior feira mundial de Telecomunicações e TI, a CeBIT, foi inaugurada Leia o resto deste post »
Um chip para leitura eletrônica
Assim como livro impresso precisou de tecnologia para chegar Leia o resto deste post »