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Diálogo e polifonia

02 jun

Uma presença importante no diálogo é a polifonia linguística, isto é, não se dialogarPolifonia apenas com um raciocínio na mesma linha ou ainda, quando um autor ao escrever um romance permite que seus personagens dialoguem em ângulos opostos do discurso.

Um dos linguistas a definir polifonia foi Bakhtin que a define como a forma de um tipo de romance que se contrapõe ao romance monofônico, usou para isto Fiodor Dostoiévski, onde cada personagem tem uma visão própria de mundo, voz e posição, ao interagir com outros.

Também na Bíblia em At 2,7-9 se pode ler: “Cheios de espanto e admiração, diziam: ´esses homens que estão falando não são todos galileus? Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? “ evidencia o fato que uma mensagem universal estava surgindo e isto é mais importante que qualquer conotação linguística ou menos espiritual que se tenha, uma polifonia estava sendo formada na comunidade cristã primitiva e isto lhe dava força.

Embora correlatos, dialogismo não é polifonia, porque o princípio dialógico deve ser constitutivo da própria linguagem, porém os diálogos monofônicos (uma voz que domina as outras vozes) e os gêneros dialógicos polifônicos, onde vozes polêmicas discursam; podem, ambos serem usados em contextos diferentes.

Assim ambos podem estar presentes em um discurso, será dialógico quando o discurso do Outro é admitido como plausível, e será polifônico, quando uma voz não domina a outra.

 

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